Depois de passar muito tempo em sua sala fazendo as análises dos humanoides, Leandro resolveu sair um pouco, e se deparou com Marcelo.
— Já cansou? Sei que é bastante trabalho. — disse Marcelo.
— Só resolvi sair um pouco do mesmo ambiente. — disse Leandro, com aparência confusa.
— Aproveitando que você está aqui, posso te levar para dar uma olhada no prédio... — sugeriu Marcelo, colocando a mão no ombro de Leandro.
— Certo, eu gostaria mesmo de conhecer mais ambientes. — respondeu Leandro.
Marcelo levou Leandro para conhecer mais o prédio, ou laboratório. Durante a caminhada Leandro percebeu que haviam vários lugares restritos.
— Posso conhecer o local onde os humanoides são produzidos? — perguntou Leandro.
— Infelizmente não. Pouquíssimas pessoas possuem essa autorização, entre elas eu. — respondeu Marcelo.
Ambos continuaram a caminhada, e Marcelo conduziu-os ao local onde alguns humanoides ficavam. Era uma sala grande e fechada, com apenas uma entrada e saída e apenas uma comprida janela. Todos os humanoides naquela sala estavam enfileirados como um exército.
— Estes humanoides já foram comprados por um governante, por isso já receberam o chip com as informações que precisam. — disse Leandro.
— Eles parecem bem humanos. — disse Leandro pensativo.
— Obrigado. Nosso sistema de produção é muito avançado. — disse Marcelo.
— E onde ficam os humanoides recém produzidos, que ainda não foram comprados? — Leandro perguntou curioso.
— Em uma sala parecida com essa, mas sem janelas. — ele respondeu.
Marcelo continuou mostrando o prédio para Leandro, até que passaram em frente a tal sala onde ficavam os humanoides ainda não comprados, e Leandro parou para observar, e realmente não tinha nenhuma janela, apenas uma porta. Leandro se aproximou e bateu na porta, e segundos depois ele ouviu um barulho do outro lado, como uma grande batida na porta.
— Não toque na porta! — disse Marcelo meio alterado. — sei que pareço firme de mais, mas temos regras, e você só pode interagir com o que lhe for designado.
Ambos voltaram à caminhar, e então Leandro tocou no assunto sobre a Humanoide 601, cujo nome era Lis.
— Quando eu estava analisando os dados dos humanoides na minha sala, percebi que existe um humanoide chamado Lis, que não passou por testes. Ele foi um erro na produção? — questionou Leandro.
Marcelo ficou alguns segundos aparentemente pensando, mas depois falou.
— Você realmente é um cientista muito inteligente, pois sim, foi um erro na produção. Todos os humanoides são feitos para parecerem homens, e a humanoide 601 acabou sendo criada como uma mulher, por isso ela foi apelidada de Lis ao invés de apenas um número. — respondeu Marcelo.
— E onde ela está? — perguntou Leandro.
— A Humanoide Lis está na sala ao lado da sala dos humanoides recém criados, mas obviamente você não pode vê-la, até porque ela é um erro, e logo será descartada. Mas não se preocupe, os humanoides, embora pareçam muito com humanos, são apenas máquinas e não há nada de especial neles. — respondeu Marcelo, sem expressar nenhuma emoção no rosto ou pela voz.
No dia seguinte:
Na casa de Leandro...
Leandro se levantou e foi tomar café. Ele ligou a TV para ver o noticiário e ainda estavam noticiando sobre guerras comerciais e possíveis guerras reais entre países.
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A Humanoide de Carne
Любовные романыLeandro e Lis, um cientista recém formado e uma suposta "Humanoide". Ambos estavam desanimados com suas vidas, mas quando seus caminhos se cruzam, juntos, descobrem seu real objetivo de vida e o caminho para serem felizes. DESCRIÇÃO DETALHADA: Leand...