Eu te odeio, eu te amo

O que fazer?

Eu beijo Geno.

Não estava me importando com as consequências, mas estava tão bêbado e também louco para tê-lo de volta que fiz isto. Principalmente... Eu não aguentei ele ter me chamado de egoista e ter dito de maneira indireta que não sinto a falta dele. Mas não posso culpá-lo. Eu realmente não demonstrei que sinto falta dele. Mas eu sinto, e muita.

O sabor dele é tão doce, e estava viciado nele. Meus olhos se fecham apenas para sentir perfeitamente como eram seus lábios. E, pelo contrário do que eu pensava, Geno aceitou meu beijo, se movendo para meu colo.

Eu sempre amava quando ele se sentava no meu colo, mas poucas vezes fazia isso por contra própria, e eu tinha que arrastá-lo para o meu ou simplesmente pedir. Nas poucas vezes que queria me provocar, se sentava no meu colo de repente.

Minhas mãos saem do cachecol de Geno, indo para sua cintura, rodeando-a. Tentando outra abordagem, eu aprofundo o beijo, tentando invadir sua boca com minha língua. Ele aceitou, rodeando os braços pelo meu pescoço, fazendo o beijo ser mais intenso.

Logo, nos separamos pela falta de ar, e uma trilha de saliva interligava nossas bocas. Abro meus olhos, e um flash de luz me faz piscar repetidamente, mas não encano muito nisso.

— Aah~ —, Geno gemeu baixo, recuperando seu ar. — Eu não sei se te odeio ou te amo~ — sorriu, quebrando a trilha de saliva. Seus olhos estavam metade fechados, de maneira sensual.

— Eu sinto sua falta. —, revelo. — me desculpe por ter te deixado.

— Pffff~ —, ele riu, mas não achou engraçado. Colocou sua mão direita para abafar o riso. Ela estava com ataduras? — Desculpas não são o suficiente, e você sabe disso. — ele estava bêbado, mas também estava certo.

— Por que sua mão está cheia de ataduras? —, pergunto de maneira séria.

— Hmm? —, pareceu não ter entendido a pergunta. — Ah! O braço também está pouco enfaixado. —, soluçou. — foram feridas pequenas... ou grandes...? — perguntou para si mesmo.

— C-Como assim? — gaguejo um pouco pelo choque. Será que ele se cortou de novo?

— MAS QUE PORRA, GENO! — ouço um grito super perto de nós. O citado se vira em direção a voz, e eu também.

Opa, cunhado.

Digo, ex-cunhado.

Error estava com a expressão mais raivosa que já vi dele. Na maior parte do tempo, ele sempre fora muito "dane-se" para mim, mas, desta vez, foi diferente.

De maneira raivosa, ele pegou a mão esquerda de Geno, que estava envolta do meu pescoço, e a puxou, obrigando-o a se levantar.

— CARALHO ERROR!

— VOCÊS DOIS ESTÃO BÊBADOS, PORRA! — grita. — E VOCÊ ESTÁ COM A TORIEL!

É errado dizer que eu tinha esquecido totalmente desse detalhe? Pois, de qualquer maneira, eu realmente esqueci. Uma pontada de dor veio na minha alma, só de pensar que eu trai a Tori.

Ele saiu da festa, com Geno ao lado, enquanto eu me sentei na mesa, pensando, ao mesmo tempo sem conseguir pensar pelo álcool. O que eu estou fazendo?

Eu sou tão HORRÍVEL assim?

— Uauuuu!~ eu pensei que ia ter barraco, só não sabia que ia ser deste nível! —, um Sans com roupas brilhosas e bêbado, como todos.

— Quem é você, mesmo? —, eu tenho certeza de que já o vi antes, só não me lembro de seu nome.

— Lust, Lust!Sans. —, ele se sentou no meu lado, com uma bebida na mão, dando dois goles nela. — Por que você terminou com o Geno?