Segunda Chance

Cap 28

Simon:

Alô?

Elias:

Simon, estou tentando falar com a Adele, o celular está fora de área.

Simon:

Estamos no clube de tiro, o divórcio já não estava concluído? Algum problema legal com a venda da casa em EUA?

Elias:

Acho melhor sentar, não tenho boas notícias.

Simon:

Pode falar.
Engoli o nó que havia se formado em minha garganta.

Elias:

Simon, Charles foi solto e está em Londres.
Minha respiração falhou, olhei para a loira que admirava orgulhosa o alvo marcado pelos tiros nos lugares certos.

Simon:

Não faz isso, ela se recuperou, Laurie está bem, mesmo com tantos problemas ela ainda tem aquele sorriso, diz que não é verdade.

Elias:

Eu sinto muito, mas ele está solto, a polícia vai ligar para a Adele, é obrigação deles avisar, mas eu quis falar antes.

Simon:

Obrigada, eu vou conversar com ela e depois nos conta essa história direito.

Elias:

Tudo bem.
Desliguei quando senti alguém me abraçar por trás, uma Adele sorridente se mostrou quando virei acariciando seu rosto.

--Quem morreu? --Ela perguntou rindo, mas logo seu sorriso se desfez ao ver que eu não havia sorrido. --O que houve? Você está bem?

--Precisamos conversar... --Adele olhou-me confusa.

--Chris, está me assustando.

--Vamos para casa, eu te conto lá.

--Alguém se machucou? Angelo?!
--Adele já estava se desesperando.

--Laurie, está todo bem com nosso filho, com Ester e nosso neto, agora preciso que se acalme, pelo bebê, até em casa. --Ela assentiu duvidosa, saímos do clube e eu dirigi o mais rápido que pude até em casa, Adele não me questionou, queria chegar o mais rápido possível, pela minha cabeça apenas a pergunta, Como Adele vai reagir? Não quero ver minha loira se quebrar novamente.

--Então? O que aconteceu? --Adele perguntou assim que entramos.

--Charles foi solto. --Falei sem tentar apaziguar, sei que isso apenas irrita ela.

--O que?! Como isso é possível! --Adele estava pálida e andava de um lado para o outro, toquei seu braço e estava frio.

--Querida calma.

--Ah é fácil para você pedir para eu ficar calma! Não foi você que poderia ter morrido nas mãos daquele desgraçado, não foi você que foi parar no hospital, não foi você que ficou com uma cicatriz horrível! --Adele batia em peito enquanto falava e chorava, abracei a loira que desabou em meus braços em seguida.

--Tudo bem, ele não vai mais te machucar... --Abracei minha loira o mais forte que pude. --Vem, vamos para o quarto. --Subimos e eu dei um copo d'água para ela, Adele parecia apavorada e tudo que eu queria era matar o desgraçado que causava isso.

--E se ele tentar algo, ele pode vir atrás de mim, de você... --Adele chorava com as mãos em seu ventre apertando um pouco.

--Adele, vem aqui. --Coloco ela de frente para o espelho no quarto, a loira desvia o olhar da mulher frágil que refletia.

--Tira a blusa. --Falei calmo tocando seus ombros.

--Nem tudo se resolve dessa forma Simon. --Adele parecia um pouco irritada.

--Não é isso querida, tira a blusa, quero te mostrar uma coisa. --A loira revira os olhos, mas retira a blusa deixando a mostra seu sutiã com vermelho, seu colo e ventre nus.

--Pode ver essa tatuagem? Uma mulher muito corajosa fez, ela disse que era uma superação, falou que era um recomeço, Laurie, essa mulher está aí dentro...

--Mas eu...

--Eu sei que está com medo, mas Laurie, não deixe Charles voltar a ser um problema, ele não pode chegar perto de você. --Acariciei sua mão que agora tocava a tatuagem que cobria sua cicatriz.

--Eu tenho medo, ele está solto, Charles pode querer vingança, Simon... o nosso bebê, se ele tentar se vingar...

--Ele não vai, mas se tentar. --Fui até a gaveta do criado mudo e entreguei a arma para ela. --Use, se ele se aproximar e tentar te machucar, se não conseguir se defender, se eu não estiver, use, não êxite, use.

--Eu não...

--Por favor, por mim, pelos nossos filhos, prometa. --Ela assentiu e pegou a arma guardando em sua bolsa sobre a cama. --Não deixe que ele entre na sua cabeça meu amor, não viva com medo que tente algo, é exatamente o que ele quer, ficou em Londres para que você não pudesse viver em paz, não dê esse gostinho a ele. --Adele sorriu e juntou nossos lábios em um beijo longo e profundo.

--Chris... --A loira começou, mas eu já sabia o que ela queria.

--Não precisa nem pedir, Eu te amo. --Voltei a beijar seus lábios carnudos enquanto acariciava os seios fartos da loira. Pode parecer um jeito infantil de lidar com os problemas, mas sempre foi assim, depois das brigas fazíamos amor, ela estava com medo? Fazia de tudo para sentir que eu estava com ela, assim com quando eu não estava bem.
Adele subiu minha camisa e rompeu o beijo apenas para passar pela minha cabeça. Segurei as coxas da mulher e a elevei do chão, andei até a cama e deitei a loira. --Vou estar aqui com você, sempre. --Beijei seu ventre, tirei a calça que ela vestia e em seguida a minha. Toquei cada parte de suas grossas pernas beijando até voltar a encontrar sua boca, compartilhamos do gosto um do outro de todas as formas, quando finalmente não havia empecilhos entre nós penetrei Laurie de forma progressiva, sentindo seu corpo expandir adaptando-se ao meu. Acariciei seu nariz com o meu e comecei a me mover um pouco mais rápido, Adele abriu a boca, mas não saiu nenhum som, logo um gemido baixo acompanhado de suas mãos em minhas costas.

--Konecki... mais fun...do... quero sentir... você. --Adele falou entrecortada, fiz como ela pediu fazendo a loira revirar os olhos e gemer baixinho, sua voz era rouca e sua respiração fazia cosquinhas em meu pescoço. Abracei Adele sentando com ela sobre mim, não precisei falar, logo a loira se movia sem pressa sorrindo enquanto mordia o lábio, seus cabelos estavam bagunçados e suados, ela segurou os fios loiros e acelerou, ficamos assim até ela começar a rebolar com os olhos fechados e eu apertar mais Adele contra mim, terminamos em gemidos  baixos, ela deitando a testa em meu ombro e eu apertando sua cintura. Ficamos alguns minutos assim, apenas desfrutando do calor um do outro.

--Obrigada...

--Acredite amor... isso não é esforço algum para mim. --Ela riu na curva do meu pescoço, depois acariciou minha barba e abraçou-me. Talvez seja difícil para ela saber que Charles não está preso, mas uma coisa tenho certeza, ele não vai chegar perto da minha noiva.