Behind Blue Eyes

Fora de Foco

Depois que coloquei meu jantar todo pra fora fui me despedir do meu amigo e seu novo namorado, pedi desculpas por esta indo embora tão cedo mas ambos foram compreensíveis e deixamos um novo encontro para próxima vez já que não estava me sentindo bem. Na volta pra casa acabei dormindo no carro, estava sentindo uma dor de cabeça terrível. Acordei com Bill checando minha temperatura e vendo se eu estava fisicamente bem.

— Está se sentindo melhor? — perguntou cauteloso. — Parece que vai ficar com febre.

— Ainda sinto dor de cabeça, sinceramente só quero dormir. — respondi sonolenta.

— Consegue andar, certo? Ou vai querer que eu te carregue? — brincou debochado.

— Faria essa gentileza por mim? — joguei meu charme e ele riu, para minha surpresa Bill realmente me pegou no colo. — O que você tá fazendo?

— Sendo gentil, te levando pra cama. — respondeu descontraído.

— Bill! Eu estava brincando. — ri e aproveitei a situação pra deitar minha cabeça no seu ombro e cheirar seu perfume. Ao chegar em meu quarto ele me deitou delicadamente, e parou em cima de mim, com ambos os braços envolta, me encarando com aquele olhar pelo qual eu venderia minha alma.

— Você.... — ele começou a falar e eu só enxergava seus lábios carnudos e desenhados diante de mim. — Está entregue.

Quando Bill fez menção de sair eu o puxei pra mim e roubei um beijo. Eu esperava tanto por nosso beijo ao longo do dia, sentir a maciez dos seus lábios era melhor que qualquer remédio pra estresse.

— Dorme comigo hoje... Por favor. — pedi pausadamente enquanto o beijava.

— Não posso. — se afastou com um selinho e fiz uma carinha emburrada. — Nora, você não é mais criança pra ficar de birra.

— Mas eu não entendo, o que custa você dormir comigo?

— Muitas coisas.

— Vamos dormir juntos, não vamos transar. Necessariamente.

— A questão não é sexo, só não quero tirar sua privacidade, apenas isso. — levantou da cama.

— Mas você não vai, e eu garanto que minha cama é melhor que o sofá. — incentivei. 

— Ficar no sofá é mais seguro pra mim, porque vai que eu seja assediado enquanto durmo. — zombou.

— Eu não acredito! Eu não me prestaria a esse papel — ri — Quer dizer agora que você deu a ideia, eu posso esperar você dormir no sofá e aparecer de surpresa.

— Sem chances! — antes de sair do quarto arremesso meu travesseiro, que falhou em acerta-lo.

                             

Na manhã seguinte depois do banho, ainda em meu quarto, liguei para Harry.

— Bom dia — disse com a voz sonolenta.

— Bom dia hazz, acordou agora?

— Na verdade você me acordou. — deu ênfase no você.

— Me desculpa, mas eu preciso de você e da sua ajuda. — ouço alguém perguntar quem é, na outra linha. — Louis tá com você?

— Claro que está! Com quem você acha que eu dormir? — falou irritado.

— Já entendi, a culpa não é minha se acordou de mau humor. — provoquei rindo de seu estresse, depois parei pensativa. — Mas estou ligando por outro motivo.