Barroco | Min Yoongi • 1

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Aviso: Referências as personalidades importantes mencionadas durante o capítulo estarão descritas na sessão de comentários nos parágrafos onde tiver um asterisco (*).

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A Morte da Virgem

"Morte della vergine" (1604-1606)

por honeyepiphany

Revisora: Kesey_ecc


Capítulo 1 - Cuidado! Ele sabe manusear espadas

Era meio surreal entrar naquele lugar estando ele praticamente deserto. Fecharam um museu, não qualquer museu, mas o maior museu do mundo para uma visita particular. Existia algum meio para não me sentir feito os The Carters no clipe de "APES**T"? Eu nem entendia tanto assim de arte, se comparado ao Taehyung e ao Namjoon pelo menos, não que isso fosse preciso. Há algo de mágico neste ambiente, ainda que não esteja familiarizado com a maioria dos nomes das obras, porque o acervo é gigantesco, posso sentir a importância de cada uma, a medida em que avançamos e sou levado pela agradável comoção de me ver próximo do trabalho de nomes tão importantes para a humanidade. Gênios, claro.

Óbvio que pensar em uma visita guiada implicava em gastar boas horas andando, mais do que minhas pernas provavelmente suportariam. Ainda estava meio cansado pelo fuso horário e me peguei buscando por lugares em que pudesse me sentar, relaxar ou tomar uma água se sentisse vontade. Contudo, analisar de perto a empolgação dos outros já adiantava o fato de que aquela visita seria frenética demais para intervalos de descanso, cheias de gritos histéricos e selfies vergonhosas, registradas em detalhes precisos, é claro, pela gravação promovida por Jungkook.

— ... são 403 salas de exposições ... — escuto o guia, um homem um tanto quanto estranho e dono de um sotaque igualmente esquisito, dizer. Não consigo entender perfeitamente, mas me atento com alívio a continuação da frase, que Namjoon gentilmente traduz —... vocês precisariam de mais quatro dias e quatro noites para apreciar todas peças do museu.

Isso significa que não vamos andar por 70 mil metros quadrados e ainda que a perspectiva de caminhar sem pausa não me agrade por completo, dos males aquilo parece tolerável. Dou uma breve volta analisando algumas obras das quais os nomes, por vezes, eu sequer tinha capacidade de entender, enquanto o guia continuava a exercer seu papel fornecendo informações. No entanto, devo dizer que esse lugar é tão grandioso que as palavras dele e de qualquer outra pessoa parecem ecoar pela imensidão do espaço que nos cerca sem alcançar os meus ouvidos. Eram tantas coisas para se ver, que o francês suspeito só obteve minha atenção quando surgiu como um fantasma, vindo completamente do além para ocupar um espaço ao meu lado, soltando um sussurro digno de qualquer filme de terror:

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