Capítulo 11 - Olá e adeus...

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No dia seguinte...

Leandro e Lis foram até a empresa que fornecia os alimentos para a P.H.P, e por sorte eles já estavam se preparando para uma entrega e o pequeno caminhão de entrega já estava saindo. Leandro ficou escondido enquanto Lis foi até à frente do caminhão para pará-lo.

O motorista desceu.

— O que aconteceu? Precisa de ajuda? — perguntou o motorista.

— Sim, meu amigo caiu aqui perto e precisa de ajuda. — respondeu Lis.

O motorista seguiu ela até um beco, e quando chegou lá Leandro apareceu e deu um soco nele fazendo-o cair, depois o amarrou e pegou o uniforme dele.

— Me desculpe, mas eu preciso fazer isso. — disse Leandro se sentindo culpado.

Leandro vestiu o uniforme e voltou para o caminhão, e partiu rumo à empresa P.H.P de Marcelo. Lis foi em direção ao carro de Leandro para voltar para casa junto com o advogado amigo dele (que foi junto justamente para levar Lis de volta para casa).

Leandro foi até a empresa P.H.P, e por sorte não pediram identificação quando ele chegou no portão (provavelmente porque já estavam esperando a entrega). Ele desceu do caminhão, pegou uma caixa com comida e entrou na empresa.

Ao conseguir entrar ele foi até a cozinha para largar a caixa. Depois ele começou a caça pela sala das câmeras. Ele sabia que poderiam estar observando ele, mas era um risco necessário. Mas por sorte não havia quase ninguém nos corredores, nem guardas (por ser uma empresa quase secreta não havia tanta necessidade de guardas lá dentro).

Leandro continuou procurando, até que esbarrou em um guarda.

— Opa, tudo bem? — perguntou Leandro disfarçando.

— Sim, o que está fazendo aqui? — perguntou o guarda.

— Bem, eu... Eu estava procurando o banheiro. — respondeu Leandro nervoso.

— Ah, é por ali. — disse o guarda indicando a direção.

— Certo, muito obrigado! — agradeceu Leandro.

O guarda foi embora.

— Ufa, essa foi por pouco. — pensou Leandro.

Ele voltou à procurar a sala das câmeras, e depois de um tempo procurando finalmente achou. Ele entrou na sala que aparentemente estava vazia.

— Ainda bem que está vazia. Só preciso das gravações. — pensou Leandro.

Ele começou a procurar pelas filmagens do dia em que Marcelo entrou na sala onde Lis estava presa e revelou tudo que ele fazia, mas Leandro não encontrou nada.

— Droga! Não acredito! E agora, o que eu vou fazer? — disse Leandro consigo mesmo.

Até que de um canto da sala surgiu um homem, um cientista da empresa.

— Você voltou. — disse o homem.

— Quem é você?! — perguntou Leandro assustado.

— Não precisa se preocupar, eu quero te ajudar. Meu nome é Carlos, e já nos conhecemos antes, lembra? — disse Carlos, o cientista, que aparentava ter mais de quarenta anos.

— Sim, eu lembro de você. Foi você que respondeu algumas perguntas minhas sobre a Lis. — disse Leandro aliviado.

— Eu sei o que você quer fazer, e não vou te impedir, pelo contrário, vou te ajudar. Assim como você, eu vim trabalhar aqui sem saber das crueldades que essa empresa fazia. Mas por sorte eu acabei virando um homem de confiança de Marcelo, e por isso sempre tive acesso à essa sala onde podemos ver toda a empresa pelas câmeras, e foi assim que eu descobri que você encontrou a Lis, a "Humanoide de Carne", e que queria ajudar ela. Também foi assim que descobri tudo que o Marcelo realmente fazia. Depois que você fugiu com a Lis ele me pediu para apagar todas as gravações daquele dia, mas após dar uma olhada e descobrir tudo que aconteceu e o que ele falou, eu fiz uma cópia nesse pendrive. — disse Carlos entregando um pendrive para Leandro.

— Não sei nem como agradecer. — disse Leandro contente.

— Me agradeça destruindo os planos de Marcelo, revelando a verdade à todos. Eu também ouvi seu plano que é divulgar isso à todos, e por isso guardei até hoje essas gravações, porque eu sabia que em algum momento você voltaria aqui para tentar pegá-las. E caso queira saber também, fui eu quem deu o nome de "Lis" para a Lis. Eu sempre via ela pelas câmeras, mas eu não podia ir até ela, mas via sua inocência e tristeza também. Até que você apareceu e teve coragem de ir até ela para ajudá-la, e eu fiquei muito feliz em ver isso. Pela primeira vez ela se sentiu feliz, mesmo havendo tido poucos dias de vida. Sabe, ela era como uma filha pra mim... Olhando as gravações eu vi quando ela foi criada, e é impressionante, pois ela já nasceu do jeito que era, do mesmo tamanho e aparência. Eu fico perplexo em pensar o quão longe o ser humano pode ir e o que pode fazer por dinheiro... — disse Carlos.

— A Lis tinha me perguntado se ela tinha um pai, e agora sei que ela tem um. Quando tudo isso acabar e todos os "Humanoides" de Carne forem libertos e a empresa de Marcelo derrubada, você poderá ver ela e o quanto ela está se sentindo feliz agora sendo livre. — disse Leandro sorrindo.

— Ver a Lis feliz é tudo que eu quero... Durante o período que ela esteve aqui ela só sofreu, e ela merece ser feliz, e sei que isso será possível apenas com você ao lado dela e com sua ajuda. — disse Carlos.

— Você verá ela, amigo, mas primeir...

POW! Alguém atirou em Carlos.

Era um dos guardas da empresa. Mas assim que ele atirou Lis apareceu e bateu nele fazendo-o derrubar a arma e desmaiar. Lis havia seguido Leandro até a empresa.

Leandro se aproximou de Carlos que estava no chão quase morto, e Lis se aproximou também.

— Lis... Você veio... — dizia Carlos. — cuide bem dela... — disse Carlos olhando para Leandro.

— Farei isso. — disse Leandro emocionado. — obrigado por tudo que você fez pela Lis.

— E você... Lis... Seja feliz com o Leandro... Ele ama você... E eu também te amo... Você é como uma filha que eu nunca tive... — dizia Carlos com muita dificuldade. — agora vão...

Leandro e Lis se levantaram e saíram correndo dali.

Leandro e Lis se levantaram e saíram correndo dali

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A Humanoide de CarneOnde histórias criam vida. Descubra agora