✦CAPÍTULO 26✦

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Rayssa Sidney

NÃO SEI HÁ QUANTO TEMPO estava presa

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NÃO SEI HÁ QUANTO TEMPO estava presa. Minha garganta estava seca e minha barriga roncando.

"Onde você estava com a cabeça Rayssa? Você tinha que ter ficado no acampamento!", repreendi a mim mesma. Olhei mais uma vez ao redor e vi todos ocupados trabalhando ou treinando. Isso era bom, não queria ninguém mechendo comigo.

Olhei para as árvores à minha frente e dei um suspiro. Queria cantar para aliviar a tensão, mas minha garganta estava tão seca que dúvido se conseguiria ao menos falar por algum tempo. Então me contentei em apenas cantarola uma música baixinho.

— Acho que deveria poupar sua garganta, Alteza. — Alguém disse.

Levantei a cabeça, me deparando com o general do exército telmarino.

— O que faz aqui?

— Decidi lhe fazer companhia — respondeu.

Dei risada, me arrependendo um pouco ao perceber que minha garganta doeu.

— Desde quando os telmarinos gostam de fazer companhia aos narnianos?

— Não gostam — disse.

Fixei meus olhos nele. Era um homem alto, tinha cabelos pretos e barba por fazer. Não aparentava ter mais que quarenta anos.

— O que você quer de mim? — Fui direta.

O general olhou ao redor como se checasse se havia alguém nos observando. Em seguida, se ajoelhou ao meu lado e pegou um cântaro de água. Senti a água gelada vindo até minha boca. Bebi até a água acabar. Depois pegou um pedaço de pão.

— Por que está fazendo isso? — indaguei antes de o pão chegar até mim.

— Não sou tão cruel como pensa — Ele colocou o pedaço de pão na minha boca.

Pareceu um banquete com a fome que sentia.

— Obrigada.

Ele me olhou nos olhos.

— Quero que se rendam — revelou.

Demorou alguns segundos para a indignação se mostrar presente.

— Você quis me comprar com água e com comida!

— Pensei que poderíamos fazer um acordo — justificou. Fiquei enojada.

— Não é assim que se faz um acordo, general. Pensei que realmente quisesse me ajudar.

Ele abaixou a cabeça envergonhado.

— Têm coisas que, por mais absurdas que pareçam, temos que fazer para o bem do nosso reino.

— Não assim, general!

Ele se levantou e foi embora.

Suspirei. Como ele poderia pensar em uma coisa dessas?

— Tão solitária — disse a voz de outra pessoa, me causando arrepios.

𝐀𝐒 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀𝐒 𝐄 𝐆𝐔𝐀𝐑𝐃𝐈Ã𝐒 || As Crônicas de NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora