Pessoal, boa noite!!!
O capítulo abaixo foi escrito em uma simples homenagem a historia real de um soldado americano e seus companheiros que sofrerão os horrores da guerra do Afeganistão. Alguns dirão que é plagio, mas nunca faria isso. Tentei de uma forma leiga, descrever como se eu tivesse la com eles nesse momento horrivel. Espero que vejam como eu, como uma homenagem a esses caras que se sacrificaram em prol de seus ideias!!!!
A Batalha - 06:25
Alex efetua o primeiro disparo e a partir desse momento, tudo se transforma em flashes de memórias, tiros, bombas, sangue, correria, trocação. Eu so consigo pensar em proteger meus parceiros, fomos preparados para enfrentar qualquer obstaculo, seja no ar, na terra ou no mar, nao temos medo do improvavel e nem fugimos de um combate. Essa missão esta sendo dificil para mim, pois so em imaginar que um de nós não voltará para casa faz com que toda a minha raiva contida se exploda e nesse momento, preciso ter sangue frio, preciso ter foco e não surtar e trabalhar para mantê-los sóbrios também.
Tyler esta comigo e Alex com Marcus, trabalhamos na posição 2x2, mas os quatros atentos um ao outro.O nosso principal objetivo é proteger Alex que é responsavel pelo radio comunicador, os khadistas são muitos, porém não são tão preparados como nós. Para cada 20 tiros disparados por eles, basta 1 nosso, mas estamos em desvantagem, somos 4 contra um exercito despreparado porém motivado. Alex dá sinal para recuarmos e Tyler é atingido no ombro, mas a bala entra em seu pescoço, ele cai imediante, sangrando pela boca, olhos e nariz. Coloco ele em meus ombros e o carrego para nosso recuo, Marcus chega e me ajuda com ele, Tyler sempre o mais forte de nós quatro e o mais prático tambem:
- Caras, ja deu para mim. Me deixem aqui, eu so atrasarei voces.
- Não diga besteira irmão, não vamos te abandonar.
- Coloca minha arma aqui, eu vou retarda-los enquanto voces avançam e Marcus, avisa o alex para chamar o radio, voltem para me buscar, seus bastardos ok?
- Certo. Eu olho voce irmão!
- Marcos, seja um pai para Justin. Melhor do que eu poderia ser!
- Pode deixar irmão.
Nem mesmo para soldados treinados como nós, foi facil assistir a cena, para salvar sua vida, voce ter que deixar o corpo do seu irmão para tras. Se eu escapar dessa, prometo te honrar todos os dias Tyler.
Chegamos ao fim do penhasco, não temos saida a não ser pular uma altura de aproximadamente 20 metros. Contamos e nos 3 saltamos para o desconhecido, ouvindo os disparos efetuados por Tyler, "fica firme irmão", penso enquanto rolamos penhasco abaixo, durante o treinamento militar dos Seals Mariner's, aprendemos diversas tecnicas para saltar de alturas bem maiores que essa, mas voce nunca esta preparado para quando realmente acontecer. Marcus pula gritando por Tyler, enquanto rolo morro abaixo, tento não perder meu fusil e ainda não cair tão distante deles. Meu corpo para quando bato violentamente contra uma rocha, minha cabeça lateja como se eu tivesse bebido toda a tequila do Mexico, porem, nao tenho tempo de recuperar, os malditos desgraçados estão atirando e preciso me proteger. Minha costela deve ter quebrado, pois para respirar doi muito.
Volto a disparar contra os malditos e Alex se aproxima, seu rosto está desfigurado, ele bateu a cabeça em um tronco e o lado direito de sua testa esta um pouco afundada, seu olho direito esta enorme, Marcus tambem vem e não esta tão diferente de nós, avalio as condições de Alex e Marcus e voltamos a nos posicionar. O problema é que vigiamos um lado e somos surpreendidos pelo outro lado, levo um tiro que entra pelo lado direito da minha costela me deixando sem ar.
- Merda, esses desgraçados me acertaram. Alex chama a porra desse radio agora. Vamos te dar cobertura.
- Bruce06 para base cambio. Bruce06 para base cambio. Estamos em situação de combate, cercados por todos os lados, latitude ...
- Vamos ter que continuar descendo caras, vão, eu dou cobertura.
