Que filme, meus amigos... Faço esta reflexão após assistir a ele.
Foi belo ver a forma, a estrutura e o desenrolar da história. É uma pena que a DC não tenha mandado tão bem nos atuais filmes assim, mas este ganha pontos.
É belo o feitio da personagem. Uma forma de ser que deve ter agradado pessoas de diversos públicos e confrontado ao mesmo tempo... Confronta os machistas pela mulher heroína, aquela que tem poder para lutar por si mesma, com sua própria espada e escudo. A obra elogia a imagem do ser mulher, porém em nenhum momento precisou inferiorizar a imagem do homem para isto, para desagrado das femistas. É bom ver este entendimento e equilíbrio... Entendimento que, infelizmente, falta a muitos pensadores contemporâneos... É como se contrariasse a concepção que algumas pessoas passam e promovem(seja em falas, outras obras artísticas ou em estudos), de ódio e separação. Não há igualdade em levantar um sem restaurar outro, como algumas não entendem... E o levantar de um não desmerece o outro, como alguns não entendem...
A interpretação da personagem parece não se importar com os esteriótipos de extremos. Ela é só ela... A mulher que é forte, sem perder a delicadeza. Obstinada, sem perder a meiguice. Com armadura, mas sem perder o charme. A mulher que entende que não precisa deixar de ser princesa para ser guerreira... A mulher que luta e em meio a guerra se importa com as crianças, que diz: "Me leve ao campo de batalha", mas não pode ver uma criança que "Ai, um bebê :3"... Que é inteligente e enxerga a maldade do mundo, sem precisar perder coração inocente... A mulher de verdade que em meio a toda essa história ainda ama um homem de verdade.
Ah, humanidade, quando vai entender que o homem não precisa perder seu lado menino como a mulher não precisa perder seu lado menina?
É interessante também ver a filosofia na história... É interessante como, embora as pessoas neguem a teologia do Caminho, este continua sendo o que dá sentido... Claro, em um nível de interpretação superficial, a história seria apenas a luta mitológica da princesa guerreira contra Aries, no entanto podemos ir mais profundo... A protagonista se frusta com o mundo, como uma criança ao sair de casa, quando a inocência encontra-se com a perversidade... Ela se frustra ao perceber que a culpa do mal do homem não estava simplesmente em um ser que os manipulou, mas dentro do próprio homem... Ora, é interessante pois é justamente o que aqueles que estamos no caminho já sabemos: o maior vilão sou eu... Nós somos perversos, nós somos maus... "Ah, e quanto a figura de um espírito do mal que vocês têm?", alguns podem questionar. Mas, querido(a), não confunda esta concepção com o que anda vendo em tua série de Netflix haha.. É algo muito mais profundo. O espírito de trevas é real, sim, mas não é responsável por todos os males.. Ele é um sugestionador, uma mentalidade, a voz do engano que, muitas vez, só chama pra fora o mal que já está em nossos corações.. Curiosamente é a interpretação(ainda que em nível menor) que dão ao vilão do filme, como um deus da guerra.A humanidade deve parar de procurar culpados e admitir suas falhas sociais, ambientais e espirituais... E aquele que é enviado de Deus que precisou vir para nos salvar, para ser e ensinar o caminho.
No desfecho da história a divina do olhar inocente se vê num dilema: por que lutar por quem não merece? Mas, a figura do seu amado que a ama, do filho de homem que se sacrifica no final, faz ela enxergar... O olhar inocente vê as lutas de cada um que, mesmo falhos, continuam a lutar e querer acreditar... Sacrifício, fé, amor... Ah, cara, não percebe? Embora neguem, continua sendo a partir da verdade independente que vemos o sentido que nos move.
"Pois o amor não se compra, nem se merece... O amor se ganha de graça ou recebe" ♫
É esta a teologia do Caminho: Não somos nós que chegamos a Deus( afinal, como o impuro chegaria ao que é puro?), é Deus que vem até nós, mesmo sem merecermos... Apesar de nós Ele insiste em nós, é e mostra o caminho, faz a luta que não poderíamos, devendo nós, agora, fazermos nossa escolha e nossa luta contra nosso eu... E é o sacrifício que nos motiva, um por todos e todos por um. "Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído..."
Embora independente, a guerreira sabia o valor do nós.A personagem admite no final do filme que "É o Amor que pode salvar o mundo."
E que belo é, na teologia do Caminho, saber que o Amor não é só algo, mas Alguém. Alguém que se entregou por nós...
Esta é minha humilde interpretação e análise desta obra. Espero que, de alguma forma, tenha sido produtiva para ti.
#MDD #DaviMensageiro
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Meus Pensamentos
RastgeleNesta obra quero apenas compartilhar o que preenche minha mente, por para fora, escrever, incentivar, transportar e desabafar... Escrever sempre me foi uma forma de me expressar. Espero que, de alguma fora, o que eu falar aqui não seja apenas de boc...