Lázzaro tomou os lábios de Lia calmamente, de início. Beijaram-se e provaram-se profundamente. A língua do homem sedento adentrou na boca macia e saborosa da garota encontrando o sabor delicioso como ela. Há anos ele não provava algo assim, tão gostoso e intenso.
Lia estava nervosa, assim como Lázzaro, o corpo tremendo querendo cada vez mais o que estava por vir. Mas ao mesmo tempo temerosa com as consequências daquela noite. O homem ficou duro rapidamente, pressionou o corpo no dela mostrando o que ela estava fazendo com ele, soltando um gemido Lia arfou sentindo a pressão da rigidez.
Sem pensar em mais nada, Lázzaro pegou-a no colo com um braço só e subiu as escadas em destino ao quarto sem nunca abandonar sua boca. Quando entraram no cômodo grande e confortável, o ar gelado bateu nos corpos fazendo Lia parar o beijo.
Assim que colocou a moça no chão, pegou o rosto dela com as duas mãos e olhando bem dentro dos olhos dela, querendo saber o que ela estava pensando, disse:
— Olha para mim, Lia. — ela atendeu ao pedido, no entanto ele ainda pôde ver insegurança em seu olhar.
Naquele momento eram duas almas quebradas e cheias de desilusões se encontrando, querendo achar uma miragem boa no meio de um deserto de coisas ruins.
— Fique comigo essa noite. Só essa. Faça amor comigo, me deixe provar cada pedacinho do seu corpo. Eu prometo fazer com que seja bom para você, para nós dois.
— Lázzaro... Eu não sei o que está acontecendo agora, não sei se é um sonho ou se é realidade. A única coisa que sei é que nós dois queremos isso. Mas será o certo?
— Foda-se o certo agora, Lia. Não vamos pensar mais. — grunhiu querendo aquela boca novamente.
Ela resolveu mostrar a ele o quanto também queria, com os lábios. Encostou-os gentilmente nos dele, nervosa mas quente como uma lareira acesa. O fogo que os queria consumir estava lá, aceso dentro dos corpos desejosos.
Com delicadeza o homem a levou para a cama, deitou o corpo que tremia nervosamente em seguida cobrindo-a com o seu.
A morena estava mais que nervosa, seu queixo chegava a tremer e mesmo estando imensamente excitada, temia que a qualquer momento uma crise de pânico a fizesse fugir e que Lázzaro se arrependesse de repente agindo como das outras vezes.
Só de imaginar que aquilo era tudo culpa dela, fora ela quem se desesperou ao saber da notícia de que Lázzaro não estava bem e correu até a casa dele louca de preocupação, todavia ele também era culpado, visto que se ela não fosse até lá, era ele quem já estava indo ao encontro dela.
Só lhes restaram uma alternativa, aquilo tinha de acontecer de uma forma ou de outra. E os dois queriam demais.
Portanto, Lázzaro tomou os lábios da jovem com volúpia, antes que o lado medroso entrasse em ação lhes julgando da loucura que estavam prestes a cometer e os dois fossem para lados opostos. O beijo em perfeita sincronia, era saboroso, prazeroso e intenso.
Era perfeito.
Ele sabia o quão nervosa ela estava. Mas com doçura, beijou os lábios até a língua começar a lambê-los vagarosamente, descendo pelo pescoço e tornando a subir até a orelha. A língua lenta, sensual, erótica, e, quando passava novamente pelo pescoço de Lia, o corpo não conseguia ficar quieto. O homem sabia disso e sorria com triunfo, beijando-a no mesmo lugar e sugando para deixar marca. Beijou. Lambeu. Sugou.
Ficaram tanto tempo apenas se beijando que não sabiam se havia se passado minutos ou horas. Lázzaro segurou a moça com delicadeza, sabendo como ela era frágil, cuidando para que tivesse sendo bom e ainda mais, que fosse inesquecível.
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Não Pode Me Amar (Concluído)
RomanceDuas almas cheias de desalento, desengano, desilusão e desesperança encontram-se no meio de uma desventura em que somente um pode salvar o outro.