Primeiro dia, part.1

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Quanto mais a fila andava, mais o homem de cabelos rosa se sentia mais calmo, estava repetindo tantas vezes em sua mente que a viajem seria tranquila e sem preocupações que essa ideia pareceu entrar em sua cabeça.

Quando chegou sua vez, comprou uma passagem para o próximo ônibus que sairia em destino a Londres e escolheu um acento que ficava do lado da janela bem no começo do ônibus — uma das primeiras fileiras —, pois queria aproveitar bem a paisagem durante a longa viagem.

Saindo da fila depois da única passagem comprada, foi até uma loja de conveniência em que havia ali, pegou cigarros, biscoito, balas e chocolate — sim, estava disposto a se entupir de besteiras —, foi até o caixa e pagou tudo normalmente, mas antes de sair dali, algo lhe chamou a atenção; viu um homem alto e duas crianças pequenas, uma delas com um pacote enorme de biscoito em mãos. Ele pode ver o homem dizer algo e logo depois de dito isto, a criança botou o pacote de volta às prateleiras com um bico tristonho nos lábios.

Park ficou um pouco sentido ao ver aquilo, mas quando olhou novamente para as crianças logo se lembrou que seria essencial nenhuma criança barulhenta se sentar perto dele no ônibus, não que não goste de crianças, tem duas irmãs e um irmão e os ama, mas eles conseguem ser realmente bem chatos quando querem.

Uma hora depois, quando marcava duas horas da madrugada no relógio em seu pulso, os passageiros que tinham malas maiores começaram a por no bagageiro do ônibus e os que não estavam com muito peso subiram diretamente no ônibus, claro, não antes de mostrar a passagem e documento com foto para o motorista. Como Jimin fazia parte do segundo caso, logo entrou, botou sua pequena mala no compartimento de cima, sua mochila em baixo do banco e depois se sentou em seu determinado acento com um livro em seu colo.

Jimin estava tendo uma boa e tranquila leitura até então, o ônibus ainda estava parado e alguns atrasados ainda entravam no ônibus, mas isso não estava o atrapalhando, até que, entraram três pessoas no ônibus, duas crianças e um homem, os mesmo que vira na lojinha de conveniência.

Não se sentem perto de mim, não se sentem perto de mim, Jimin falava repetitivamente bem baixinho.

E bom, adivinhem?

Uma das crianças, a maior que era uma linda menina, se sentou ao seu lado com sua pequena mochila e uma boneca de pano em mãos, ela ofereceu um pequeno sorriso para Jimin quando viu que ele a olhava e ele retribuiu com um quase mínimo sorriso.

O homem, que Jimin pensava ser o pai das crianças, sentou seu filho na cadeira à frente da menina e tirou a mochila de suas costas, a abrindo e tirando de lá duas mantas, dando uma para a menina e segurando a outra. Ele botou a mochila no mesmo compartimento em que Jimin botou a dele e se voltou para eles, ele sorriu educadamente para o de olhos castanhos claros e olhou para sua filha.

— Qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, chame o papai, o.k? — Perguntou acariciando o rosto pequeno da menina com sua mão enorme.

— Até quando eu quiser ir no banheiro? — perguntou baixinho, envergonhada.

— Até quando quiser ir ao banheiro. — Reforçou e a corrigiu ao mesmo tempo, mas ela nem percebeu a última parte.

Ela assentiu com a cabeça e abraçou sua bonequinha fortemente.

O homem a cobriu com a manta, deu um beijo demorado na testa dela e depois em sua boneca quando a menina sussurrou que a Ninna queria um beijinho também e se sentou em seu lugar para cuidar do pequeno Taeho de apenas seis meses.

Jimin voltou a sua leitura, tendo em mente que o melhor seria não imaginar o pior, e quando se prendeu a leitura novamente, sentiu um par de olhos enormes voltados em sua direção. Ele olhou para a menina que desviou o olhar envergonhada e fingiu estar penteando o cabelo da boneca com os dedos.

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