Capítulo 11

1.1K 182 21
                                    


Lorenzzo

Saber que a minha filha estava prestes a nascer, estava me deixando muito feliz, quando a bolsa estourou para mim foi uma completa surpresa. Eu jurava que a Flavinha tinha feito xixi, não que eu ficasse com vergonha dela, jamais, ia dar todo apoio, mas geralmente mulheres grávidas costumam ir ao banheiro toda hora, e ela fazia um tempo que não ia, então achei que fosse isso.

Logo que estacionei o carro em frente ao hospital, eu carreguei a Ana Flávia para dentro.

— Minha filha vai nascer, por favor, me ajude! —gritei pelo hospital.

Logo uma enfermeira com cadeiras de rodas apareceu, depositei ela ali e fui instruído a fazer uma ficha para ela.

Estava passando todos os dados, então me lembrei que não estávamos com as bolsas, nem para o bebê e nem para ela, e como eu tinha que avisar toda família, liguei para Dante que no segundo toque atendeu.

— Fala Lorenzzo, a que devo a honra da sua ligação?

— Cara... Vai nascer, estamos no hospital, eu queria pedir para você avisar a todos, e trazer a mala do bebê e de Flavinha, não esperávamos que fosse nascer hoje e justo na hora que eu estava me declarando para ela... Tem como fazer esse favor?

— Amor.... Nossa sobrinha vai nascer! Ouvi ele gritar do outro lado da linha. — Claro que posso sim cara, aproveite esse momento com ela, isso é único.E parabéns papai, logo vai estar com a pequena nos braços.

— Não vejo a hora... Obrigado cara!

— Conta sempre comigo, meu irmão!

Encerramos a ligação nesse clima de pura amizade e felicidade.

Preenchi toda a papelada e logo que acabei disseram que poderia ir ficar com ela até que ela chegasse a dilatação necessária. Ainda, explicaram-nos sobre alguns exercícios que incentivavam o encaixe do bebê.

Fizeram a Ana sentar na bola Suíça, aquela que auxilia no trabalho de parto. Eu me sentia ponto de explodir, mas seguia dando todo apoio necessário, segurando seus ombros e fazendo uma massagem carinhosa. Ela gritava quando a contração vinha, eu, se pudesse, pegaria toda aquela dor para mim mesmo.

Eu tentava ao máximo passar apoio a ela e sabia que a Ana estava sentindo o que eu vinha tentando fazer, pois por vezes ela sorriu para mim.

Aproveitei a chegada do médico e avisei sobre a coleta de sangue do cordão umbilical, esperava que isso salvasse a minha Isabella.

Duas horas depois...

Finalmente chegara o momento tão esperado, eu já estava com todos EPI'S necessários (avental, máscara, óculos, protetor de cabelo), e como eu não queria perder nada, coloquei tudo na velocidade da luz e me encaminhei para o centro obstétrico, me posicionei ao lado da mamãe do ano e fiquei segurando sua mão. Entre uma contração e outra ela descontava toda sua dor em mim.

— Aiiiiii, Lorenzzo! Por que é que eu fui deixar você me engravidar? —gritou ela.

— Calma meu amor, logo nosso bebê vai estar com a gente.

O médico pediu para que ela fizesse mais força, ela o obedeceu, mas o seu cansaço era visível, a Ana Flávia parecia esgotada.

—Vamos, meu amor...Você consegue...—eu dizia em seu ouvido.

Quando eu achava que ela desistiria, minha baixinha me surpreendia e dava tudo de si.

Depois de outras cinco contrações e então nossa menina nasceu. Uma menina!

Uma escolha do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora