Eu te odeio, eu te amo

Me acorde

Oi, docinhos. Este é o primeiro capitulo desta nova fanfic. Esta fic cita os acontecimentos de ReaperTale e AfterTale (afinal, os sanses dessas AUs são protagonistas). Eu me esforcei muito nesta fanfic, então, espero que gostem!

A música mencionada foi minha inspiração para eu fazer essa fanfic, e se baseia na maior parte do enredo.

Chega de enrolação!

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Estou esperando você voltar pra casa, enquanto estou deitado nessa cama, que está vazia sem você. Eu só não sabia que me deixaria assim.

Toriel acabou de reviver e... você só me deixou. Você sabe das minhas inseguranças, você sabe do meu passado, você sabe que já me cortei, você sabe dos meus pesadelos, e você sabe de tudo sobre mim. E... Você só me deixou.

Minha cama está tão vazia sem você do meu lado. Eu me sinto tão usado e descartado, como um boneco velho, mas ainda sinto tanto sua falta. Só quero sentir seus lábios contra os meus, ou sentir-me tão aconchegado ao seu lado. Eu não percebia o quanto precisava de você, e te mantinha longe. Eu sou tão estupido, não sou?

Só quero que você volte para meus braços, e as minhas lágrimas não parecem ter um fim. Eu preciso tanto de você, Reaper.

E eu não sei o que fazer. Não sinto falta de sair desta cama, por que eu devia? Seu lado está gelado, por que você não vem aquecer?

Fecho meus olhos. Só quero dormir, para apenas esquecer de tudo por alguns momentos.

Meu celular vibra na mesa de canteiro, do meu lado direito. Abro meus olhos e os estreito, enquanto sinto uma lágrima fina cair da bochecha. Seco-a com a mão esquerda, enquanto a direita pega o celular.

Desespero.

Por favor, que seja Reaper. Por favor, por favor, por favor! Diga que está arrependido e que quer voltar.

"Você é minha eternidade"
"Eu te amo"

...
Eu já devia esperar, não é?

Era uma mensagem de Error, meu irmão. Dizia "abre a porta agora, se não eu arrombo".

Eu só quero que você saia.

Saia daqui, e da minha cabeça.

Eu jogo o celular de qualquer maneira na mesa, dando alguns pulos por ser tão bruto, fazendo-o cair no chão.

Ouço batidas fortes na porta. Olho para um lugar aleatório, sentindo mais lágrimas caírem. POR FAVOR, SAIA! ISSO É HORRÍVEL. ESTÁ DOENDO, POR FAVOR SAIA!

— GENO! ABRE ESSA PORRA DE PORTA! — Mais batidas furiosas na porta.

Olho para a cima, fechando os olhos. Eu só quero dormir um pouco, pra esquecer tudo isso. Não quero fazer mais nada. Só me deixe aqui, para dormir para sempre, e esperar a morte me levar.

Ouço mais batidas fortes na porta, seguidas de gritos irritados. Meu celular vibra, porém, ele não para como esperava. Error está me ligando.

— EU SEI QUE TU TÁ AÍ! — Mais um grito.

Me reviro na cama, indo mais ao lado de Reaper. Coloco minhas mãos aonde deveriam ser meus ouvidos. É inútil.

Eu sinto peso na consciência por ignorar meu irmão desse jeito. Mas, ele não deveria se preocupar comigo assim. É inútil.

O barulho, ele não para, mesmo com minhas mãos pressionando meu crânio, enquanto mais lágrimas saem das minhas órbitas.

— Saia daqui... — Sussurro, não sei para quem e por quê.

Saia da minha cabeça, deixe-me ir para outro lugar. Qualquer outro. E não me deixe voltar.

De repente, o barulho parou. Sinto-me agradecido por poucos momentos, até ouvir passos no corredor. Mais lágrimas caem, enquanto pressiono minhas mãos nas minhas órbitas.

Os dois travesseiros já estão molhados e o lençol está metade no chão. Por que eu não me mato logo? Está tudo uma bagunça, igual a mim.

A porta rangeu de maneira leve. Não quero olhá-lo.

— Geno.

É a voz dele?

— Reapy?

Me viro rapidamente, esperançoso de que fosse ele. Mas eu estava errado. De novo. Eu até falei aquele apelido estupido, que usava pouquíssimas vezes.

Era Error. Ele nunca gostou do... dele. Eu devia ser algo como ele, eu devia ser melhor.

Ele não falou nada, e eu fiz o mesmo. Estava parado, com a mão na porta, me observando.

Eu me sento, um pouco envergonhado por ele me ver neste estado. Minhas bochechas estão úmidas pelas lágrimas que já chorei.

Desvio meu olhar. Não posso chorar enquanto Error está aqui. Não quero que ele pense que sou fraco, não quero isso. Não quero que diga que estava certo.

— Eu sei que... —, começou. — é genérico. —, volto meu olhar pra ele, vendo-o com as órbitas pra baixo, um pouco envergonhado. — vai ficar tudo bem.

Não vai ficar tudo bem.
Não estou bem.

Não consigo me segurar. Não pensei que eu seria tão sensível algum dia, e por minha culpa. Literalmente.

Sento-me em posição fetal, enquanto lágrimas caem de maneira agressiva. É tão vergonhoso. Eu sempre fui o irmão mais velho, a figura que deveriam seguir, mas, olhem só como eu estou. Um desastre emocional.

Ele acende a luz, enquanto tento me isolar mais dele. Eu quero gritar, me isolar, eu só quero ficar sozinho por um tempo. Por favor, saia da minha cabeça.

Error se aproxima de mim. Levanto a cabeça minimamente, vendo-o com uma expressão solidária. Eu nunca tinha o visto assim. Estou o forçando, não estou? Sou horrível.

Ele suspirou. Ele me abraçou.

Eu nunca tinha visto-o fazer isso antes, também. Seus braços rodeiam meu tronco, qual estava quente, mas não pelo motivo que eu queria.

Por favor. Não saia.

Eu o abraço também, me jogando nele. Fico de pé, enquanto o agarro de maneira forte. Meus olhos estão pressionados de maneira forte. Meus dentes estão cerrados.

Por favor. Me acorde.

— O-obrigado. —, era o mínimo que deveria fazer, e também o máximo que conseguia falar, já que os meus choros não davam espaço para dizer algo mais.

Eu só sei que isso é um pesadelo

E eu quero acordar.

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Bem, espero que tenham gostado, e não se esqueçam de votar e comentarem para me estimular a continuar. O próximo capítulo sairá em uma semana. Aguardem pacientemente, pois também estou ansiosa para ver a reação de vocês. Até, docinhos!