Capítulo 8

257 10 12
                                    

ELA

Despertei na manhã seguinte, mas eu não queria abrir meus olhos, principalmente sabendo que eu ainda estava nos braços de Alisson. Me lembrei da noite passada e nada podia ser melhor quanto ontem: a vitória e classificação da Roma, eu livre de investigações e nós dois juntos novamente.

Além da transa, que foi simplesmente maravilhosa! Tirando a falta de espaço nessa caminha de solteiro que ele tinha nesse quarto da frente. A última vez que tínhamos dormido juntos foi na Nigéria, que foi nossa primeira vez também. Com certeza não tínhamos experiência nenhuma naquela época, nós dois estávamos envergonhados e não sabíamos como fazer e só seguimos o ritmo. Na hora foi engraçado, incômodo e péssimo, mas eu fiquei feliz dele ter sido meu primeiro.

Abri meus olhos devagar, encontrando seu rosto a poucos centímetros dos meus e os olhos fechados. Ele tinha um braço no lugar do meu travesseiro e o outro me apertava pela cintura. Eu estava quase da mesma forma, um braço atrás de sua cabeça e outra apoiada em seu braço. Não estava exatamente confortável, mas ele estava perto de mim, ele estava aqui, nós estávamos aqui juntos, nada estragaria esse momento.

Ergui a mão livre até seu rosto e fiz um carinho de leve em sua barba. Eu estava acostumada com meu Alisson sem barba, lá com seus 17, 18 anos, mas depois de vir morar com ele em Roma, nossa, como eu tinha gostado disso. Abri um pequeno sorriso quando vi seus lábios se alargarem também e ele virou o rosto, dando um beijo em minha mão, me fazendo rir fracamente quando ele abriu seus olhos.

- Bom dia! – Ele disse e eu sorri, soltando um leve suspiro.

- Bom dia. – Respondi ainda um pouco sonolenta, sentindo o bocejo surgir e ele rir de mim.

- Como você dormiu? – Ele perguntou.

- Como você acha? – Perguntei, aproximando nossos rostos novamente e dei um curto beijo em seus lábios, sentindo-o aprofundá-lo por alguns segundos, me fazendo rir.

- Ontem eu acho que foi o melhor dia da minha vida! – Ele falou e eu neguei com a cabeça.

- Eu estava pensando isso agora mesmo. – Falei e me aconcheguei melhor em seus braços, fazendo com que ele se ajeitasse com as costas completas na cama e eu apoiei os braços em seu peito, encostando a cabeça nas mãos. – Ontem foi perfeito, você ganhando, eu sendo uma pessoa livre novamente, nós dois...

- Ah, nós dois! – Ele apertou as mãos em minha cintura, fazendo rir. – Diz que nada mais vai nos atrapalhar. – Ri fraco.

- Espero que não, mas vamos esperar eu ter meu passaporte de volta para realmente fazermos planos, pode ser? – Ele assentiu com a cabeça, dando um beijo torto em minha cabeça.

- Tudo bem! Devagar. – Ele disse me apertando. – E o que faremos enquanto isso? – Ele perguntou.

- Eu preciso levantar um pouco e me alongar, meu Deus, está tudo doendo! – Reclamei, deslizando para fora de seu corpo novamente e me sentando na beirada da cama de solteiro.

- Ah, obrigado! – Ele falou, esticando os dois braços para cima e ouvi algo estralar, me fazendo franzir a testa. – Eu estava mesmo precisando.

- Não faz isso. – Reclamei do barulho e, para me provocar, ele estralou seu pescoço e seus dedos. – Ah, para! – Falei novamente e ele gargalhou, se levantando e colocando a calça do moletom que ele vestiu antes de dormir.

Fiz o mesmo que ele e estiquei os braços para cima e dei uma dobrada nas pernas, acho que dormir tão de conchinha assim não era recomendado, acho que eu ficaria com dores o dia inteiro e eu ainda precisaria carregar bandejas com canecas de meio litro de chopp à noite.

Quando em RomaOnde histórias criam vida. Descubra agora