Não queria, mas gostei

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Logo depois de ter terminado o café da manhã, Dalilah foi até a mesa da Grifinória para ver como Melissa estava, já que não falava pessoalmente com a amiga há um tempo. Mel tinha acabado de comer e estava tomando suco quando viu a garota da Sonserina se aproximar e apressou-se para abraçá-la. As duas ficaram ali conversando por alguns minutos e, em um determinado momento, sentiram um olhar de julgamento recair sobre elas.

Ambas se viraram para ver quem as encarava perceberam que Alban e Rafael tinham terminado de comer e estavam passando em frente às duas para saírem do Salão Principal. Alban aparentemente não se incomodava nem um pouco com as duas meninas conversando ali, Rafael, por outro lado, as olhava fixamente com a intenção de causar um desconforto sem ao menos disfarçar, como se as duas estivessem cometendo um crime.

- Ah... o Alban é um fofo, mas esse outro aí é um nojento. Nem sei como é amigo dele. - Melissa comentou com Dalilah.

Alban não aguentava mais a obsessão de seu melhor amigo com a rincha entre Sonserina e Grifinória. Não aguentava mais ouvir que as duas casas precisavam se odiar para não perder a essência da história de Hogwarts. Às vezes ele só queria conversar sobre outros assuntos e, além de tudo, ele não concordava com nada daquilo, não se importava com quem era amigo de quem e no fundo tinha achado que Félix, da Sonserina, até era um cara legal. Ele tinha sido corajoso, defendido os colegas de casa.

- Acho que você tá muito obcecado. Deixa isso pra lá um pouco, quem liga se as duas são amigas ou não? É muito estresse desnecessário... - Ele disse, depois de não ter prestado atenção em uma palavra sequer do que Rafael havia falado durante os últimos cinco minutos.

- Tarde demais. Já mandei no grupo. - Rafael respondeu.

- O que?

- Ué, você não prestou atenção no que eu falei?

Alban tirou o próprio celular do bolso e abriu o whatsapp. Leu a nova mensagem de Rafael no grupo da Grifinória e decidiu que agora o amigo realmente tinha passado dos limites. A mensagem dizia "a pessoa se diz patriota da Grifinória mas na primeira oportunidade já vai conversar com a amiguinha da Sonserina".

- Cara, já deu, apaga isso. - Alban suplicou, pensando que Mel ficaria muito chateada em ler aquela provocação gratuita.

- Não vou apagar nada. O que foi agora? Custa me apoiar, porra?

- Estou avisando, como amigo, que isso já tá ficando ridículo.

- Parabéns Alban, você é um amigo de merda. Só falta falar que o arrombado do Félix estava certo pra completar.

- Félix estava certo. - Alban disse, perdendo a paciência.

- Bom, nesse caso você deveria ir atrás dele, vai mesmo precisar de novos amigos, porque eu paro por aqui. - Rafael se retirou e foi para o dormitório. Deitou em sua cama, decidindo ficar ali isolado até o horário da aula de poções. Na realidade estava pagando de durão, mas estar brigado com seu melhor amigo era algo que o destruía.

No fim da tarde a Grifinória e a Corvinal estavam tendo juntas uma longa e entediante aula de história da magia com o professor Binns. Normalmente, Mel estaria prestando atenção em cada palavra do professor, entretanto, dessa vez preferiu lançar um abaffiato para que pudesse conversar com Beatrice, pois estava extremamente chateada e precisava aproveitar que a amiga corvina estava tendo aquela aula com ela.

- Amiga, não dá pra acreditar, sério. Aquele energúmeno me mandando indireta no grupo da casa. Tudo porque ele me viu conversando com a Dalilah, ou seja, nada demais...

- Isso não vai ficar barato pra ele. Pode deixar comigo, eu mesma vou dar um jeito nessa putaria. - Beatrice disse, determinada. Não admitiria que ninguém agisse daquela forma com alguma amiga dela.

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