Capítulo 10 - Planejamento

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Leandro gravou o vídeo que passaria antes do vídeo principal de Marcelo confessando o que fazia, agora faltava pouco para o esquema dele ser descoberto.

— Ficou muito bom! — disse o advogado.

— Verdade, tenho certeza que as pessoas vão acreditar, principalmente após verem a prova. — disse Amanda.

— Espero que sim... A libertação dos "Humanoides" de Carne só será possível com o apoio popular. — disse Leandro pensativo.

No dia seguinte...

Leandro foi até a delegacia onde Lis estava presa.

 — Que bom que você voltou! — disse Lis alegre.

— Também estou feliz em estar aqui. — dizia Leandro. — sinto tanta falta de você... Mas vou fazer de tudo para te tirar daqui, não se preocupe. Já estou também preparando o plano para libertar todos os "humanoides".

— Eu estou bem, não se preocupe. Tenho certeza que vai dar tudo certo. Eu confio em você. — disse Lis.

Leandro sorriu. 

No dia do julgamento...

Lis entrou na sala do julgamento juntamente com Leandro e o advogado (ela tinha conversado antes com o advogado). O julgamento começou.

— Lis, você está sendo acusada de matar quatro homens na casa de Leandro. Isso significa que você é a principal suspeita, mas Leandro também é. Você foi presa preventivamente por ser a principal suspeita. O que tem a dizer? — perguntou o juiz.

— Fiz tudo sozinha em le...legítima defesa. Eles invadiram armados a casa do Leandro e iam nos matar. Eu apenas nos defendi. — respondeu Lis.

Leandro percebeu o quão bem Lis estava falando, e como ela estava aprendendo rápido a falar. Ela estava cada vez mais inteligente.

— O que seu advogado tem à dizer? — perguntou o juiz.

— Lis agiu em legítima defesa, assim como Leandro. Quatro homens entraram armados na casa onde ela estava com Leandro, e eles tiveram que se esconder. Em uma rápida oportunidade Leandro conseguiu retirar a arma de um deles e se defender. Lis também ajudou Leandro à se defender, e foi apenas isso. — disse o advogado amigo de Leandro.

— Então a Defesa de Lis assume que quem realmente matou os quatro homens foi Leandro? Se assim for, Lis mentiu para uma Autoridade. — questionou o juiz.

— Lis omitiu a verdade por amor, mas isso não muda o fato de que ambos agiram em legítima defesa, e isso foi provado na perícia que comprovou que todos os quatro homens que invadiram a casa de Leandro estavam armados e prontos para atirar. — respondeu o advogado.

Depois de um longo tempo de discussão e análise de várias provas, finalmente havia chegado a hora do veredito.

— Analisando as provas encontradas no local e o testemunho dos suspeitos, considero os quatro homens mortos como bandidos, e Lis e Leandro inocentes. — disse o juiz.

Lis e Leandro se abraçaram.

— Nunca mais vou deixar você sozinha, e dessa vez sem exceções! — disse Leandro muito feliz.

— Que bom que a justiça foi feita e Lis foi inocentada! — disse o advogado contente.

— Quase toda a justiça... — dizia Leandro em baixa voz. — ainda falta o Marcelo ser punido. Aposto que ele é o real dono da empresa que nunca apareceu...

Depois do julgamento eles foram à casa de Leandro.

Após o julgamento...

O juiz que inocentou Lis e Leandro foi conversar com um de seus colegas, que o questionou sobre um assunto.

— Por que o senhor não citou as ligações dos quatro homens que tentaram matar Leandro e Lis com a empresa P.H.P.? — questionou o colega.

— Ainda não é hora. Hoje quem estava sendo julgado era Lis, e uma informação dessas só prolongaria o veredito. As questões envolvendo a empresa P.H.P são um assunto muito amplo e exigiriam uma investigação e julgamento à parte. Quem sabe um dia se tenha provas ou indícios suficientes para que uma investigação seja iniciada... — respondeu o juiz.

Na casa de Leandro...

— Como você pretende pegar as gravações do Marcelo confessando o que faz? — perguntou o advogado.

— Teremos que invadir a empresa... — disse Leandro.

— Invadir? Como? — perguntou o advogado.

— Eu não quero voltar lá... Tenho lembranças ruins. — disse Lis amedrontada.

— Não se preocupe, só eu vou entrar. — disse Leandro colocando a mão no ombro de Lis, enquanto Amanda discretamente olhava com um olhar de desgosto.

—Mas como você vai entrar? — perguntou o advogado.

— Tenho um plano: quando eu trabalhava na P.H.P eu notei que eles não tinham cozinheiros, e o que comíamos era comida pronta, ou seja, era fornecida por outra empresa. Então eu posso me disfarçar de entregador da comida que eles recebem e assim poder entrar na empresa. — respondeu Leandro.

— E como você vai conseguir o disfarce? — perguntou o advogado.

— Por sorte lembro do nome da empresa que fornecia os alimentos, e terei que "pegar emprestado" um uniforme e um caminhão deles. — disse Leandro. 

— Você vai matá-los? — perguntou Lis.

— Não, pra mim chega de matar. Não quero me tornar igual o Marcelo. Todos que matei até aqui não foram porque eu quis, mas por necessidade e falta de opções. — respondeu Leandro.

— E como você vai conseguir pegar o uniforme e o caminhão "emprestado"? — perguntou o advogado.

— Olha, sei que você, por ser um advogado, é totalmente dentro da lei, mas terei que roubá-los, nem que seja a força. Mas é por um bem maior. — respondeu Leandro.

Um tempo depois...

Leandro e Lis estavam sentados no sofá da casa dele, e o advogado já havia ido embora.

— Eu jamais iria querer matar ou machucar alguém, e sei que você também não. Mas infelizmente às vezes coisas ruins são necessárias para evitar que coisas piores aconteçam. — disse Leandro.

— Eu entendo, e sempre vou apoiar você, porque sei que tudo que você faz é pelo bem de todos nós. — disse Lis.

— Só quero que isso acabe logo e que você e todos possam ter uma vida normal... — disse Leandro. E logo em seguida Lis colocou sua mão sobre o ombro dele.

Amanda observava de longe.

Amanda observava de longe

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A Humanoide de CarneOnde histórias criam vida. Descubra agora