Surrealismo | Park Jimin • 1

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The Lovers - René Magritte (1928)

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The Lovers - René Magritte (1928)

Innocence of Courteous Intentions - Rafal Oblinski (1943)

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Innocence of Courteous Intentions - Rafal Oblinski (1943)

"Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même"— Gournay

por: chromogogh

Revisora: mclarah

Não gostava de Surrealismo.

Desde minha época de escola, o movimento sempre se mostrava entediante o suficiente para que eu caísse no sono em plena sala de aula. Lembro-me alguns nomes famosos como Salvador Dalí e Pablo Picasso que os professores mencionavam na época, mas não era algo que me interessava, nem de longe.

E agora eu estava ali, completamente perdido no corredor do tal movimento no Louvre que, de repente, se tornara grande demais para mim, e as pinturas assustadoramente surreais pareciam me encarar enquanto eu mergulhava mais e mais em corredores repletos delas tentando sair dali. Os quadros pendurados observavam cada passo barulhento e apressado dado por mim em uma tentativa de encontrar os meninos que a esse ponto pareciam ter desaparecido completamente. Como eu poderia ter me perdido tanto em tão pouco tempo? Eu só queria ter ido ao banheiro!

Tinha inclusive avisado Namjoon que iria procurar por uma toalete e, assim que andei alguns passos, já tinha perdido totalmente a noção de onde estava indo. Os longos corredores daquele museu eram infinitos e tremendamente confusos. Sem sorte alguma, acabei por parar no corredor do Surrealismo, que, como já disse, não era de meu agrado.

Louvre era grande demais e eu, muito pequeno.

Não sei ao certo quanto tempo se passou, talvez dez minutos? Doze? Ou teriam sido apenas três e era eu que tinha a impressão do tempo correr muito mais rápido?

Conforme os minutos se passavam, eu me sentia cada vez mais sozinho ali, era amedrontador.

Não conseguiria entender a beleza vista em quadros surrealistas como outras pessoas entendiam. É claro que eu era um mero amador em questões artísticas e o pouco que eu sabia sobre, era Taehyung quem me dizia. Mesmo assim, nada dentro daquele movimento parecia me cativar, talvez eu fosse um jovem pé no chão demais para aquilo, prendido na realidade e nunca fora dela.

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