No dia seguinte...
Leandro foi até ao local indicado no endereço escrito no papel que Marcelo havia dado à ele, e chegando lá havia um grande prédio, com uma aparência bem moderna. Leandro chegou com seu carro perto do portão, onde haviam guardas que pediram sua identificação, e ele mostrou o crachá que Marcelo havia lhe dado. Depois disso os guardas liberaram ele e o deixaram entrar.
Chegando dentro do prédio Leandro se deparou com uma recepcionista, e pediu informações relacionadas a Marcelo, e ela lhe disse onde ele estava, e Leandro foi até lá.
— Que bom que você já chegou! — disse Marcelo sorrindo. — teremos muitas coisas para fazer.
— Imagino. Mas o que vamos fazer agora? — perguntou Leandro curioso, olhando em volta.
— Vou lhe dizer tudo sobre sua função aqui. — dizia Marcelo. — mas primeiro me acompanhe até sua sala.
Na sala de Leandro...
— Será aqui onde você passará a maior parte do seu tempo. E já que está aqui, já pode começar a trabalhar. Já deixei arquivos no seu computador com diversos dados sobre todos os humanoides que temos no momento, e eu gostaria que você fizesse uma lista do mais forte ao mais fraco que temos. — disse Marcelo.
— E como vou caracterizar um humanoide como forte ou fraco? Pensei que todos fossem iguais em todos os aspectos. — questionou Leandro.
— O processo que usamos para a criação dos humanoides é aleatório, por isso suas propriedades estéticas e materiais são diferentes. Obviamente temos um padrão em comum entre eles, que é ser ou ter a aparência humana de um homem de aproximadamente vinte anos, ter grande força e saber falar coisas básicas, (pois sua inteligência é como a de uma criança, por isso não sabem ler ou escrever), mas aprendem rápido o que lhes é ensinado, que é o essencial: saber lutar e atirar (que é o que geralmente é ensinado à eles por seus compradores). Já sobre ser forte ou fraco, nós fazemos testes padrões em todos os novos humanoides (geralmente usando descargas elétricas super potentes), e seu trabalho será analisar esses testes para então caracterizá-los como forte ou fraco. — respondeu Marcelo.
— Achei que eles já eram criados sabendo o seu propósito e sabendo lutar e atirar. Não pensei que eles pudessem aprender. Eles me parecem bastante humanos. — disse Leandro com a mão direita em seu queixo.
— Com eles podendo aprender fica muito mais fácil programá-los para fazerem exatamente o que seu comprador quer. Exemplo: se um país comprar alguns deles, podem treiná-los para aprenderem a dirigir, atirar com diversos tipos de armas diferentes, etc. E sobre o propósito deles, assim que são vendidos, eles recebem um chip que é implantado na cabeça deles com todas as informações que eles precisam saber, como quem devem obedecer e quem é seu inimigo (quando são comprados, por exemplo, para auxiliarem em uma guerra ou operações especiais). — disse Marcelo.
— Mas por que recebem um chip se já são robôs? — perguntou Leandro curioso.
— Do mesmo modo que um pendrive recebe arquivos de um computador, só que no caso dos humanoides é um chip que ao invés de receber insere informações neles. — respondeu Marcelo. — gostaria de perguntar algo mais?
— Acho que não. Você tirou bastante dúvidas minhas. Me sinto um pouco mais seguro para trabalhar aqui. — respondeu Leandro.
— Certo, vou deixar você sozinho. Mais tarde te levo para conhecer o resto do laboratório. — disse Marcelo saindo da sala.
Leandro se sentou em sua cadeira e foi olhar os tais arquivos que estavam no seu computador. Haviam 601 humanoides segundo os arquivos, ou seja, era bastante trabalho. Cada humanoide tinha um arquivo individual, onde estavam seus resultados dos testes e seu número de identificação, que era dado de acordo com seu número de produção (humanoide 95, 96, 97, etc.). Analisando os dados Leandro descobriu que eles eram produzidos de 100 em 100, ou seja, já havia ocorrido 6 etapas de produção de humanoides. Ele descobriu também que todos os humanoides produzidos em uma etapa de produção tinham praticamente os mesmo resultados de resistência ou força, assim Leandro deduziu que a cada etapa de produção de 100 humanoides eles modificavam o sistema de aleatoriedade da produção em busca de receberem resultados melhores na próxima produção.
— Estranho... Esses humanoides são produzidos de 100 em 100, mas ao total existem 601. O que poderia ter acontecido? Bem, pode ter sido um erro na aleatoriedade da produção, que acabou produzindo um a mais. — pensou Leandro.
Mas Leandro resolveu ir mais fundo, e abriu o arquivo do humanoide 601, e descobriu que ainda não tinham sido feitos testes nesse humanoide, e que ele era o único que em vez de número tinha um nome, que no caso era Lis.
Todos os outros humanoides tinham um número como sendo uma espécie de nome, e havia em seus arquivos uma foto deles, mas no caso do(a) humanoide Lis, não tinha uma foto, apenas uma imagem de uma silhueta de um corpo feminino.
— Um humanoide com nome? Ou melhor, um humanoide com aparência feminina? Ou sendo um humanoide feminino? Pensei que todos fossem programados para parecerem com um homem, ou ser um homem? Estou muito confuso... — pensou Leandro com a mão direita em sua cabeça.
Parece que haviam muitas coisas que Leandro ainda não sabia, coisas que poderiam mudar tudo, e que ainda tinham que ser descobertas...
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A Humanoide de Carne
RomanceLeandro e Lis, um cientista recém formado e uma suposta "Humanoide". Ambos estavam desanimados com suas vidas, mas quando seus caminhos se cruzam, juntos, descobrem seu real objetivo de vida e o caminho para serem felizes. DESCRIÇÃO DETALHADA: Leand...