― Dina, estou saindo.― ouço Spike dizer do outro lado da porta. ― Tem certeza...
― Vou ficar ótima Spike, se manda.― grito para a porta fechada.
Ele dá um suspiro e fico parada em minha cama, contemplando o som de suas passadas pesadas até a porta da frente, ele a abre, e o som dela se fechar demora um pouco. Mas se fecha.
Estou sozinha, finalmente.
Já faz alguns dias que minha família ou meus amigos decidiram não me deixar sozinha, principalmente depois de tudo que aconteceu com James, de tudo que ele fez comigo e depois dizer estar arrependido.
Arrependido o caralho. Se estivesse mesmo arrependido ainda estaria me ligando.
Quando decidiu que estava errado sobre mim e declarou que me queria de volta James simplesmente me encheu de mensagens e ligações, assim como enviou um milhão de flores e chocolates para minha casa.
Um homem tentando comprar meu perdão, que grande piada. As chamadas eu rejeitei, as mensagens ignorei, as flores foram para o lixo e os chocolates, bem Spike e Debby comeram, Kiki até carregou alguns para casa.
Escroto.
Porém hoje ainda não aconteceu nada, James não deu sinal de vida, o que é um pouco preocupante, talvez tenha desistido, o que mostra a veracidade de seus sentimentos. Mas eu não ligo. Foda-se ele.
Queria que meu coração pensasse assim também, apesar desta não ser a sua função.
Suspiro e reviro na cama, pronta para aproveitar meu dia de folga no Warriors, fecho os olhos, meu ritual de folga é sempre o mesmo: tv, sono e comida. E neste momento é a hora do sono.
Ouço uma batida na porta, ela é firme e alta. Maldito seja quem está interrompendo meu momento de descanso. Me levanto, e descalça mesmo abro a porta do meu quarto, atravesso a sala, tropeçando no tapete, maldito Spike que cismou em colocar esta porra na sala.
― Merda. ― murmuro indo em direção a porta.
A abro de supetão, sentindo o corpo todo reagir e começar a esquentar. James está aqui, na minha varanda, me encarando daquele jeito quente e intimidador, sua presença imponente preenche todo o batente da porta. Ele desce os olhos para mim, por meu corpo, vai dos pés descalços, as pernas desnudas, finalizando na minha camiseta do Guns N' Roses.
Seus olhos estão em chamas, e parecem muito irritados, e eu sei porque, é o maldito ciúme passando por suas veias, pois abri a porta de camiseta e calcinha.
Conviva com isso James Ramirez.
― Dina.― ele solta o ar de forma pesada como se tentasse botar as ideias em ordem. ― Que porra é essa?
Ele está mesmo chamado minha atenção?
― Vá se foder James. ― sibilo com raiva.
Sem dar a chance dele pensar em me responder fecho a porta em sua cara, bato-a com toda a força alimentada por minha raiva. Recosto-me nela e sinto o corpo escorregar até o chão, frustrada porque eu ainda amo esse filho da puta que não confia em mim.
Então elas chegam: as lágrimas.
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Aos seus olhos
RomanceO que seria o amor? É um sentimento de liberdade ou de aprisionamento? Dina Woodring sabe que o amor existe, afinal ela ama o pai, o avô, os irmãos e os amigos, mas amar um homem ou mulher? Aconteceu uma vez, ou ela achou que fosse esse o caso. No e...