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# André #

 Acordei um tanto atordoado, só conseguia pensar que algo estava errado com a Sara. Estavamos conversando normalmente na sorveteria ontem e derrepente ela mudou. Ficou mais tensa e nervosa, algo parecia estar acontecendo mas ela não quis me contar. Aah, as coisas são bem mais complicadas quando não se pode ver.

 Levantei e resolvi que iria ve la, afinal de contas ela disse que estava com dor de cabeça. I si eu estivesse em uma paranóia e fosse só uma dor de cabeça mesmo. Levantei da cama fiz minha higiene pessoal, dessa vez optei por um shorts afinal de contas, fazia muito calor. Joguei uma blusa no ombro e desci as escadas para tomar um café. Antes que chegasse na cozinha senti o cheiro de uma colônia conhecida e sabia de quem era.

*Eu *

-Pai, você ta ai?- tendo quase certeza que estava certo.

*Pai*

-Oie filhão, tudo bem?- corri para abraça lo, enquanto ele continuava.- Tava passando aqui perto e resolvi vim te ver. Estava falando com a sua mãe a respeito de uma coisa ai ...- parou para dar um suspense.- mas primeiro me conta sobre você.

*Eu *

-A pai, isso é sacanagem.- tentando ordenar as coisas que aconteceram dês de que nos vimos pela última vez.- Eu vou estudar no San Diego, aqui perto, fiz amizade com uma garota legal que por um acaso é nossa visinha. Ela me levou para visitar o Colégio ontem, ele parece ser legal e cômodo.

*Pai*

-E essa garota ai, ela é só a sua visinha ou tem algo a mais ai?- me deixando constrangido.

*Eu *

-Ela também é uma grande amiga, mas nada alem disso.- resolvi cortar o assunto.- Mas sobre oque estavam conversando, o senhor e a mamãe?

*Pai*

-Bom, eu tenho algumas férias  atrasadas, oque me da o direito de folgar quando me der na telha.- riu.-Então eu tava pensando: vou pedir umas férias à cada quinze dias, nos fins de semana, é claro, para a gente sair. Que que você acha?

*Eu*

-Claro que eu topo!- sem esconder minha felicidade.

 Depois do acidente meus pais se separaram, o juiz decretou que minha guarda ficaria com a mamãe e eu não quis negar. Nos primeiros dois anos após o ocorrido ele se mudou e nos viamos com pouquíssima frequência. Demorou para as coisas se acertassem e para as visitas serem frequentes, mas nunca saiamos de casa. Agora, posso dizer que estamos indo para um novo estágio.

 Nós conversamos por um tempo, mamãe foi trabalhar e seu seu horário. Fui com ele até o carro, que permanecia estacionado na calçada enfrente de casa. Haviamos combinado de sair no proximo fim de semana para comer algo e conversar.

*Eu*

-Peço para mamãe ligar para o senho se algo acontecer e eu precisar desmarcar.- avisei antes dele entrar no carro.

*Pai*

-Tá bem, embora eu ache que nada vai acontecer.- esperei pois ele parecia estar arrumando algo nos bancos de trás.

 Antes que nos despedissemos ouvi o barulho de passos ou de alguém correndo, mas não precisei fazer esforço algum para descobrir quem era.

*Carlos*

-André! André! Quer jogar bola comigo mais tarde?- o irmão da Sara.- perguntou se aproximando. Ri em pensar naquela situação mas logo voltei a consciência quando percebi que a Sara estava próximo.

Apaixonada por um cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora