Dias atuais

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Por Noah Cooper

Eu ainda não era o homem certo para ela, mas não me permitir ficar distante. Depois que  sai sem me despedir naquela manhã, decidi em primeiro momento, que o certo para ela e para mim também era manter distancia. Eu era a merda de um fodido filho da puta que não tinha nada de concreto a oferecer a ela, não digo bens materiais, pois meus pais deixaram tanto a mim como Olivia, amparados para o resto de nossas vidas. Eu não estava pronto para ser forte por nós dois ou sei lá o que fosse. Por isso decidi fugir naquela manhã, mas antes de qualquer coisa eu precisava quebrar um ciclo negativo em minha vida, por isso terminei com Josephine. E mesmo estando perto e sabendo o que estava acontecendo, não me aproximei, não me expliquei, deixei que a imaginação de Nina criasse histórias que a afastassem de mim e continuei sendo o babaca que estava acostumado a ser.

Alex e eu voltaríamos para a escola de treinamento, finalizar nosso curso, pois havíamos sido convocados para o Afeganistão. No aeroporto, enquanto despachávamos nossas malas, vejo Celeste e Tio Edu passarem por nós, estavam abraçados e ela chorava em seus braços.

- Celeste! 

- Alex? Noah? O que fazem aqui?

-Pai, vamos finalizar o curso e seguir direto pra Cabul, acabamos de receber a noticia. E o casamento?

- Por enquanto não vai ter mais casamento, não é amor?

Wou pelo visto, perdemos muita coisa nos afastando, vejo Celeste corar como Nina sempre faz quando fica envergonhada e decido me arriscar perguntando por elas.

- E as meninas, onde estão?

- Elas estão embarcando agora nesse momento, se você correr ainda consegue ver sua irmã. Mas não sei se ela quer ver você.

- Tenho que arriscar, afinal minha pequena foi sem um beijo meu. Até mais casal e felicidades!

Sai correndo pelo salão afora do aeroporto com Alex em meu encalço, olhei para trás e Tio Edu abraçava Celeste. Eu precisava correr, Olivia não poderia viajar com raiva de mim, quer dizer, a quem eu queria enganar?

Eu corria como se minha vida precisasse disso, mas eu queria minha pimentinha, minha menina em meus braços e uns 100 metros a frente estava ela, eu sabia que era ela, pois a reconheceria mesmo disfarçada de pinguim. Como providencia divina, a música que tornou-se meu mantra enquanto estávamos afastados começa a tocar nos alto-falantes do aeroporto me fazendo correr ainda mais a seu encontro.

- Ninaa!

Ela vira e olha para mim, perco o foco em qualquer outra coisa e me perco em seu olhar, ao me aproximar, a tomo em meus braços, rodopiando, cheirando e beijando seu rosto, pescoço, com uma saudade que agora se fez maior e mais presente.

- Noah, você... você está maluco? O que veio fazer aqui?

- Eu não poderia ir embora sem que você soubesse o quanto é importante para mim.

- Você não pode! Você não pode chegar aqui e me falar quando sabemos que você tem namorada, está errado Noah!!

- Ela não é mais minha namorada, na verdade, ela nunca foi. Não temos tempo agora, mas promete que vai me esperar?

- Eu não posso! Não é o certo, eu...

- Pimentinha, acredita em mim, meu coração é só seu. Não há outra em minha vida que não seja você.

- Desculpa, mas eu preciso ir agora, adeus Noah...

- Isso não acaba aqui Pimentinha, você é minha como eu sou seu!!

Antes que ela se afaste de mim, a beijei como se minha vida dependesse daquele beijo, eu quis marcá-la como minha, dizer naquele beijo o quanto ela me pertencia e assim o fiz. Me despedi e fui embora sem olhar para trás, pois se eu olhasse, acho que a levaria para outro lugar onde seríamos só nós dois.

Meu lugar ao SolOnde histórias criam vida. Descubra agora