Eu sou um problema e você deseja isso

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Alban acordou e foi para as aulas do dia. Ainda não tinha seu melhor amigo de volta, mas não se desculparia pelo simples fato de ter dado sua opinião. Os dias obviamente se tornaram muito diferentes, já que as pessoas com as quais passou a conversar eram colegas próximos, mas não tinha uma amizade estabelecida como era com Rafael.

Quando voltou ao salão comunal depois da última aula do dia deparou-se com Melissa e notou que ela tinha um olhar triste. Lembrou-se de quando a menina havia sido exposta no grupo da Grifinória por seu até então melhor amigo e pensou que, nesse momento, ela estivesse precisando de companhia, bem como ele. Decidiu conversar com ela.

Dalilah estava ilegalmente na sala comunal dos corvinos, mais especificamente, no dormitório em que Beatrice a havia arrastado.

- Bia, o que foi? Por que esse desespero todo? Você nunca me chamou pra vir até aqui antes. - Ela disse, examinando o local.

- Mel está brava comigo porque me viu ficando com o cara que insultou ela e que eu teoricamente tinha ido comprar briga…

- O que? Você ficou com ele? Quando foi isso? - Dalilah estava tentando absorver aquela quantidade de informações que recebera de uma vez só.

- No dia que fui brigar com ele foi a primeira vez. Quer dizer, eu briguei sim com ele, coloquei ele na parede, chamei pra vir no soco e tudo mais. E no fim ficamos.

- Primeira vez? Teve outra então, quando a Mel viu? Ah, achei que você me contaria algo desse tipo… - A sonserina disse sem conseguir esconder a chateação com a amiga por só tê-la contado isso porque a situação havia apertado com Melissa.

- Por favor, não fica brava comigo! Eu sei que deveria ter contado pra vocês logo em seguida. Na verdade nem tinha que ter ficado com ele… Mas não falei nada porque sabia que ficariam chateadas. Fui defender uma de vocês e acabei me pegando com o cara. Mas Mel já tá brava, não posso perder você também! - Beatrice disse com sinceridade e lágrimas nos olhos.

- Bia, tá tudo bem. Me conta da segunda vez…

A corvina contou sobre seu plano de conversar com Rafael primeiro e como foi vista por Melissa.

- E a pior parte é que na primeira vez não bastou ficar! Eu dei pra ele! E a Mel ainda não sabe! - Beatrice concluiu desesperadamente, como se estivesse pedindo ajuda para remover a bala do tiro que dera no próprio pé.

Ao ouvir aquilo, Dalilah só conseguiu reagir abaixando a cabeça e escondendo o rosto com as duas mãos. Por fim, concluiu que precisava pensar em como ajudaria Bia. Sabia que a amiga não tinha causado tudo aquilo de propósito e estava claro o desespero dela em conseguir resolver as coisas logo. Além de tudo, nenhuma das três gostava quando aquele trio de puro amor se desestabilizava.

Depois de garantir à amiga que tudo ficaria bem, a morena desceu as escadas do dormitório e, quando tinha acabado de sair do salão comunal dos corvinos, avistou Patrick, que pretendia entrar na sala.

- Mas que visita agradavelmente inusitada. - Ele disse sorrindo e a cumprimentou.

- Bia precisava falar comigo… - Ela respondeu de forma simpática.

- Fiquei feliz em saber que ela não morreu naquele quarto, porque era o que parecia. - O menino disse, e ambos riram descontraídos. - Ei… Ainda tá de pé amanhã? Hogsmeade, lembra?

- Lembro. E com certeza, vamos sim. - Dalilah se animou em ver que ele havia se lembrado da primeira conversa deles, mas fez o possível para não deixar isso tão aparente.

- Legal… Combinado então. - Patrick falou com um sorrisinho. Um silêncio pairou sobre os dois e ele colocou a mão suavemente no rosto da garota e mexeu o polegar fazendo um carinho enquanto ela o fitava, aguardando o que aconteceria em seguida.

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