Capítulo 16

57 8 0
                                    

DINA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DINA

Seus olhos me queimam mais que o sol, e essa é a maior merda de comparação que já fiz nessa vida.

Sei que James está aqui, consigo sentir seus olhos, sua curiosidade, assim como a provável necessidade de se aproximar. James me faz ter vontade de me aconchegar e suspirar, o que é a coisa mais monstruosa que poderia acontecer comigo.

Sem chance de eu deixar uma merda dessas ir adiante.

Dou outro salto e acerto a bola de vôlei.

Mas assim que meus pés tocam a areia macia os olhos se direcionam para ele, desvio rápido, tão rápido que quase fico tonta. Me obrigo a respirar fundo, ele nem ao menos veio preparado para a praia, como Jody, estava de calça e sapatos sociais.

Nesse calor aposto que ele ficaria muito melhor nu.

Com certeza está suado.

Nu e suado são ótimas atribuições à ele.

Já estou respirando com dificuldade, e do outro lado da rede vejo o olhar confuso de Pierre para mim. Mas que grande bosta, já está na minha cara o tesão e os feromonios agindo.

— Vou dar um mergulho. — anuncio.

Água gelada era bom, muito bom, esfriar a mente me ajudaria muito. Ignoro as reclamações sobre o jogo ficar desfalcado e arranco meus short jeans, jogando-o ao lado de minha prima Cheryl deitada em sua canga colorida se bronzeando.

Realmente me sinto melhor ao emergir da água fria e salgada, tiro o cabelo grudado do rosto e direciono o olhar para a praia.

Ele ainda está lá, olhos grudados em mim.

Sensual como um deus grego, ou um deus mexicano? Inferno, o tesão está fritando meus miolos.

E o pior acontece, a maldita enviada de satã surge bem diante dos meus olhos, cabelos vermelhos como só a filha do diabo teria (ou a filha do meu chefe, foda-se), o biquíni minúsculo e verde ressalta seu cabelo falso e longo pra cacete.

Seu sorriso para ele me enoja, e de repente sinto mais calor, é como se eu pudesse esquentar toda a água do oceano.

Uma onda vem e quase me distrai, mas não consigo tirar os olhos.

De repente tenho dezesseis anos outra vez, a maldita ainda não era ruiva, tinha mechas cor de rosa nos cabelos que já eram bem longos, cabelos que estavam presos aos dedos do meu namorado enquanto metia a porra de um dedo na buceta dela.

Mais uma vez sinto como se Kara Stanley estivesse roubando algo que me pertence, e o pior de tudo: não quero ser dona de nada nem ninguém.

Dou outro mergulho antes de decidir sair de vez do mar, é óbvio que isso não vai esfriar minha cabeça, ou apagar a fogueira que meus hormônios fizeram dentro de mim.

Aos seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora