Cap. 8

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                   Os dias em Los Angeles eram legais, sempre é bom viajar e ficar em lugares diferentes de sua vida monótona, mas eu sentia falta de ter um bebê perto de mim, nunca pensaria que iria me apegar tanto a um bebê. Também sentia uma saudade enorme de Beth. Agora eu sentia o que ela havia dito, eu sentia a saudade de quando eu a deixava no Texas. Bom, eu só estava aqui há três dias e já não estava mais aguentando, talvez por estar sozinho e não ter ninguém pra conversar sobre coisas sobre mim, como Davis. Mas eu estava a trabalho, não iria sair comentando com qualquer um sobre meus sentimentos, iria ficar até o fim e seria competente como um bom profissional que sou. Affs, isso é ridículo, nunca me senti com os sentimentos tão aflorados, com tanta saudade e sozinho, talvez esse seja o mal de conviver diariamente com uma mulher.

Levantei de minha cama e me vesti, era a mesma rotina de sempre, fui a uma lanchonete e tomei o café da manhã, e fui direto pra empresa de Los Angeles. Aqui eu tinha muita coisa pra fazer, até por que eu era quase chefe da empresa principal, e aqui o chefe era praticamente eu.

Quando saí da empresa já estava tarde, a lua estava alta e eu estava completamente cansado e faminto, foi aí que percebi que não havia almoçado, parei em um restaurante e pedi um prato enorme pra janta, eu era grande e precisava comer muito.

Depois de satisfeito me recostei na cadeira colocando as mãos atrás da cabeça, não queria ir para o apartamento, não queria ficar sozinho. Olhei pro lado e vi um casal, a mulher parecia completamente apaixonada, segurava as mãos dele e suspirava quando ele arrastava a mão pelo braço dela. Já o cara somente ela não via o que ele queria, ele passava a mão nas coxas dela e apertava, falava coisas românticas ao ouvido. Sorri, essa também era minha tática no Texas, mas sempre no fim a mulher acabava sofrendo e chorando por minha causa, então decidi ser direto, assim a mulher sabe qual minha intenção.

Levantei-me e saí do restaurante, sabia o que fazer pra não passar a noite sozinho. Entrei em um PUB e pedi uma tequila, olhei pra todo lado, tinham algumas mulheres, mas apenas uma estava sozinha, sorri, ela era bonita, tinha os cabelos longos, castanhos e cacheados, estava bem vestida, parecia ter saído do trabalho, não poderia perder tempo, percebi olhares em cima dela.

–Oi. – Falei, ela sorriu ainda olhando para o copo. É, ela estava ali a procura de homens também.

–Oi. – Ela levantou a cabeça e seu sorriso sumiu e arregalou de leve os olhos, depois seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso. – Te conheço?

– Creio que não. – Entrei em seu jogo. – Posso me sentar?

– Claro. Ainda não sei por que está de pé. – Sorri, pedi mais bebidas enquanto conversávamos.

– Não costumo encontrar homens tão bonitos quanto você por aqui.

– Não sou daqui.

– Bem que eu desconfiei.

– Vim de Nova York.

– Mas creio que não nasceu lá.

– Não, sou do Texas.

– Hum Texas. – falou sorrindo e bebendo um gole de sua bebida, parecia se lembrar de boas experiências. Jogou seus longos cabelos cacheados pra trás e respirando levantando o busto. –Texas tem muitos homens bonitos, não me impressiona que tenha vindo de lá. – Sorri.

– E você?

– Sou daqui mesmo, mas adoro viajar e conhecer pessoas novas.

– E o que uma mulher tão linda quanto você faz aqui sozinha? – Ela limpou o batom vermelho que havia ficado no copo com os dedos.

A SobrinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora