Por Noah Cooper
O parque estava lotado de risos e música, a atmosfera vibrante e alegre de quem aproveitava o último dia de férias. O sol brilhava com força, e as pessoas caminhavam de um lado para o outro, aproveitando a diversão das atrações. Eu estava ali, com Olivia e Nina, tentando fazer esse último dia ser o mais especial possível. O tempo estava passando rápido demais, e eu não queria que aquilo acabasse. Cada momento com Nina parecia precioso, e mesmo em meio à diversão, meu olhar não deixava de buscar os detalhes dela.
Nina estava sorrindo, como sempre, sua risada contagiante fazendo o dia parecer ainda mais brilhante. Ela e Olivia estavam se divertindo naqueles brinquedos coloridos enquanto eu observava, perdido no meu próprio mundo. De repente, algo me chamou a atenção. Uma máquina de ursinhos de pelúcia, com uma fileira deles pendurados, como se estivessem esperando ser escolhidos. Era uma dessas máquinas típicas de parque de diversões, onde você tinha que usar a garra para pegar o brinquedo.
Fiquei olhando, um pouco hesitante, mas logo o pensamento se formou em minha mente. Se eu conseguisse pegar um urso para Nina... isso a faria feliz. Ela adorava brinquedos fofos, e eu sabia que aquele ursinho macio seria o presente perfeito para ela. Claro, a máquina parecia um desafio. Mas quando se trata de fazer alguém sorrir, eu estava disposto a tentar qualquer coisa.
Olhei para a máquina, coloquei algumas moedas e comecei a girar a alavanca, tentando acertar a garra no ponto certo. O tempo parecia se arrastar. Minha primeira tentativa foi um desastre total. O urso escorregou, e eu senti um pequeno golpe no ego. Mas, mesmo assim, não desisti. Olhei para Nina, que estava com Olivia, rindo, e pensei: Ela merece esse ursinho, merece ver que me importo.
Fui ajustando a mira, com os olhos fixos no objetivo, tentando me concentrar, mesmo com Alex tentando me ajudar dando as coordenadas. A garra desceu mais uma vez, e dessa vez, quando subiu, ela segurou firmemente o urso. O que aconteceu depois foi uma explosão de emoção. Eu estava tão focado que mal percebi que o pegaria, mas quando o vi sendo transportado para a abertura da máquina, meu coração deu um salto. Eu havia conseguido.
Nina estava perto, ainda distraída com as outras atrações, mas eu sabia que aquele urso teria um impacto enorme nela. Caminhei até a máquina com o brinquedo em mãos, o sorriso começando a surgir involuntariamente no meu rosto. Quando ela me viu, seu olhar se iluminou de forma tão pura, que por um instante, o mundo inteiro pareceu desaparecer ao nosso redor.
- Noah... você conseguiu! - Nina exclamou, a surpresa estampada em seu rosto. Ela parecia encantada, os olhos brilhando como se eu tivesse feito algo mágico.
- É pra você, Pimentinha. - Respondi, oferecendo o urso com um sorriso satisfeito.
- Eu pensei que daria a Olie o Thomas J.
Ela pegou o ursinho com um sorriso tímido, mas seus olhos estavam brilhando de felicidade. Era um gesto simples, mas, para mim, tinha um significado muito maior. Cada detalhe, cada movimento, parecia carregar uma emoção que não conseguia expressar de outra forma. Nina não precisava dizer nada, porque o brilho nos seus olhos já dizia tudo.
Obrigada, Noah. Eu adorei! - Ela disse, abraçando o ursinho como se fosse o presente mais valioso do mundo.
Foi aí que percebi que, mais do que dar um ursinho de pelúcia, o que eu realmente queria era mostrar a ela que eu me importava. Era o meu jeito de tentar aproximar nossos mundos, de fazer com que ela soubesse que, apesar da diferença de idade, havia algo ali que valia a pena. Algo que não podia ser explicado com palavras, mas que era sentido nos gestos, nas pequenas ações.
Observando Nina, com o ursinho nos braços, fiquei ali por um momento, saboreando a sensação de vê-la tão feliz. Aquela tarde, aquele dia, estavam se tornando algo inesquecível, e eu sabia que, ao menos por agora, havia feito a diferença na vida dela de uma maneira simples, mas sincera.

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Meu lugar ao Sol
RomantikNina Carvalho perdeu a mãe ainda muito nova e cresceu em um lar com um pai ausente, convencida de que nunca seria amada de verdade. Sua visão sobre o amor era limitada ao que ela via nos livros, até que conheceu Olie e sua família, que lhe mostraram...