Leandro gravou o vídeo que passaria antes do vídeo principal de Marcelo confessando o que fazia, agora faltava pouco para o esquema dele ser descoberto.
— Ficou muito bom! — disse o advogado.
— Verdade, tenho certeza que as pessoas vão acreditar, principalmente após verem a prova. — disse Amanda.
— Espero que sim... A libertação dos "Humanoides" de Carne só será possível com o apoio popular. — disse Leandro pensativo.
No dia seguinte...
Leandro foi até a delegacia onde Lis estava presa.
— Que bom que você voltou! — disse Lis alegre.
— Também estou feliz em estar aqui. — dizia Leandro. — sinto tanta falta de você... Mas vou fazer de tudo para te tirar daqui, não se preocupe. Já estou também preparando o plano para libertar todos os "humanoides".
— Eu estou bem, não se preocupe. Tenho certeza que vai dar tudo certo. Eu confio em você. — disse Lis.
Leandro sorriu.
No dia do julgamento...
Lis entrou na sala do julgamento juntamente com Leandro e o advogado (ela tinha conversado antes com o advogado). O julgamento começou.
— Lis, você está sendo acusada de matar quatro homens na casa de Leandro. Isso significa que você é a principal suspeita, mas Leandro também é. Você foi presa preventivamente por ser a principal suspeita. O que tem a dizer? — perguntou o juiz.
— Fiz tudo sozinha em le...legítima defesa. Eles invadiram armados a casa do Leandro e iam nos matar. Eu apenas nos defendi. — respondeu Lis.
Leandro percebeu o quão bem Lis estava falando, e como ela estava aprendendo rápido a falar. Ela estava cada vez mais inteligente.
— O que seu advogado tem à dizer? — perguntou o juiz.
— Lis agiu em legítima defesa, assim como Leandro. Quatro homens entraram armados na casa onde ela estava com Leandro, e eles tiveram que se esconder. Em uma rápida oportunidade Leandro conseguiu retirar a arma de um deles e se defender. Lis também ajudou Leandro à se defender, e foi apenas isso. — disse o advogado amigo de Leandro.
— Então a Defesa de Lis assume que quem realmente matou os quatro homens foi Leandro? Se assim for, Lis mentiu para uma Autoridade. — questionou o juiz.
— Lis omitiu a verdade por amor, mas isso não muda o fato de que ambos agiram em legítima defesa, e isso foi provado na perícia que comprovou que todos os quatro homens que invadiram a casa de Leandro estavam armados e prontos para atirar. — respondeu o advogado.
Depois de um longo tempo de discussão e análise de várias provas, finalmente havia chegado a hora do veredito.
— Analisando as provas encontradas no local e o testemunho dos suspeitos, considero os quatro homens mortos como bandidos, e Lis e Leandro inocentes. — disse o juiz.
Lis e Leandro se abraçaram.
— Nunca mais vou deixar você sozinha, e dessa vez sem exceções! — disse Leandro muito feliz.
— Que bom que a justiça foi feita e Lis foi inocentada! — disse o advogado contente.
— Quase toda a justiça... — dizia Leandro em baixa voz. — ainda falta o Marcelo ser punido. Aposto que ele é o real dono da empresa que nunca apareceu...
Depois do julgamento eles foram à casa de Leandro.
Após o julgamento...
O juiz que inocentou Lis e Leandro foi conversar com um de seus colegas, que o questionou sobre um assunto.
— Por que o senhor não citou as ligações dos quatro homens que tentaram matar Leandro e Lis com a empresa P.H.P.? — questionou o colega.
— Ainda não é hora. Hoje quem estava sendo julgado era Lis, e uma informação dessas só prolongaria o veredito. As questões envolvendo a empresa P.H.P são um assunto muito amplo e exigiriam uma investigação e julgamento à parte. Quem sabe um dia se tenha provas ou indícios suficientes para que uma investigação seja iniciada... — respondeu o juiz.
Na casa de Leandro...
— Como você pretende pegar as gravações do Marcelo confessando o que faz? — perguntou o advogado.
— Teremos que invadir a empresa... — disse Leandro.
— Invadir? Como? — perguntou o advogado.
— Eu não quero voltar lá... Tenho lembranças ruins. — disse Lis amedrontada.
— Não se preocupe, só eu vou entrar. — disse Leandro colocando a mão no ombro de Lis, enquanto Amanda discretamente olhava com um olhar de desgosto.
—Mas como você vai entrar? — perguntou o advogado.
— Tenho um plano: quando eu trabalhava na P.H.P eu notei que eles não tinham cozinheiros, e o que comíamos era comida pronta, ou seja, era fornecida por outra empresa. Então eu posso me disfarçar de entregador da comida que eles recebem e assim poder entrar na empresa. — respondeu Leandro.
— E como você vai conseguir o disfarce? — perguntou o advogado.
— Por sorte lembro do nome da empresa que fornecia os alimentos, e terei que "pegar emprestado" um uniforme e um caminhão deles. — disse Leandro.
— Você vai matá-los? — perguntou Lis.
— Não, pra mim chega de matar. Não quero me tornar igual o Marcelo. Todos que matei até aqui não foram porque eu quis, mas por necessidade e falta de opções. — respondeu Leandro.
— E como você vai conseguir pegar o uniforme e o caminhão "emprestado"? — perguntou o advogado.
— Olha, sei que você, por ser um advogado, é totalmente dentro da lei, mas terei que roubá-los, nem que seja a força. Mas é por um bem maior. — respondeu Leandro.
Um tempo depois...
Leandro e Lis estavam sentados no sofá da casa dele, e o advogado já havia ido embora.
— Eu jamais iria querer matar ou machucar alguém, e sei que você também não. Mas infelizmente às vezes coisas ruins são necessárias para evitar que coisas piores aconteçam. — disse Leandro.
— Eu entendo, e sempre vou apoiar você, porque sei que tudo que você faz é pelo bem de todos nós. — disse Lis.
— Só quero que isso acabe logo e que você e todos possam ter uma vida normal... — disse Leandro. E logo em seguida Lis colocou sua mão sobre o ombro dele.
Amanda observava de longe.
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A Humanoide de Carne
RomanceLeandro e Lis, um cientista recém formado e uma suposta "Humanoide". Ambos estavam desanimados com suas vidas, mas quando seus caminhos se cruzam, juntos, descobrem seu real objetivo de vida e o caminho para serem felizes. DESCRIÇÃO DETALHADA: Leand...