Cap. 10

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PENULTIMO CAPÍTULOOO, CURTEM.


                   Depois de um bom tempo andando pela minha sala percebi que não havia banhado desde ontem, fui para o quarto e ouvi o barulho do chuveiro, Beth também estava banhando. Tirei minha roupa e nem fiz questão de fechar a porta, estava com sentimentos muito ruins para me importar. Peguei uma toalha e entrei em meu banheiro.

                  Eu sabia muito bem o que estava sentindo, era medo, na verdade muito medo. Beth em toda sua vida foi dependente de mim, mas agora que conseguiu sua independência poderia sair de minha residência e encontrar um lugar pra ela e seu filho. Eu sabia que tinha que tirar aquela imagem de garotinha indefesa, que sempre precisaria de mim para sua vida, ela já não era a mesma de antes e isso era óbvio.

                   Eu também sentia medo dos meus sentimentos por ela, eu estava ficando impulsivo, não estava mais conseguindo me controlar, em toda minha vida eu senti ciúmes dela, mas não me lembrava de ficar tão descontrolado, talvez por nunca vê-la com um cara. Mas o desejo que eu havia adquirido por ela estava me matando, me agonizando, não sabia o que fazer a respeito, não era tão fácil quanto Davis falava, não era jogar as coisas pro alto e me entregar, até por que não somos só nós dois, tem nossa família, nunca iriam aceitar se descobrissem.

                  Desliguei o chuveiro e passei as mãos em meus olhos, não aguentava mais pensar, aquilo estava me matando, eu queria gritar e libertar aquela agonia que estava na boca do meu estomago. Enrolei a toalha na cintura e abri a porta, andei pelo quarto e olhei pra porta aberta e Beth estava fechando a porta do banheiro e me olhou também. MERDA. Ela estava com a toalha enrolada em seu corpo e nada mais, passei meus olhos pelo seu corpo, aquele corpão perfeito. Senti uma vontade incontrolável de tocar-lhe, de sentir sua pele quente e macia, quando dei por mim meus pés estavam se movendo em sua direção.

                   Estava um tempo frio, o sol havia acabado de sair, ainda estava um pouco escuro, minha pele estava arrepiada, mas não pelo frio e sim pela ansiedade de tocá-la. Ela continuava em transe, não se mexia e seus olhos não desgrudavam do meu. Quando cheguei bem perto dela me toquei, aquela era Beth, minha sobrinha.

– Beth.... – Nem sabia direito o que falar. Não devia ter ido até ali.

– Érr.... – Sua voz saiu tremida. – Tenho que me vestir. – E lentamente saiu andando em direção á seu quarto... Mas segurei seu pulso e ela se virou rapidamente olhando minha mão, foi tão rápido que seu coque de cabelo desmanchou fazendo-o deslizar pelas costas e rosto. Senti uma energia diferente percorrer meu corpo por culpa daquele toque. Enquanto ela olhava nossas mãos eu olhava seu rosto perfeito. Senti meu corpo esquentar e dar um impulso. Meu corpo inteiro começou a pulsar, meu sangue bombeando mais rápido.

                  Puxei-a um pouco mais pra perto e ela levantou os olhos lentamente até se focarem nos meus.

                  Ela estava linda. Com as bochechas levemente rosadas me olhando com aqueles olhos castanhos que demonstravam seus desejos mais escondidos e seguros. Seus lábios estavam entreabertos soltando o ar fazendo seu busto mover.

                 Apertei minha mão em seu pulso e a puxei com força fazendo seu corpo bater contra o meu e todo seu ar saiu pela sua boca e me olhou assustada. Desci minha mão lentamente até segurar seu quadril, a respiração dela começou a tremer e então a vi fechar os olhos vagarosamente e apertar meus braços. Ela estava entregue.

               Abaixei minha cabeça e a beijei, ficamos parados no momento somente sentindo a sensação... Que foi simplesmente incrível, então Beth apertou mais meu braço e soltou um gemido um pouco desesperado e a beijei com toda força que eu tinha, apertei seu quadril e a puxei pra mais perto, ela subiu as mãos passando seus dedos aveludados pelo meu braço, ombro e abraçou meu pescoço, puxei seu lábio com o dente e depois voltei a colar nossos lábios. Parecia tão certo, não conseguia sentir culpa ou algum remorso, não parecia existir nada mais certo que aquilo. Ela esfregou seu corpo ao meu tentando ficar mais perto, subi uma de minhas mãos por suas costas, ombros nus, pescoço e enfiei meus dedos eu seu cabelo macio e puxei sua cabeça pra trás e intensifiquei mais o beijo. Ela se segurou em meus ombros e enterrou as unhas me causando uma pequena pontada de dor e pontadas de prazer.

A SobrinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora