Capítulo 4 - Eu odeio palhaços

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Em outro lugar do parque, não muito longe dali, estava um vendedor de balões, daqueles decorados com personagens infantis

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Em outro lugar do parque, não muito longe dali, estava um vendedor de balões, daqueles decorados com personagens infantis.

A fantasia de palhaço de tecido pesado e colorido estava começando a deixá-lo desconfortável por causa do intenso calor. Passou a mão na testa por baixo do chapéu enfeitado com uma enorme flor no topo. Estava cansado. Havia ficado o dia todo no parque vendendo seus balões, nem ao menos tinha parado para almoçar.

Sentou-se em um dos vários bancos que havia espalhados pelo parque a fim de descansar um pouco.

Amarrou os balões em um dos braços do banco para que não saíssem voando. Ainda faltavam muitos para serem vendidos e o dinheiro das vendas era muito importante para o sustento de sua família, pensou preocupado. Mas acreditava que até o final do dia conseguiria vender todos eles, garantindo a alegria da criançada e também de seus filhos e esposa.

Um grupo de jovens vinha fazendo algazarra após saírem da montanha russa, alguns mexiam com as garotas que passavam por eles e logo caíam na gargalhada.

"Babacas!", pensou o vendedor, já se levantando do banco para prosseguir com o trabalho.

- E aí palhaço? Não deveria estar em um circo? – Um dos rapazes tirou-lhe o chapéu da cabeça,jogando- no chão.

- Fala aí velhinho, faz alguma palhaçada pra gente rir! – gargalhou outro puxando a gravatinha borboleta de sua fantasia.

O idoso vendedor abaixou-se para apanhar o chapéu.

- Me deixem em paz! – Reagiu

- Olha como ele ficou nervoso – um jovem bastante alto se aproximou – não esquenta, já estamos de saída. – Falou puxando com toda força os cordões onde estavam presos os balões, deixando que todos escapassem pelos ares.

- Não! Ora seu... – o pobre senhor tentou alcançar os balões que começaram a subir flutuando livremente, mas foi em vão. – Você está louco? Esse é o meu trabalho e sustento para minha família! – O vendedor muito nervoso gritou com o jovem que havia soltado os balões, mas o cruel rapaz ainda o empurrou derrubando-o no chão e saiu dando risadas com os amigos.

O vendedor de balões levantou-se do solo com dificuldade e voltou a se sentar no banco com o chapéu nas mãos. O que iria fazer agora?

No esconderijo de Hawk Moth, a gigantesca janela redonda se abriu

- Ah... Raiva, decepção, tristeza e desejo de vingança! Eu posso sentir. Excelente combustível para meus akumas.

A pequena borboleta branca tornou-se negra em suas mãos.

- Voe meu pequeno akuma e traga essa alma sofrida para o mal.

***

Adrien já estava exausto e ansioso para que aquela sessão de fotos terminasse. Queria estar com os amigos e também desejava um pouco mais de tempo com Marinette, para poder explorar aqueles novos sentimentos que haviam aflorado dentro dele enquanto a contemplava no parque.

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