Bônus Michel/ Lorenzzo

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Três semanas depois do exame de DNA

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Três semanas depois do exame de DNA...

Eu sabia que a Flavinha precisava do seu espaço, e eu daria o tempo necessário para ela. Tinha consciência que tanto eu como o Lorenzzo seriamos capaz de tudo por ela, então, para tentar me desligar um pouco daquele triângulo, eu resolvi me jogar de cabeça em meu trabalho.

Havíamos recebido uma denúncia sobre um carregamento de armas que chegariam do Rio de Janeiro para Piracicaba, por isso, uma grande operação estava sendo montada. À princípio eu pensei em ficar de fora, até tinha essa opção, mas o gosto pela adrenalina corria em minhas veias e eu nunca fui um homem de fugir de uma batalha.

Não tínhamos muito tempo, a previsão para a chegada do carregamento nos dava menos de quarenta e oito horas para arquitetar a operação, escalar os homens que participariam dela e o principal, estudar o melhor lugar da abordagem, afinal, não podíamos colocar a vida de nenhum cidadão em risco.

Decidimos agir na madrugada, como o caminhão vinha sendo monitorado, sabíamos que ele chegaria na divisa do nosso município, perto das cinco da manhã, então, antes da meia noite eu e mais onze homens seguimos para organizarmos tudo.

Confesso que cheguei a pensar em ligar para a Flavinha, mas imaginei que isso só a deixaria preocupada, algo totalmente dispensável.

Decidimos que a abordagem seria efetivada logo depois da praça de pedágio, as margens da rodovia naquele ponto dispunham de uma boa quantidade de mata, o que era bom para camuflarmos nossos carros.

Esse tipo de ação exige um bom preparo, mais psicológico do que físico. Quando se lida com tráfico, seja de drogas, de armas e até mesmo de pessoas, a possibilidade de um confronto é real, o risco de morte é certo.

De qualquer forma, estávamos munidos da proteção que nos era oferecida. Havíamos recebido coletes novos naquela mesma semana e armas de alto calibre, além de estarmos cercados apenas dos melhores homens daquela área, mesmo assim, à medida que as horas passavam a ansiedade começava a tomar conta de mim.

Recebemos pelo rádio o aviso da polícia rodoviária de que o caminhão acabava de passar por eles, isso significava que em menos de quinze minutos ele chegaria até onde estávamos.

Cada um se preparou ao seu modo, eu, fiz sinal do pai e com a arma em punho fui até a beira da estrada. Minha missão era dar cobertura ao Sargento Antoniel, seria ele o responsável pela abordagem.

Um carro de passeio passou, dois minutos depois outro e então os grandes faróis iluminaram a estrada anunciando que nosso alvo se aproximava.

Todos tomaram seus postos e tudo parecia perfeito. Quatro policiais foram para o outro lado da estrada, eles seriam responsáveis pela colocação do tapete de pregos e agiram afinados. No entanto, o caminhão parou alguns metros antes e isso não me pareceu um bom sinal.

Uma escolha do destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora