Não Pode Me Amar (Concluído)

29

No dia seguinte, Lazzáro acordou com Lia em seus braços após uma noite intensa de amor matando a saudade. Estavam os dois flutuando, apaixonados, se amando mais do que nunca, era tudo um sonho real, mas bem dentro do peito, a jovem tinha um aperto sem explicação, no entanto não disse nada, jamais estragaria aquele momento tão sonhado por ela. Queria acreditar que nada de ruim aconteceria embora seu interior dissesse outra coisa.

Lazzáro a levou até o trabalho dela após tomarem café da manhã juntos na casa de Magdalena, despediu-se de forma calorosa dentro do carro e só então, foi para sua casa, onde finalmente encontraria Marjorie para discutir o plano dela de quinze dias atrás.

Ele estava tenso demais quando chegou em casa. Os empregados já estavam todos carregando a mudança para os caminhões do lado de fora. Seus olhos encontraram a traidora Nádia e logo se encheram de ódio, mas não podia demonstrar.

Assim que entrou em seu escritório, acendeu um cigarro dando o primeiro trago. Esperou o celular tocar e assim que viu o nome da advogada atendeu rapidamente.

— Fala. — a voz do homem tensa quando ouviu a mulher explicar tudo.

— Eu vou te mandar um endereço por e-mail, você terá que vir até aqui. É o único lugar seguro para falarmos sobre isso.

— Certo. — concordou e desligou.

Estava ansioso para saber como iria agir com seus inimigos que armaram para ele, quando o que mais queria na verdade era matar cada um deles com as próprias mãos. Mas Marjorie disse que tinha a solução perfeita naquele dia mas que só iria dizer a ele quando os resultados dos exames saíssem.

Ele dirigiu rápido mas cuidadoso até o local, certificando-se sempre de não estar sendo seguido por ninguém. A advogada já estava o esperando do lado de fora, era um café levemente distante da cidade deles.

— Oi. Vamos entrar. — ela parecia aflita olhando para os lados.

— O que tem para mim? — Lazzáro indagou assim que se sentaram.

— Com a ajuda de alguns amigos eu investiguei mais sobre os Gomez e o que estavam tramando contra você. Inclusive, já abri um processo contra eles e a polícia estará entrando com o pedido de prisão assim que eu disser que podem fazê-lo. — Lazzáro a olhou admirado — Eu tenho influência lá. — disse a advogada convencida – com razão.

— Sim, mas o que iremos fazer enquanto isso? Você ainda não percebeu que eu quero acabar com a raça do Hayden, da Joyce e da Nádia com as minhas próprias mãos?! — um sentimento de irritação o tomou.

Ele não aguentava mais vê-los impunes. Foram culpados de meses de desilusão e mentira, fazendo-o acreditar que morreria quando o estavam envenenando para que morresse de verdade, só que lentamente. Além de tudo o fizeram ficar longe de Lia, rejeitar o amor dela, fazê-la chorar por ele. Lazzáro jamais perdoaria alguém que fizesse sua amada chorar, incluindo ele mesmo.

— Vocês precisam fingir que estão separados. — disse ela e ele a olhou indignado.

— Não. Sem chances disso acontecer! Eu já fiquei longe dela tempo demais, não acha? — o ódio que sentia era inexplicável.

— Lazzáro, é preciso. Para o bem dela se é isso que você quer. — Marjorie tentou fazê-lo entender.

— Eu não vou ficar longe dela. Não vou! Já está decidido, tem de haver outro jeito de eu pegar os desgraçados e ainda mantê-la segura ao meu lado.

— Ao seu lado é onde ela justamente não pode ficar. Você acha que não vão tentar contra você novamente? Lia "ajudou" Hayden, traiu ele. Acha mesmo que quem foi capaz de envenenar alguém por dinheiro, não seria capaz de fazer pior por terem arruinado o grande plano? — a mulher exclamou fazendo o homem ficar tenso.

