Capítulo 3

283 10 4
                                    

ELA

E depois de uma bela noite de sono, eu estava acordada. Soltei um suspiro, abraçando mais forte o segundo travesseiro e respirei fundo. Eu estava nas nuvens! Meu pescoço nem minhas costas estavam mais doendo! Tudo estava bem, até eu abrir meus olhos.

O sonho sumiu e a realidade me atingiu rapidamente ao me encontrar no apartamento de Alisson, encarando sua televisão desligada. Virei meu corpo para cima, encarando o teto. A sala estava clara, o sol não estava entrando, mas a claridade penetrava pela cortina e fazia com que eu identificasse tudo no local.

Dei um longo bocejo e abracei o travesseiro fortemente, girando meu corpo nosofá e puxei as cobertas mais para cima, para que cobrisse meu pescoço completamente. Talvez eu pudesse dormir por mais alguns minutos. Franzi os olhos para enxergar o horário no DVD abaixo da televisão e arregalei os mesmos ao notar que já passava das 11 da manhã.

- Meu Deus! – Me sentei rapidamente.

- Oh, bom dia! – Virei o rosto para trás rapidamente, encontrando Alisson sentado na mesa de jantar com um notebook e sua cuia.

- Ah, eu dormi demais! – Passei a mão na testa.

- Desculpe, mas você tem alguma coisa para fazer? – Ele deu um sorriso presunçoso e eu revirei os olhos, deixando meu corpo cair no sofá novamente, me fazendo rir.

- Ainda não acostumei à folga! – Coloquei os dois travesseiros embaixo da minha cabeça e ele riu. – Você está aí há quanto tempo? – Virei a cabeça para trás.

- Uma hora ou duas. – Ele respondeu focando em seu notebook e eu suspirei. – Você ainda ronca e fala enquanto dorme. – Ele murmurou e eu bati as mãos no rosto.

- O que eu falei? – Respirei fundo. – Quer saber? Não importa. – Balancei a cabeça.

- E baba! – Passei a mão na lateral da boca, sentindo-a seca.

- Droga! – Suspirei.

- Então, dormiu bem? – Ele perguntou e eu sorri.

- Olha, eu tinha um apartamento incrível, uma cama que me deixava nas nuvens, mas esse é o sofá mais confortável que eu já dormi na vida! – Suspirei, fazendo-o rir.

- Talvez porque você dormiu no seu carro no último mês! – Ele atravessou a sala, seguindo para a cozinha e eu me sentei no sofá, jogando os cabelos para trás.

Juntei todo cabelo, enrolando bastante e prendendo em um coque. Me levantei, esticando rapidamente meu corpo, ouvindo-o estalar e me levantei, começando a dobraras cobertas, tentando deixar meu novo quarto o mais arrumado possível. Empilhei os travesseiros e coloquei tudo no canto e respirei fundo.

- Você pode deixar tudo aí, não tem problemas. – Ele voltou novamente com um balde com minhas roupas e me entregou. – Suas roupas já secaram. Se quiser passar, o ferro está lá na lavanderia também.

- Obrigada! – Segui até a mesa de jantar e coloquei o balde na mesma, dando uma rápida olhada nele e vendo que ele também tinha mexido em minha roupa íntima. – Pelo menos nada ficou manchado! – Falei e ele riu.

- Roupa boa! – Ele falou e eu sorri.

- Ei, você não tem treino? – Virei para ele.

- Meio dia, eu preciso sair daqui logo. – Ele falou e apoiou sua mochila na mesa de jantar ao meu lado. – Você se importa em se virar com o almoço aqui? Tem comida congelada, comida para esquentar, miojo no armário, fica à vontade!

- Claro, sem problemas! – Assenti com a cabeça e ele tirou umas notas da carteira, me entregando.

- Aqui, para você! Caso você precise. – Suspirei.

Quando em RomaOnde histórias criam vida. Descubra agora