O garoto salvador 1°

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Naquele momento, Jinx já havia percebido qual tinha sido a escolha de Vi, e tudo que lhe restava era seu desejo por destruição.

- Powder! Por favor, não faça isso - disse Ekko, surpreendendo-a por trás, ao tocar a palma de sua mão em suas costas.

- Por que eu faria isso?? Não tenho mais motivos pra me conter. Eu matei o meu pai, e a minha irmã não liga pra mim...
- respondeu ela, num tom revoltado e choroso ao mesmo tempo.

- A Vi liga pra você, sim! Ela não queria ter feito aquilo com você... - afirmou Ekko, olhando diretamente para ela, enquanto segurava seus ombros.

- Como você tem tanta certeza? - questionou ela, desafiando-o.

- Naquele dia eu fiquei completamente sozinho... porque tinha perdido você... e eu não sabia se a Vi estava viva ou morta! - disse Ekko, com o olhar marejado.

Aquela era a primeira vez que Powder via Ekko daquele jeito, pois as únicas memórias que ela tinha dele eram dos dois brincando pelas ruas das subferias, com o jeito criativo e brincalhão dele sempre presente.

- Ekko... você não entende a minha dor! - falou exaltada, tentando afastá-lo de perto dela.

- Eu nunca duvidei da sua força, e eu sei que ainda... em algum lugar dentro de você, a Powder ainda está aí... - disse Ekko, acariciando o rosto dela.

Naquele momento, o silêncio prevaleceu, restando apenas o silêncio entre os dois.

- Você não sabe o quão feliz eu estou por te encontrar... - disse Ekko, entrelaçando os braços ao redor dela.

- Mas eu... dou azar... - murmurou Powder, cabisbaixa.

- Não dá azar; é uma sorte pra mim você estar bem aqui, na minha frente. Depois de tanto tempo... - afirmou Ekko, tentando conter a emoção.

- Acha mesmo? - perguntou ela, ainda com receio.

- Tô falando sério - confirmou Ekko, dando um sorriso de canto.

- Então é você mesmo, chefinho... - disse ela, segurando o rosto dele e sorrindo com os olhos marejados.

- Você vai mesmo ficar me chamando pelo meu apelido de infância? - perguntou Ekko, bufando, envergonhado ao lembrar do passado.

- Não vejo nenhum problema - respondeu Powder, rindo da situação e retribuindo o abraço com força.

Ela nunca tinha sentido aquela sensação de segurança e conforto, nem mesmo com Silco, que ela via como uma figura paterna. Era como se seu eu antigo estivesse voltando, e ela não sabia o porquê de isso estar acontecendo.

- Certo, vamos embora daqui - disse Ekko, caminhando junto com ela para longe da ponte.

- Pra onde nós vamos? - perguntou ela, olhando para o rapaz de olhos castanhos.

- Quero te mostrar um lugar - respondeu Ekko, andando à frente e indicando a direção.

- Você está fazendo muito suspense, e eu não gosto disso! - afirmou ela com irritação na voz.

- Por que você não consegue confiar em mim?! - devolveu Ekko, com o mesmo tom.

- Quem me garante que você não está querendo me levar de volta para aquela traidora?! - gritou ela, retirando uma arma do bolso e apontando-a para ele.

- Powder, abaixa essa arma agora - pediu Ekko, erguendo as mãos em rendição ao ver a arma apontada para seu rosto.

- Hmm, quais são as palavras mágicas mesmo? - provocou ela, ainda mantendo a arma apontada para ele.

- Por favor, Powder - pediu Ekko, com a voz trêmula.

- É Jinx!!! - gritou ela, lançando-se contra o garoto e desferindo uma sequência de socos em seu rosto.

- A Powder que você conhecia não existe mais.

- Pra mim, a Powder ainda está aí - disse Ekko, com um sorriso, mesmo com o rosto machucado.

- Calem a boca! Estou tentando pensar! - berrou ela, puxando o próprio cabelo na tentativa de silenciar as vozes em sua cabeça.

- Powder! Eu... não vou desistir de você... - murmurou Ekko, quase desmaiando devido aos golpes.

Todas as memórias de Powder voltaram à mente de Jinx, mas ela só conseguia pensar que realmente... sua versão antiga jamais voltaria a ser a mesma de antes.

- Não! Não! É tudo culpa minha... - gritou ela, chorando enquanto segurava o rosto do rapaz desacordado.

She is a killer [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora