Cap 19

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Narra Adele

Elias:

Adele os papéis estão prontos, que horas você chega?

Adele:

Chego uma da manhã, vou em casa falar com Charles sobre o divórcio e ligo para você marcar a reunião para o dia seguinte.

Elias:

Tudo bem, tenha uma boa viagem, nos vemos amanhã.

Adele:

Até mais Elias.

Senti alguém envolver minha cintura por trás e deitei minha cabeça para trás recebendo um selinho.

--Vamos? Tudo certo?

--Sim, vamos logo. --Beijei Simon e saímos de casa, deixamos Angelo na faculdade e Christopher me levou até o aeroporto.

--Aqui sua mala, liga quando chegar. --Ele beijou-me brevemente e me entregou a pequena mala.

--Até depois de amanhã se tudo der certo.

--Até Laurie, te amo.

--Também te amo. --Dei um último beijo em Simon e segui para o embarque. A viagem foi tranquila, pelo menos eu acho, fui o caminho todo dormindo. O vôo chegou um pouco mais cedo, mas ainda assim de madrugada, peguei um carro alugado no aeroporto e segui para a casa onde moro com Charles.
Entrei com cuidado pelo horário Charles deve estar dormindo e não quero arrumar confusão agora, estou muito cansada. Assim que comecei a me dirigir ao quarto escutei um gemido, a raiva se apoderou do meu corpo e eu invadi o quarto.

--QUE MERDA É ESSA AQUI?! --A mulher saiu de cima do meu marido cobrindo o corpo com o lençol azul marinho que tanto amo.

--Adele querida eu...

--CALA ESSA BOCA CHARLES! E VOCÊ... --Andei até a morena, juntei as roupas da mulher e joguei sobre ela, logo segurei em seus cabelos a puxando para fora. --VISTA-SE E SAI DA MINHA CASA. --A morena desceu correndo. Charles havia colocado sua calça jeans.

--Querida eu sinto muito, juro que tentei, mas você está sempre longe, EU TENHO NECESSIDADES!

--NÃO IMPORTA CHARLES, NÃO ME IMPORTO MAIS COM QUANTAS PUTAS VOCÊ TRANSA, MAS NÃO ADMITO QUE FAÇA ISSO DENTRO DA MINHA CASA.

--ADELE POR FAVOR ME ESCUTA QUERIDA, Vamos conversar, eu te amo querida, foi um erro.

--ERRO? OUTRO PUTO ERRO CHARLES?! -'A raiva subiu minha cabeça e eu cheguei perto o suficiente para o homem sentir minha respiração quente e pesada. --Quer saber Charles... não me importo, passei os últimos meses transando com um homem de verdade, um homem capaz de me levar ao orgasmo, coisa que você nunca foi suficient... --Não consegui terminar de falar, levei um tapa no rosto tão forte que caí no chão.

--VOCÊ ME TRAIU SUA VAGABUNDA, PUTA. --Levantei, mas Charles segurou meu braço esquerdo e jogou-me contra a mesa de canto do quarto.  --VOU TE MOSTRAR QUEM É O HOMEM DESSA HISTÓRIA!

--PARA CHARLES! --Ele montou sobre mim e começou a destribuir tapas no meu rosto, consegui sair de baixo dele e correr, mas Charles me alcançou na metade da escada e de repente o mundo começou a girar. Eu havia caído escadaria a baixo, tentei levantar, mas meu corpo doía demais.

--Sabe Adele, você é muito gostosa, mas não vale a pena abrir mão das outras por você...  --Senti o sangue escorrer da minha cabeça até meus lábios e a dor na cabeça aumentar quando o homem segurou-me pelos cabelos. -'O que foi Adele? Arrependida de ter me traído?
--Cuspi o sangue no rosto dele e o ódio em seu olhar aumentou. --Vou te ensinar a não brincar comigo. --Ele começou a tirar o cinto da calça e eu comecei a me arrastar pelo chão tentando chegar a porta que estava à um metro de distância. Porém Charles  me puxou pela perna direita e começou a distribuir socos e cintadas em minha barriga.

--Ahhh... pa... para... --O que deveriam ser gritos pareciam sussurros, a dor era tanta que meu corpo estava começando a ficar dormente. Juntei as ultimas forças que tinha e gritei. --SOCORRO! --Ele tapou minha boca imediatamente.

--CALA A PORRA DESSA BOCA! NÃO QUER UM HOMEM?! VOU TE FODER COMO UM! --Charles tentou tirar minha roupa, quando ele estava prestes a conseguir escutei a porta sendo arrombada e vi um homem entrar, logo minha visão ficou nublada e não sei mais o que aconteceu.

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Escutei um som de bip e abri meus olhos com pesar, meu corpo ainda doía agora um pouco menos, olhei ao redor e reconhecia o quarto de hospital.

--Pode me ouvir? --Assenti, o médico analisou meus olhos e pressão, depois de um tempo voltou a falar. --Em uma escala de 0 à 10 qual o nível da dor?

--Seis talvez sete.

--Vou aumentar a dose do medicamento, para quem posso ligar?

--Onde... onde está o Charles?

--Quem? O agressor? A Polícia o levou.

--Pode ligar para o meu advogado, o número está no meu celular, o nome é Elias.

--Algum familiar?

--Minha família está em Londres, não precisa avisá-los.

--Tudo bem, vamos fazer alguns exames.

--Eu sei, sou médica também, quando vou ter alta?

--Apenas com os exames vou saber. --Ele olhou meu prontuário. --Um policial vem mais tarde, deseja denunciar o homem que fez isso com você?

--Sim, preciso de um quiti de estupro também.

-- Não se preocupe, seu vizinho chegou antes do agressor conseguir. Agora você precisa descansar.

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Narra Simon

Ouvi a porta e fui até lá, quando abri a porta a visão que tive partiu minha alma, minha Laurie com o rosto machucado, um curativo na cabeça e pálida.

--Laurie?! O que aconteceu?!

--Chris... Só me abraça por favor... --Abracei a loira e a trouxe para dentro.

--Está tudo bem, eu estou aqui. --Ela foi se acalmando, sentamos no sofá, eu levantei e preparei um chá, Laurie estava tão nervosa que não conseguia falar. --Aqui. --Dei o chá para ela e Adele começou a beber.

--On... Onde está Angelo?

--Ele tá no apartamento a namorada está doente e ele quis ficar com ela, não se preocupe, o aconteceu? Quem fez isso Laurie? Você deveria estar nos Estados Unidos, o que aconteceu?

--Quando eu cheguei... Charles estava com outra...

--Aquele cretino teve coragem de te trair?! --Levantei gritando e vi que Adele tremeu assustada. --Ei calma, desculpa eu me exaltei. --Sentei abracei ela, Adele me abraçou forte, como se estivesse com medo. --Você saiu de casa e alguém te atacou?

--Quando vi a cena, discutimos, a mulher saiu e nós brigamos, fiquei com raiva e falei sobre nós...

--Esse covarde teve coragem de machucar você? --Ela voltou a chorar, a raiva consumia meu corpo, mas sei que agora Adele precisa de mim. --Está  tudo bem, vai ficar tudo bem, vou cuidar de você, me conta o que houve.

--Foi horrível, ele me jogou escadaria a baixo... me deu uma surra de cinto e...

--O que?! Adele pelo amor de Deus vamos agora ao médico! Você pode ter algum ferimento interno!

--Fiquei os dois últimos dias no hospital, fizeram todos os exames...
--Levantei trazendo Adele junto e guiei ela até o quarto.

--Quer conversar?

--Agora não... --Ela me abraçou colocando as mãos dentro da minha camisa e acariciando minha costa. Fiz o mesmo com ela, mas minha mulher queixou-se.

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