Acordei no dia seguinte com o badalar do despertador. Arrumei-me rapidamente como todos os dias, fui até o quarto de Beth e percebi que ela já havia saído á muito tempo.
– Bom dia.
– Bom dia. – as duas secretarias responderam ao mesmo tempo.
Entrei em minha sala e comecei a arrumar algumas papeladas que estavam bagunçadas, depois de mais ou menos duas horas Davis chegou. Entrou em sua sala, fez algumas coisas que não me importava e depois veio a minha, nem bateu na porta apenas entrou.
– Olá James.
– Não tem nada pra fazer? – perguntei ainda entretido na papelada.
– Por enquanto não. Algumas coisas vão chegar daqui algumas horas pra mim. Terminei a maioria ontem.
– Ah sim. Por isso chegou tarde hoje. – falei ainda sem olhar pra ele. Sentou-se em minha mesa e ficou me olhando.
– Como está sua vida agora que sua sobrinha está com você? – Olhei pra ele soltando todo ar, estava um pouco cansado.
– Bem legal, nós sempre vivemos juntos, estava até com saudade. – Ri comigo mesmo.
– Você gosta mesmo dela né. – o olhei e meu sorriso sumiu.
– Claro, ela é minha sobrinha.
– Eu sei, mas você falou pra ela morar na sua casa como não faria com mais ninguém, ainda por cima ela tem um filho... Duvido que você fosse abrigar uma irmã sua. – Abri a boca pra contestar, mas nada saiu. Pensei.
– É diferente, sempre fui o mais novo de minhas irmãs, Beth sempre foi à pessoa em que eu cuidava e eu sinto que eu preciso protegê-la. – Levantei de minha cadeira e fechei as cortinas, sei que ninguém poderia nos ouvir, mas eu odiava ver as secretarias nos olhando. Sentei-me ao lado de Davis.
– Talvez eu não consiga entender por ser filho único e não ter prima mulher.
– É. – Concordei.
– E como está lidando com um bebê? – O olhei e ele riu.
– É bem cansativo. Cara, Kyle é muito fofo, mas chora o tempo todo.
– Como todo bebê.
– É, eu sei, só que o problema não sou eu, é Beth, ela está levando-o pra faculdade, ainda não achou babá e está procurando emprego.
– Ela está procurando emprego? – perguntou passando os dedos no queixo pensativo.
– Sim.
– Estão empregando mulheres no PUB aqui da frente. – falou apontando o dedo pra janela. É o PUB onde Evangeline trabalha.
– Não, não... Este PUB é frequentado por muitos homens. Não quero vê-la aí.
– Cara, pensa bem, pelo menos você pode ficar de olho nela mais frequentemente, é bem aqui de frente. – Parei um pouco pra pensar, andei até a janela e fiquei olhando o lugar. – E muitas mulheres trabalham aí, por que você acha que todos os homens iriam dar em cima dela?
– Não acho que eles vão dar em cima dela, mas... É por que você ainda não a conhece.
– Depois do almoço vamos vê-la, conversar sobre o emprego e eu aproveito pra conhecê-la, conheço muita gente daquele PUB e se ela quiser pode ter certeza que ela já tem um emprego.
– Ok. – falei ainda pensativo. Ela precisava trabalhar e talvez o PUB pagasse bem.
Eram três da tarde quando eu e Davis resolvemos ir pra casa conversar com Beth, entrei em casa e vi o cercadinho na sala, percebi que Davis também levou os olhos pra lá.
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A Sobrinha
RomantizmEm uma história POLÊMICA, James, um jovem mulherengo, morador de Nova York e bem sucedido, vê sua vida mudar no momento em que sua sobrinha Elizabeth se muda para Nova York para tentar reconstruir sua vida depois de uma desilusão amorosa, onde ocorr...