Eu digo e Marcus vai a frente com Alex logo atras, desço atirando para todos os lados, acerto todos que cruzam meu caminho. A situação e caotica, se Alex não conseguir solicitar reforcos, não tenho certeza se sairemos daqui.
Imagine voce esquiando em uma montanha e começa uma avalanche, dai voce tenta descer o mais rapido possivel para chegar vivo la embaixo, mas quanto mais voce tenta ser rapido, mais lento voce fica. Não há saida, a não ser descer e descer, tentar ser mais rapido que seu obstaculo. Essa é a situação, quanto mais matamos esses desgraçados, mais eles se multiplicam, chegamos a outro ponto sem saida e agora sem preparação decidimos pular novamente, mas Marcus é atingido nas costas, sendo projetado de forma violenta pra frente, rolando sem controle. Preciso proteger Alex, Olivia não pode sofrer duas perdas. Quando conseguimos parar de rolar morro abaixo, estamos proximo a entrada da vila de Nanghahar, carrego Alex que esta com a perna quebrada em diversos lugares e não consegue andar.
Sinto minhas forças esvaindo de meu corpo, até respirar se tornou um sacrificio, meus ferimentos sangram descontroladamente e meus pulmoes estao ardendo, carrego Alex nos ombros e puxo Marcos pela gola, mas não posso desistir, ainda não. Preciso salva-los, uma vez que deixei TYler la em cima.
- Socorro, ajude-nos! Pashtunwali!
Grito para que nos ajudem e parece funcionar, pois os moradores nos recolhem e nos protegem. Consigo relaxar quando realmente sinto que estamos em segurança, estou muito cansado, sei que não posso fechar os olhos, mas a dor e o cansaço sao maiores e me dominam, transportando me para a escuridão. Fecho os olhos e a ultima coisa que vejo é meu pequeno anjo de cabelos de fogo.
- Nina!
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Nina
Desde que Noah viajou ainda não tive notícias dele, a sensação ruim em meu peito me sufoca, não consigo comer, dormir, ja liguei, mandei email, mensagem pelo skype e ainda não tive nenhum retorno. Meu coração não me engana, está acontecendo algo e preciso descobrir o que é.
Resolvo ligar para Olivia, talvez ele entrou em contato com ela e não quis falar comigo por ainda esta chateado, o telefone chama e no terceiro toque, ela atende:
- Nina, tudo bem com voces?
- Sim, está tudo bem por aqui e com voces?
- Estou bem tambem, mas estou preocupada. Alex ainda não deu noticias e meu irmão? Ele entrou em contato com voce?
- Ainda não. Te liguei porque achei que ele pudesse ter falado com voce e ainda estar chateado comigo. Ha 3 dias não consigo dormir Olie.
- Quer que eu vá para sua casa?
- Se voce não quiser vir para cá, posso ir ai, so não quero ficar sozinha.
Decidimos ficar em sua casa e levo algumas roupas, os Mariners tem um telefone para que as familias entrem em contato, caso fiquem muitos dias sem comunicação com seus parentes.
Sei que Noah é forte, que ele não se abate por qualquer coisa, mas a sensação ruim não abandona meu peito e ele se foi sem que conversassemos direito. Emilie sente meu nervosismo pois esta quietinha, aliso minha barriga tentando acalma-la, sem nem ao menos conseguir me acalmar. Faço uma oração baixinho e peço com todo meu coração:
- Volta pra mim meu amor!!
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Rodapé:
Pashtunwali = ou pakhtunwali é um conceito de vida ou filosofia para o povo pachto, que o tem um código de honra e uma lei não-codificada.1 2 Embora o Pashtunwali remonte ao período pré-islâmico da Báctria, a sua prática pelos pachtos não contradiz, necessariamente, os princípios muçulmanos.3 É praticado pelos pachtos doAfeganistão, Paquistão e por membros da diáspora pachtun por todo o mundo.4Consiste em salvaguardar um individuo que esteja em situação de perigo, independente de sua condição de raça, credo ou nacionalidade.
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Meu lugar ao Sol
RomanceNina carvalho nunca conheceu o amor, perdeu a mãe ainda criança e nunca foi amada pelo pai. Ela acha que o amor so existe nos livros, não acredita que possa sentir algo por alguém até cruzar no caminho de Noah Cooper, um homem que teve que amadurece...