Capítulo 8 - Fim da Linha

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Depois de passar em alta velocidade pelo bloqueio da polícia, viaturas começaram a perseguir o carro de Leandro.

Leandro dirigiu por um tempo, até que pareceu ter despistado a polícia.

— Ufa, graças a Deus conseguimos! — disse Leandro aliviado.

Até que várias viaturas apareceram e cercaram o carro.

— Fim da linha! Saiam com as mãos pra cima! — gritou um policial.

Leandro e Lis saíram do carro, e ele ergueu as mãos, mas Lis não.

— Você não escutou? Eu disse para erguer as mãos! — gritou o policial irritado.

Leandro ficou preocupado, até que, antes que memórias ruins surgissem em sua mente, ele disse:

— Por favor, Lis. Faça o que ele disse, por mim.

— Escuta seu namorado, garota. Ou a situação pode piorar... — disse o policial.

Então Lis se virou para o carro e ergueu as mãos. Os policiais se aproximaram e algemaram os dois e os levaram à delegacia.

Na delegacia...

Leandro e Lis ficaram aguardando serem chamados para um depoimento em conjunto (os dois iriam depor juntos perante o delegado).

— Por favor, seu guarda. Eu preciso ligar para o meu advogado, tire essa algema de mim e da Lis! — pediu Leandro para um policial que passava por onde eles estavam.

— Sem chance! Não quero me meter em confusão. — disse o policial indo embora.

— Eu acho que eu posso te ajudar. — dizia Lis. — você disse que eu sou especial.

— É isso! — disse Leandro lembrando que Lis era muito forte. — tente quebrar minha algema. Você consegue, você é muito forte!

Leandro se aproximou de Lis que estava sentada do seu lado, e ela conseguiu encostar as mãos nas algemas de Leandro, e depois de forçá-las conseguiu quebrá-las.

— Isso! Obrigado Lis, eu já volto. — disse Leandro indo até o telefone da delegacia para telefonar para seu advogado (um antigo amigo).

Ele conseguiu falar com o advogado, que disse que já estava indo encontrá-los. Depois de telefonar eles foram chamados para depor.

No depoimento...

— Como você se soltou? — perguntou o delegado para Leandro.

— É, bem... Acho que esqueceram de trancar a minha algema. — respondeu Leandro. — mas melhor irmos direto ao assunto, que é o assunto onde fomos presos injustamente.

— Vocês estavam sendo procurados por serem suspeitos do assassinato de quatro homens em sua casa. — disse o delegado.

— Não foi assassinato! Eles invadiram a minha casa para tentar nos matar! Eu só nos defendi! — respondeu Leandro irritado.

— Então você confessa os assassinatos? — questionou o delegado.

— Não, eu... Ah! Por favor! Eles queriam nos matar! — disse Leandro irritado.

Lis só observava.

Depois de uma longa conversa, o delegado disse que havia decidido manter Leandro preso até o julgamento oficial perante um juiz, que ocorreria em até uma semana.

— Uma semana?! — questionou Leandro irritado. — eu tenho coisas urgentes para fazer! Não posso ficar uma semana preso e ainda injustamente!

Então Lis olhou com um olhar triste para Leandro e disse ao delegado:

— Fui eu que desc... que matei eles.

— Lis... Você não precisa fazer isso! Eu gosto de você, não quero que sofra novamente por ficar presa! — disse Leandro entristecido.

— Eu também gosto de você, por isso estou fazendo isso. — dizia Lis. — fui eu quem matei eles, eles queriam matar o Leandro, e então eu o protegi. Deixem ele ir, por favor...

— Bem, de qualquer jeito... Já que você assume a culpa, você irá ficar presa aqui até o julgamento. E você, Leandro, pode ir agora. Te vejo em uma semana. — disse o delegado.

Os policias levaram Lis até uma cela e prenderam ela lá, e Leandro foi junto com ela para conversar.

— Lis, você não precisava fazer isso. — disse Leandro cabisbaixo.

— Mas você precisa fazer o que íamos fazer, lembra? Você disse que tinha um plano. Eu confio em você. — disse Lis, sorrindo.

— Você tem razão... Se eu fosse preso não ia poder dar continuidade ao plano de derrubar Marcelo e sua empresa. Mas não se preocupe, eu vou tirar você daqui! — disse Leandro pegando nas mãos de Lis. — eu sei que eu prometi que nunca ia te abandonar... Eu tentei, mas... — lágrimas escorreram no rosto de Leandro

— Você me ensinou muitas coisas. Você... me ensinou o que é... gostar de alguém. Agora entendo. É muito mais que querer ficar perto, mas principalmente querer o bem do outro. Por isso... não chore. — disse Lis.

Leandro e Lis se abraçaram pelas grades da cela, e depois ele foi embora.

Na porta de saída da delegacia...

Leandro estava saindo e viu seu advogado chegando, ele pediu uma carona e eles foram até um restaurante para conversarem. Leandro contou tudo que tinha acontecido, inclusive sobre Lis e sobre Marcelo e sua empresa de fabricação de falsos humanoides, e sobre o plano que ele tinha.

— Você fez bem em não ter falado nada sobre Marcelo para o delegado, e também não deve falar nada disso ao juiz. Se quisermos derrubar Marcelo teremos que antes juntar provas concretas, como o vídeo que você mencionou. — disse o advogado.

— É, você está certo. Só me sinto mal por Lis ter ficado presa no meu lugar. — disse Leandro cabisbaixo.

— Não se preocupe, certamente ela será solta por ser um caso de legítima defesa. — disse o advogado.

— Assim espero. Mas quem também não perde por esperar é o Marcelo... — disse Leandro pensativo e irritado.

Depois da conversa Leandro foi até onde Amanda (sua ex-namorada) morava, que por sorte ainda era o mesmo lugar.

O plano estava começando...

O plano estava começando

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A Humanoide de CarneOnde histórias criam vida. Descubra agora