Lamento Infinito

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37 anos de pura insolência.

Querida Shopia, te peço desculpa te peço perdão, esqueci de dizer o que devia fazer.
Entre um tapa e outro, lembro de você, mas mesmo assim eu devo te esquecer.
A vida bate com força e me armo com temor, quem será que vai vir em minha casa depor?
Dentre sonhos e pesadelos prefiro o vazio, nem tão leve, nem tão pesado, apenas sinto um santo motivo.
O Tic-tac gosta de mim, quando lhe presto atenção, o tempo para e demora para nascer como uma flor-de-jasmim.
O teto é lindo, nunca notei, agora me encaminho para minha nova casa  onde fogo botei.
Peço perdão, mas não quero sermão, por mais do que tudo, sei que sou um covardão.
Esse é o fim, pontiagudo como marfim, posso enfim perfurar o meu rim.

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