— Eu não havia pensado nessa merda!!! — bradou enraivecido — E qual é a porra do plano então? Eu quero ver o filho da puta do Hayden debaixo dos meus pés, assim como a desgraçada da Joyce e da Nádia!

— Nós poderíamos simplesmente entregar nas mãos da polícia todo o caso e fazê-los irem para a cadeia. Assim ninguém se machucaria. Mas... Como eu lhe assegurei no primeiro dia, iremos fazer eles sofrerem antes disso. — afirmou.

— Cadeia é pouco para eles. Eu preciso vê-los sofrendo, estou com raiva Marjorie, muita raiva e não vou conseguir ser feliz com a mulher que eu amo, sentindo esse rancor dentro de mim. Na verdade eu queria acabar cada um deles. Eles tentaram me matar. Então vamos logo ao final. — estava transtornado. Naquele momento o ódio do homem poderia ser quase maior que tudo que sentia.

Só não era maior que o amor que sentia por Lia Hamilton. E por ela, talvez somente por ela, seria capaz de desistir de uma vingança.

— Não tem muito o que podemos fazer com isso sem sermos tão fora da lei. A única coisa que você pode fazer é ir lá e quebrar a cara do filho da puta. E quanto as mulheres, temos outros meios de fazer vadias vaidosas pagarem som sua própria aparência em algum salão que "acidentalmente" deixou o produto tempo demais e fez o cabelo cair, a sombrancelha, coceiras no corpo, apodrecer unhas... Um susto que eu mesma me encarregarei de comandar. — Lazzáro sorriu tenso com a ideia.

— Isso não é bem o que eu queria para elas. Mas pode ser, quero que com a Joyce seja pior e, eu mesmo faço questão de cuidar muito bem do Hayden. — a advogada assentiu.

— Lazzáro... Mas por que o ódio maior é por ele e não por todos igualmente? — indagou ela verdadeiramente confusa.

— Porque ele é apaixonado pela minha mulher! — ela balançou a cabeça entendendo tudo agora.

— Isso é mais por ciúmes então? — riu.

— É ciúmes, é raiva, é ódio, é tudo. Eles me fizeram passar os piores meses da minha vida. Eles não podem simplesmente irem para a cadeia ilesos, é isso.

— Eu só peço que tome cuidado com suas decisões, você pode acabar se prejudicando no processo. Fique tranquilo, vá ver a Lia escondido e conte  Estarei tomando providências quanto a Joyce e Nádia. Isso é tudo.

Marjorie levantou-se e foi embora. Na verdade, ela não havia entendido muito bem o que Lazzáro queria fazer, no entanto temia por ele ser impulsivo nos momentos de raiva e foi isso que ela viu estampado em seus olhos. Sabia que quando bebia era capaz de muitas coisas e por isso, iria imediatamente acelerar o processo e o mandato de prisão preventiva para os três.

Lazzáro estava dirigindo de volta para casa quando seu telefone tocou, estava nervoso quando atendeu e a situação só piorou quando ouviu a voz dizer ao telefone: oi, sou eu. Por favor, não venha para casa de Magdalena, Hayden descobriu tudo e está aqui.

Era Lia ligando do telefone fixo da senhora Fabree, a voz dela estava sussurrada e chorosa. O corpo do homem encheu-se de pavor e pânico, e sem pensar duas vezes ele desobedeceu ao pedido dela.

Um caralho que eu vou deixar você correndo perigo com esse psicopata.

Gente, eu voltei ❤️❤️ e eu prometo nunca mais parar, nem aqui nem em outro livro. Vou postar capítulo todos os dias até o final livro – que já está próximo – Agradeço de coração a todas vocês que me entenderam a me apoiaram. Nossa, vocês são demais. Me desculpem por isso e eu espero que tenham gostado do capítulo ❤️ votem ❤️ comentem ❤️