Segunda Chance

Cap 6

--Quando houve o divórcio, eu só queria ficar longe de você, mas Angelo ia crescendo, ele me lembrava tanto você, ele usa o mesmo perfume, ele ama esporte, eu queria esquecer, mas você sempre estava lá...

--Eu não posso... Eu sei que errei, sei que você teve motivo para me deixar, mas eu te imploro, não me deixa aqui para enlouquecer novamente... Eu não suportaria...

--Simon... Não vou dizer que eu não queria fazer o que fiz... Eu queria... Mas não é tão simples Chris...

--É simples se você quiser, vamos Laurie, se for um erro tudo bem, vai ser o erro mais satisfatório que já cometemos, mas e se essa segunda chance se transformar em uma vida juntos?

--Eu sou casada Chris.

--Eu sei, e também sei que aquele estúpido não sabe a jóia que tem em suas mãos, por favor...

--Angelo...

--Angelo é quem mais queria isso...

--Mas, não dessa forma, não comigo casada.

--E? Ele não precisa saber, ninguém precisa saber, vamos tentar fazer as coisas assim, depois resolvemos o que fazer, só não me peça para ficar na mesma casa e não te agarrar, porque é impossível, você me ensinou a te amar, você me ensinou cada segredo seu, ensinou o mapa do seu corpo, mas não me ensinou a te esquecer, não me ensinou a viver sem você, eu te amo Adele e se ainda resta um pouco desse amor em você, me dá um segunda chance, eu juro não te decepcionar...

--Eu te amo, nunca escondi isso, você sempre disse que meus olhos dizem tudo, que são grandes traidores das minhas mentiras, então você sabe que te amo, está bem, vamos fazer isso. --Meu sorriso se notava a quilômetros. --Mas, não podemos falar para Angelo, ele não deve saber, ainda nem sei o que tô fazendo e não quero envolver meu filho nisso.

--Nosso filho, e concordo com você, Angelo não deve saber, até porque você é casada e talvez isso não passe de um caso...

--Quanto tempo você não entra aqui? --Ela perguntou.

--Faz dez anos, terminei aquele durante o nosso divórcio, não entrei mais depois que nos divorciamos tudo me lembrava você, eu pensei em mudar de casa, mas não consegui, o lugar está limpo porque a diarista tem a chave, eu não queria entrar, mas também não queria que os quadros se perdessem.

--Não pinta a dez anos?

--Sim... Eu compro tintas e pincéis... Mas não consigo... Você era minha musa... Minha inspiração... --Adele sorriu, pegou minha camisa, vestiu sua calcinha e minha blusa, pegou uma grande tela, colocou no cavalete, juntou as tintas, os pincéis e colocou um banquinho em frente ao cavalete.

--Hora de voltar a pintar. --Ela sentou do outro lado. --Como quer que eu fique? De perfil, o corpo todo? Nua... --Ela sorriu quando falou a última opção.

--Laurie... Eu não pinto a dez anos... Não sei nem por onde começar...

--Eu sei. --Ela me puxou até próximo ao cavalete e fez eu me sentar, logo sentou-se sobre mim, acariciei seu rosto, tocando levemente cada traço, como fazia quando pintava, eu via em seus olhos a luz que precisava para começar, quando conheci Adele na faculdade eu já pintava, mas meus quadros eram vazios, eu pegava uma imagem, uma paisagem, algo considerado bonito e pintava aquilo, quando conheci ela, meus quadros criaram vida, as cores tornaram-se mais intensas, tão intensas quanto nossa paixão.

--Eu te amo.

--Eu também te amo Chris. --Beijei os lábios da loira.

--Fica sentada, abra dois botões da blusa e quanto ao seu rosto, apenas transmita o que sente. --Ela sorriu e fez o que eu pedi, Adele estava sorrindo enquanto olhava para mim, peguei um lápis e comecei o esboço, passei alguns minutos e terminei o esboço. --Pronto, já pode levantar. --Adele levantou e voltou a sentar sobre meu colo.

--Você não perdeu seu talento.

--Não, eu só tinha perdido minha inspiração... --Abracei a loira e comecei a pintar, ela me observava tudo, acariciava meus cabelos e nuca enquanto eu apenas focava em transmitir para a tela o que a mulher me fazia sentir.

--Eu vou buscar alguma coisa para comer enquanto você pinta. --Ela levantou e saiu andando.

Narra Adele

Talvez seja um erro, mas se for um erro estar ao lado do homem que amo, eu prefiro estar para sempre vivendo errado, do que viver certo ao lado de um homem que me machuca. Desci as escadas e meu celular estava tocando, atendi o mesmo enquanto preparava sanduíches para mim e Simon.

--Alô?

--Delly como estão as coisas amor?
Meu sorriso desapareceu.

--Vão bem.

--Vão ficar melhores ainda.

--Por que acha isso?

--Porque semana que vem vou estar em Londres! Vamos poder matar a saudade...

--Mal posso espera...

--Bem, eu tenho que desligar, te amo, vejo você semana que vem.

--Tá bom Charles... Eu também te amo...

--É fácil pra você dizer que ama alguém? --Virei e Simon me encarava sério.

--É claro que não, mas ele é meu marido.

--Eu sei, mas é difícil entender, Angelo fala que Charles não te trata como deveria, que vocês brigam muito, por que você é casada com esse imbecil?

--Nem sempre foi assim...

--Tudo bem, não vou mais falar disso. --Simon me abraçou e beijou-me. --Eu te amo.

--Eu te amo muito.

--O que estava fazendo?

--Sanduíche.

-- Já está tarde... Vamos deitar...

--Eu estou com fome hahahahaha.

--Tudo bem, vamos comer e depois deitar, na nossa cama.

--Nossa cama?

--Sim, no nosso quarto... --Simon beijava meu pescoço.

--Vamos dormir juntos?

--Claro, só podemos fazer isso enquanto Angelo estiver fora... Melhor aproveitar... --Simon me colocou sobre a mesa e começou a desabotoar a camisa que eu usava.

--Simon...

--Deixa eu matar a saudade... Foram dez anos...

--Não estava com... So... Sono... --Ele já havia arrancado a camisa, estava beijando meu colo enquanto me deitava sobre a mesa.

--Passou no momento em que senti seu perfume...

--Ahhh... --Simon mordeu minha orelha, sua mão desceu por entre minhas pernas começou a acariciar minha intimidade por cima da calcinha.

--Amo seus gemidos, grita pra mim...

--Ooooh! --Simon havia afastado minha calcinha e me penetrado, começou a se movimentar enquanto entrelaçava nossas mãos e beijava meu pescoço. Em questão de segundos eu me encontrava perdida em nossa nebulosa de prazer, seus beijos me deixavam cada vez mais molhada o que fazia Simon deslizar de um modo ainda mais delicioso.

--Admita... Ninguém pode fazer você sentir isso... --Ele segurou meus quadris e ergueu um pouco fazendo seu membro se aprofundar, gemi alto em resposta...