Expressionismo | Kim Taehyung • 2

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Terraço do Café à Noite (1888)

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Terraço do Café à Noite (1888)

por Carol7Wal

revisora: etthereall

Capítulo 2 - Um visitante no Cafe at Arles

"I want to touch people with my art. I want them to say: he feels deeply, he feels tenderly".

Vincent W. Van Gogh

O Vincent Van Gogh estava bem diante dos meus olhos.

Só não caí para trás porque não consegui, tamanho foi o meu estado de choque.

Ele me olhava como se eu fosse um ser estranho num lugar ao qual não deveria estar.

- Se não vai responder, então saia da minha frente, rapaz.

Ele falou em poucas palavras. Sempre ouvi dizer que o Vincent não era mesmo muito sociável.

Lembrei-me do Yoongi hyung... Mas juro que foi sem querer! Sorri sozinho pensando nos tapas que eu receberia por isto. Bom, pelo menos, com toda certeza, o hyung jamais cortaria a própria orelha fora ou nos acertaria com canivetadas. Ainda lhes resta alguma dúvida de que o Vincent é um cara, digamos, peculiar?

- Espere! – Gritei para ele que já seguia seu caminho aumentando nossa distância. Seus cabelos e barba eram ainda perceptíveis mesmo sob a fraca luz da lua, assim como sua pele alva. Ele era alto e seus modos o faziam parecer uma pessoa realmente fria e inabalável. Ele era estranho. Eu sei disso. Mas isto, para ser sincero, pouco me importava. Afinal, tudo é uma questão de ponto de vista. Como não amá-lo? Tenho certeza que ele esconde uma grande sensibilidade. Olhem só as obras do homem!

O Van Gogh é o tipo de pessoa que, com seu jeito de ser, pode despertar em muitos um estado dúbio de amor e ódio. Muitos o condenam por suas loucuras, mas muitos ainda o defendem sabendo de tais loucuras.

E ele me deu motivos para que eu o defendesse. Posso dizer que foi amor à primeira vista assim que vi num livro as obras Os Comedores de Batata e Noite Estrelada.

- Vincent! – Gritei pelo seu nome e ele virou-se para trás com a expressão confusa. Apressou os passos parecendo assustar-se comigo.

- Deixe-me em paz! – Ele começou a correr atravessando o vinhedo.

- Não fuja, Vincent! – Gritei de volta ofegante correndo atrás dele com um braço estendido. Me senti numa maratona tendo que passar o bastão para o colega de corrida. É, acho que não estou ajudando muito correndo atrás dele sem explicação – Espera, deixe-me dizer quem sou!

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