Capítulo 7

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Capítulo 7

- Grazie! – Sorri para o casal que acabou de pagar a conta e coloquei o valor extra de gorjeta dentro do bolso do avental.

Eles se retiraram e eu aproveitei para retirar os pratos de porções e copos vazios e para passar um pano na mesa. Suspirei, observando o bar com poucas mesas ocupadas. Era pouco depois das 11, as músicas já tinham parado e as pessoas só papeavam e finalizavam suas comidas.

Olhei em volta rapidamente e dei um sorriso. Quem diria que algum dia eu trabalharia de garçonete e que iria gostar disso! Claro que minhas costas e pés ficavam moídos por carregar bandejas e ficar de salto a noite toda, mas eu gostava, estava aprendendo o ofício e realmente aproveitando. Talvez, só talvez, quando tudo se resolvesse, eu não poderia me manter nesse emprego ou em um similar? Além de que eu poderia me ocupar com outras coisas ao longo do dia.

Segui em direção ao caixa e coloquei a conta perto da mão de Dante e ele a pegou rapidamente, checando o valor e levantou o polegar para mim, eu assenti com a cabeça, seguindo para trás do balcão e segui até a cozinha, encontrando alguns companheiros lá dentro e despejei os itens sujos no local correto e voltei para o salão, abrindo um pequeno sorriso ao ver signor Alessandro no caixa com Dante.

- Signor Alessandro! – O chamei.

- , Aurora! – Ele disse, se aproximando um pouco.

- Gostaria de saber como vai ser amanhã? Por causa do jogo. – Perguntei, apoiando o braço no balcão.

- Normal, temos que aproveitar o jogo! Aqui vai lotar amanhã! –Franzi a testa, fazendo uma careta com a boca. – Porque? O que está pensando? – Ele me perguntou e eu suspirei.

- O senhor sabe que eu sou amiga do Alisson Becker...

- Percebi que não só amigos, signorina! – Ele disse e eu senti minhas bochechas esquentarem. – O que vocês são? – Suspirei.

- Nós namoramos quando tínhamos 17 anos, no Brasil. – Ele arregalou os olhos.

- Hum, e agora se reencontraram aqui? – Suspirei.

- Depois daquela história que eu te falei minha, sabe? – Falei sugestivamente sobre minha prisão.

- ! – Ele disse.

- Alisson foi a única pessoa que me restou e que me acolheu. – Ele assentiu com a cabeça.

- Certo, e o que dizia do jogo?

- Ele conseguiu ingressos para todos para o jogo de amanhã, se você quiser...

- Para ver Roma e Barcelona de dentro do Estádio? – Ele falou alto, chamando atenção de outras pessoas.

- Sim! – Falei com uma careta no rosto. – Eu não sei que assentos ele vai conseguir e ainda talvez não seja o jogo ideal, levando em conta o resultado do primeiro jogo...

- Não diga mais nada! – Ele me segurou pelos ombros. – Vamos querer sim e torça muito para que a Roma ganhe! – Assenti com a cabeça, vendo-o se distrair rapidamente. – Atenção aqui, senhores! – Ele falou em alto e bom som para os empregados e as poucas mesas ainda presente. – Amanhã iremos assistir ao jogo da Roma de dentro do estádio... – As pessoas começaram a gritar animadamente e eu ri fracamente. - Como podemos fazer? – Ele virou para mim.

- O jogo é 15 para as sete, podemos nos encontrar aqui as seis mesmo e entramos todos juntos. – Signor Alessandro confirmou com a cabeça.

- Perfeito! – Ele falou. – Depois do jogo abrimos o bar normalmente. – Assentimos com a cabeça. – Espero que ganhem, assim as pessoas vêm comemorar aqui!

Quando em RomaOnde histórias criam vida. Descubra agora