Back in black

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— Agora você termina de apertar esse parafuso, verifica se colocou todas as peças no lugar...

— E se eu não esqueci nenhuma chave no motor, eu sei papai. – eu sorri enquanto observava o garoto debruçado sobre um de meus carros, o capô aberto enquanto ele terminava de colocar as coisas no lugar. — Pronto.

— Pronto? Tem certeza? Então vamos ver se você fez um bom trabalho, vai lá ligar. – eu o ajudei a descer do banco que ele estivera em cima, bagunçando seus cabelos enquanto ele passava.

— Eu posso rodar um diagnóstico senhor. – a voz de Jarvis soou sobre nós.

— Desta vez não, Jarvis, o Pete primeiro está aprendendo do modo difícil. – eu sabia que se deixasse Jarvis iria dar todos os resultados, mas perderia toda graça para Peter.

Sentado na ponta do banco do motorista para alcançar os pedais, não somente Peter ligou o motor do carro, como também acelerou com o mesmo, fazendo toda potência do motor ser ouvida. A risada infantil ecoou pelo lugar, antes dele desligar o motor e descer do carro mantendo um olhar orgulhoso.

— Sabia que ia conseguir, vou até te dar o carro de presente de aniversário. – pisquei cúmplice, ele estava feliz por ter desmontado e montado praticamente sozinho o motor.

A porta da oficina se abriu, e logo a música que ecoava pelo ambiente cessou por completo. Peter e eu nos viramos para Pepper, que vinha no telefone não parecendo muito feliz.

— Por favor, não abaixe minha música, nós estamos curtindo o momento. – indiquei a mim e a Peter.

— Bom dia tia Pepper. – cumprimentou Peter sorrindo. Claro, Pepper nunca brigava com ele, era sempre eu

— Bom dia Pete. – ela sorriu pra ele, antes de desviar o olhar novamente sério pra mim. —Você deveria estar do outro lado do mundo, Tony. – dei de ombros com tal comentário. — Seu voo estava marcado para uma hora e meia atrás.

— O avião é meu, devia esperar eu chegar, não? – revirei os olhos enquanto começava a limpar as mãos de Peter na flanela. — Pra que serve eu ser dono de um avião então? – franzi o cenho, antes de despachar o pirralho. — Certo, vá tomar um banho.

— Tony, nós ainda temos de discutir sobre o quadro de Pollock, tem outro cara interessado, e você tem de preparar seu discurso do MIT, eles estão me importunando...

— Eu preciso do quadro, cubra o valor desse possível comprador. E o MIT é só em junho, eu posso preparar esse discurso sem problemas. – eu comecei a caminhar na direção da saída. — Você parece apressada, planos para depois que se livrar de mim?

— Bem, é meu aniversário... – droga, eu havia esquecido de novo? Bom, datas não eram exatamente meu forte, eu precisaria pedir que Jarvis me notificasse da próxima vez.

— Compre algo legal por mim.

— Eu já comprei. O senhor tem um ótimo gosto Sr. Stark. – eu ri diante de tal comentário, sinceramente, não sabia o que faria sem a Pepper.

— De nada Srta. Potts.

Eu me dirigi até meu quarto tomando um banho para me limpar do óleo e da graxa antes de pegar a mala que já havia deixado pronta. Sem surpresa nenhuma vi Peter já limpo e vestido na sala, sentado no sofá enquanto jogava videogame.

— Ok Pete, papai está saindo, quero ouvir as regras da casa.

— Obedecer a tia Pepper e o tio Happy, não abrir a porta pra ninguém e não ir pra garagem sozinho. – eu tivera que colocar a regra da garagem depois que eu fiquei um dia fora e ele quis consertar seu carrinho sozinho. Ele conseguiu isso, e também quase me dar um infarto quando o achei lá. — Posso dormir mais tarde?

Akai itoOnde histórias criam vida. Descubra agora