Parei o carro em frente ao prédio, pegamos suas coisas e entramos. Beth abriu a porta e viu tudo mobiliado, Selena havia preparado tudo mesmo, as coisas do bebê estavam prontas.
Era pequeno o apartamento mas bem confortante. Tinha apenas um quarto, mas Beth não precisaria de mais. Ajudei-a guardar as coisas e arrumar o AP ao seu gosto, depois de um tempo sentamos no sofá e nos olhamos. Beth sorriu.
– Obrigado Tio, por tudo. – Beth falou se sentando mais perto de mim e me abraçando, apenas retribuí.
– Que isso. Para o que precisar estou aqui. – Continuamos abraçados, ela me deu um beijo no rosto como costumava fazer, mas algo saiu diferente... Muito diferente. Ela repousou sua cabeça em meu peito e ficou assim.
– Você foi embora eu tinha 14 anos.
– E quando voltei você tinha 16, mais rebelde que nunca. – Beth gargalhou.
– Aquela época foi um tanto revoltante. – falou me encarando ainda encostada em mim. – Mas foi uma das melhores, você ficou duas semanas lá e foram os melhores dias.
– Você me ama mesmo né. – Falei brincando, a vi abrir a boca pra protestar, mas não saiu nada de lá. Resolvi mudar de assunto. – Tem certeza de que não quer ir lá pra casa? – Se afastou.
– Não James, não vou. Não somos mais você e eu, agora tem uma criança envolvida... Já pensou, você está lá no maior amasso com uma garota e do nada ela pisa em uma chupeta ou escuta Kyle chorar. Você teria muito que explicar. – Sorri. É... Ela tinha razão, não sei o que faria. Acho que apenas continuaria o amasso sem me preocupar, o problema são as mulheres.
– Eu não a levaria pra casa, iríamos pra casa dela.
– Ah claro, você sempre tem uma resposta na ponta da língua. – Ela me olhou e sorriu. – Pegue Kyle, por favor, enquanto vou fazer a mamadeira dele? – Olhei para o bebê que agora estava no carrinho acordado me olhando com aqueles grandes olhos castanhos bem claros, estava bem quietinho, apenas observando.
– Érr... Por quê? Ele está tão quietinho.
– Eu sei, só quero que o pegue um pouquinho.
– Ah , acho melhor não.
– Ta vendo, você não sabe nem pegar um bebê, como acha que iria viver com Kyle em sua casa? O problema não são apenas as garotas. – A olhei e olhei para o bebê, como ela disse, eu sempre tenho uma resposta.
– Agora você vai ver. – Olhei para o bebê e me aproximei, coloquei as mãos atrás de suas costas tentando de alguma forma segurá-lo de um jeito que não o machucasse ou ficasse desagradável, mas estava meio difícil, ela tinha razão, eu não conseguia segurar um bebê. Coloquei a mão na cabeça dele mas não estava muito bom, então coloquei uma mão nas costas e outra na bundinha, ouvi Beth tentar segurar um riso e logo em seguida gargalhar me contagiando. – Para de rir, assim nunca vou conseguir.
– Tio, coloque a mão debaixo dos bracinhos dele e o levante sem deixar a cabecinha cair, o segurando pelas costinhas. – O garotinho já fazia cara feia pra mim, nem eu mesmo sabia o que estava fazendo mais. – James suas mãos são grandes, você consegue o segurar bem, ok. – Sorri e como ela explicou o peguei, de mau jeito, mas consegui o tirar do carrinho. Olhei pra ela sem saber o que fazer, segurava o bebê enquanto ele me olhava com os olhinhos esbugalhados. – James, o coloque em seu colo, o abrace. Caramba, como vai ter filhos? Você não sabe de nada. – A olhei de cara feia e coloquei o bebê deitado em meu ombro, colocando uma mão em suas costinhas e a outra na bundinha grande por culpa da fralda. Kyle ficou quietinho, olhei pra Beth todo duro, Beth apenas riu, mas seu riso acabou assim que ela me observou, não sei por que, mas ela ficou me olhando segurar Kyle no colo com um brilho em seus olhos que não sei bem explicar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Sobrinha
RomanceEm uma história POLÊMICA, James, um jovem mulherengo, morador de Nova York e bem sucedido, vê sua vida mudar no momento em que sua sobrinha Elizabeth se muda para Nova York para tentar reconstruir sua vida depois de uma desilusão amorosa, onde ocorr...