Apaixonada por um cego

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# Sara #

 Acordei com o som de algo tocando e somente após alguns segundos percebi que era meu celular. Olhei a tela e haviam 5 ligações perdidar da Rafa oque me fez pensar que havia perdido a hora com o cabelereiro. Observei a hora sem ter certeza do que procurava e vi que ainda estava cedo. Me joguei na cama e permaneçi nela por demorados minutos. Estava feliz demais para me preocupar com as ligações da Rafa e sabia o porque. Levantei ao me lembrar do ocorrido na noite anterior e sem muita escolha corri para a janela. Embora tenha tentado de todas as formas não conseguia ver nada na casa ao lado. Revi novamente a cena do beijo e me jogando na cama agarrei um travesseiro. Estava realmente feliz com o tal beijo, mas porque? Gostaria de ter tido tempo para pensar mas meu celular tocou novamente interrompendo meu momento de glória.

*EU *

"Oie Rafa, bom dia." Sem querer prolongar o assunto, seja lá qual fosse.

*Rafa*

"Ai, até que enfim. Demorou tanto para atender que achei que tinha acontecido alguma coisa. Escuta, só liguei para avisar que o cabelereiro vai ter que ser uma hora mais cedo então se arruma que daqui duas horas e meia to ai. Beijos"

*Eu*

"Tá legal. Beijos"

 Sem vontade alguma levantei da cama e fui ao banheiro. Meus olhos demonstravam certa olheira pelas noites mau dormidas e meu cabelo estava ceco e sem vida. Olhei novamente o relógio sem ter certeza do que fazer a seguir. Resolvi que tomaria o café e depois um bom banho.

 Desci as escadas lentamente ainda me espreguiçando. É fiquei surpresa ao ver papai a essa hora em casa.

*Pai *

-Até que enfim bela adormecida. - começou se virando para me comprimentar, já que era raridade ve lo em casa.- Bom dia.

*Eu *

-Bom dia Pai. Bom dia mãe.- me comprimentou enquanto tomava café. - Tá fazendo oque aqui essa hora, não devia estar no trabalho?

*Pai *

-É, eu devia sim.- virou para a mamãe com uma expressão séria.- Acontece que fui demitido.- observei seu semblante sem entender como aquilo poderia ter acontecido. Papai é um dos trabalhadores mais competentes dessa Impresa é um dos mais velhos também. Sabia o quanto aquele trabalho era importante para ele e estava me preparando para lhe dar um abraço mas não tive tempo. Pai e mãe começaram a rir em coro e eu fiquei observando sem entender. Depois de minutos de riso intenso, ele continuou. - Eu não fui demitido filha.  Estão trocando parte do telhado do meu escritório, então resolvi tirar um ou dois dias de folga.

 Ele observou meu semblante séria ser carregado para um canto da cozinha junto com meu corpo recém acordado.

*Eu *

-Não teve graça nenhuma.- disse sem ter certeza, afinal a piada não era tão sem graça assim. Comecei a preparar meu café.

*Pai*

-Tá tá desculpe.- fez um gesto para deixarmos aquilo de lado.- Vou aproveitar que estou em casa para sair com seu irmão oque acha de sairmos todos juntos?- fez um sinal com as mãos como se aquilo fosse uma reunião. Pensei na festa da Jaque e no fato dele nunca estar em casa. Eu já não tinha tanta vontade de ir a festa, mas não podia deixar a Rafa na mão. Bom, não custa perguntar.

*Eu*

-É que eu já tinha planos para hoje, pai.- mamãe olhou para mim confusa e eu me lembrei que não havia dito nada a ela também.- Uma garota nova no Colégio, Jaqueline fez aniversário e sua festa vai ser hoje.- olhei seus semblantes confusos.- ela chamou todo mundo do Colégio, eu ia com a Rafa.- usei o termo "ia" sem ter certeza da sentença deles.