Spies - Hunting [Quake & Black Widow]

| Intempérie |

[N/A] Capítulo com bastante informações, boa leitura :)

Com a velocidade reduzida do Chevette, Natasha virou o volante do carro na curva fechada da entrada do salão, parando em frente às escadas luxuosas do Hudson Hotel, o espaço marcado para o baile beneficente. No topo da escadaria a imponente estrutura se destacava por uma arquitetura européia deslumbrante, herança de tempos antigos dos norte-americanos; as enormes pilastras gregas chegando ao topo recordavam diretamente ao neoclassicismo, um ponto interessante a se ressaltar em um baile de temática como máscaras. Uma boa escolha, de fato.

A fachada dominada por arborização: dois coqueiros acompanhando ambos os lados do pé da grandiosa escada, outras árvores floral distribuídos simetricamente pela extensão do comprimento do Hotel. Na entrada, a estrada rotatória com um chafariz com uma deslumbrante estatua da ave de rapina símbolo dos EUA, a águia de cabeça branca, ao centro, esguichando água. O clássico intercalou com o moderno por luzes de holofotes em pontos estratégicos com cores verdes e brancas.

Daisy prendeu os lábios segurando o riso vendo os olhares desconfortáveis sobre o velho Chevette se aproximando do Hotel cinco estrelas. Natasha olhou de viés para a mulher sentado ao seu lado com sua movimentação, divertindo-se com o que ocorria. Sua atenção foi desviada pelo barulho de um som alto ao seu lado, um ruído potente e provocado intencionalmente pelo carro esportivo Rezvani Beast conversível vermelho, acompanhado com o homem de barba rala e cabelos bem penteados para trás, ainda sem sua máscara também e exibindo um sorriso sádico no quais ambas tiveram o desprazer de ainda não poder tirar de sua face.

Caleb Zemo, o homem desprezível que teve o desprazer de conhecer no laboratório Frances. Atualmente, para Natasha, seu "companheiro" de crime. Seus poucos contatos e interações com o outro lhe fazia querer praticar tiro ao alvo, fazendo o mesmo de alvo. A ruiva olhou para o homem que as provocava com o motor potente do seu esportivo, fitando-as com traços claros de cinismo.

A vigilante revirou os olhos para a atitude típica da pessoa em questão. Compartilhava das mesmas vontades da espiã, porém não poderia executá-las, ainda. Deveriam desempenhar seus papeis com excelência, só assim chegariam ao fim de toda essa podridão. Sabia, no entanto, que sempre seria um alvo pelos seus poderes, em razão do objetivo deles.

O homem desistiu do seu show desnecessário e seguiu em frente. Natasha virou para fitar a inumana, que pegava suas máscaras no banco detrás. A Little Fly, uma máscara dourada com as curvas inferiores suaves, quase em uma linha se não fosse pelo relevo do rosto, e traços pontiagudos na parte superior, adornada de linhas negras e brancas pela peça dourada, e uma pequena borboleta branca artesanal sobre o canto da parte superior, esta Daisy pegou para si. Alcançou para a espiã Cuore Lux, feita apenas por seguimentos negros sem uma estrutura de base, que se estendia para baixo em curvas elegantes, assim como para cima, no centro, na região da testa, algumas pedras brancas.

Saíram do Chevette e entregaram as chaves para o manobrista bem alinhado no vestuário formal verde e branco requisita pelo Hudson Hotel, o rapaz um pouco avoado pela imponência de ambas as mulheres em sua frente segurou as chaves no modo automático.

Tão deslumbrante quando a fachada do hotel estava seu interior, a região enorme do interior abarrotada de peças esplendidas de riqueza, exalando ostentação em cada mísero detalhe, desde as bandejas onde serviam taças de champanhe ao lustre vistoso com pedras preciosas no teto da estrutura. A iluminação limpa e bem nítida permitia um vislumbre claro de cada um ali, exceto claro, por seus rostos. Todos com máscaras.

*Play: Taylor Swift - End Game*

Daisy usava um vestido preto longo, não o bastante para bater no chão, mas que caiu de forma elegante pelo seu corpo com o tecido fino. A partir de sua cintura escorria avoado; segurado por alças finas nos ombros, deixando seu colo exposto. Natasha vestia um vermelho, assim como o da inumana, da cintura para baixo a peça lhe caia livremente, e na parte no busto, colado no corpo, difere apenas que o da ruiva batia no chão e a fenda na perna estava em demasiada evidência.