Capítulo 13

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DINA

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DINA

Hoje o dia está bem quente, sinto com alegria a baforada do ar-condicionado bem na minha cara assim que entro no hall do GP de motos da cidade.

Coloco o envelope pardo e bem grosso em cima da bancada das recepcionistas e Carly me olha risonha.

— Olá, Dina. — seu sotaque australiano é tão sexy que me sinto ficar ligeiramente rubra.

Ela é tão bonita que me deixa tonta sempre que estou aqui.

Está sempre tão bem arrumada e maquiada que fico me perguntando como seria sua aparência na manhã seguinte de uma noite de sexo. Só consigo pensar em como essa imagem me atrai e de como Carly deve ser sexy acordando.

Me sinto uma adolescente cheia de hormônios quando a vejo.

— Hey, Carly, ouvi dizer que ficou solteira.

Seu sorriso é sempre resplandecente, puta que pariu.

— Ouviu errado.

— Não pode me culpar por sonhar.

Suas bochechas coram lindamente quando ela pega o pacote que eu trouxe e o guarda embaixo da bancada.

— Sua irmã está treinando, pode ir lá atrás vê-la. — murmura apoiando a bochecha na mão.

Abro meu melhor sorriso e me inclino contra bancada, mais perto de seu rosto.

— Obrigada pela informação, mas não posso ir sem dizer que seu cabelo está lindo nesse lenço azul.

Carly pisca várias vezes, e seu rosto fica mais vermelho, é fofo.

Lhe dou uma piscadela e sigo para fora do hall, voltando para o calor insuportável, há poucas pessoas aqui, mas vejo Kiff, preparador físico de Elsie e Trent, o mecânico responsável por sua moto.

Ambos estão parados, encarando a pista vazia do GP, ouço o cantar de pneus e a roupa preta e rosa florescente de Elsie surge, parecendo um flash de tão rápido.

Kiff tem o cronômetro nas em mãos e o aperta como se fosse uma tábua salva-vidas.

Me sento em um banco afastado, encarando a velocidade em que minha irmã corre, me sinto nostálgica, lembrando de Elsie correndo nos rachas da cidade. Algo com que Sara não pode nem sonhar.

Uma vez a infernizei para me levar, Elsie odiava colocar a vida em risco, mas a grana era boa e June havia ficado doente.

Elsie descobriu que amava correr e que era boa nisso, revezava nos rachas e em uma loja de roupas, juntando o suficiente para comprar a moto de corrida.

Ela chegou a correr em ralis também, mas gostava mesmo era das pistas.

Depois da quarta volta minha irmã finalmente para na frente dos homens de sua equipe, ao arrancar o capacete seu cabelo desceu ondulado até um pouco abaixo dos ombros. Elsie alonga o tronco e entrega a moto para Trent, ouço Kiff reclamar de seu tempo, de que ela ainda está atrasada.

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