Capítulo 9 - Raiva

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Carter

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Carter

Quem ele pensa que é? Maldita hora, infeliz hora. Sou uma imbecil mesmo, o cara é quase um adolescente, não entende porcaria nenhuma de negócios.

Chego cedo a casa dos meus pais, minha noite foi péssima, tentei reverter a situação de todas as formas, liguei para Rômulo e pedi mil desculpas, mas ele está irredutível.

— Cacete! — Bato a porta da minha BMW, o Audi de Bonnie está estacionado bem a porta de casa. Acho que vai sair. Arrasto minha mala, pego minha chave e abro a porta.

— Carter! — Minha cabeça lateja com o grito ensurdecedor de Bonnie, se joga nos meus braços e me aperta. — Vamos para a praia. — Não é uma pergunta. Me puxa pra escada.

— Não tô afim Bonnie, tive um noite péssima, perdi uma compra. — Ela joga minha mala na cama e abre, não encontra o que procura.

— Vou pegar um biquíni pra você. — Caio na cama e fecho meus olhos. Meu telefone toca, atendo. — Carter.

— Esta me devendo. — A voz grossa de Dan me deixa irritada e excitada, os dois na mesma intensidade.

— Eu não te devo nada, não me ligue mais, apague meu número. — Desligo. Argh!!!! Que ódio.

— Toma, veste e vamos. — Bonnie coloca em minhas mão um biquíni preto minúsculo.

— Não vou usar isso, além do mais eu preciso trabalhar. — Puxa a minha mão e me faz levantar.

— Nada de trabalho hoje, vai beber uns drinks na praia e tomar um pouco de sol. — Reviro meus olhos me rendendo.

Visto a peça que fica um pouco pequena em mim e dentro da bunda demais. Pego meus óculos, visto uma saída de praia branca e vou atrás da maluquinha, que não para de saltitar.

— Onde vão? — Abraço mamãe bem apertado, beijo seu rosto. — Carter isso não é roupa para ir a praia.

— Mãe! — Bonnie reclama. — Ela vai ser a mais coberta, pode apostar.

— Se cuidem. — Aceno para mamãe assim que Bonnie me puxa pra fora de casa. Entramos no Audi e ela guia com cuidado. Coloca música alta e vai cantando.

Pego meu celular de dentro da bolsa e respondo mensagens e e-mails, todo mundo está uma fera comigo, eu mais do que eles, com certeza, nunca perdi uma compra, nunca.

Bufo, a viagem de carro não demora, passo protetor solar durante o percurso, ela para em frente a uma casa de dois andares, onde vejo que já tem um pessoal muito animado. Desço e sigo atrás dela. Não acredito que vim em outra festa de adolescentes universitários.

Bonnie vai me apresentando todos, nem finjo interesse, simplesmente torço meus lábios e saio pelos fundos, a piscina está lotada, passo por ela e vou direto para a areia, sento e fico encarando o mar. Tiro minha saída branca e deito um pouco. Aproveitando o sol ainda fraco.

Acho que nem lembro quando foi a última vez que vim a praia. Tenho mantido o foco a tanto tempo no trabalho, que mesmo na casa de meus pais eu resolvo os problemas da minha empresa.

Pego meu telefone assim que ele toca, o sol não me permite ver quem está ligando.

— Carter. — Sento e olho um grupo saindo da casa e indo pular no mar.

— Carter, acabei de ver as imagens das câmeras ao redor da empresa. — Cruzo minhas pernas em posição de meditação.

— Conseguiu ver quem era? — Apanho um bocado de areia e deixo ela escorrer entre meus dedos.

— Um antigo funcionário, ele nega ter sido pago para fazer o serviço. — Ergo meu óculos e deixo ele no topo da minha cabeça.

— Foi um dos que foi demiti depois da compra? — É, meu emprego tem a parte chata também, alguém sempre sai perdendo.

— Sim, analisei as contas dele e não tem nenhum centavo, foi preso, não tem dinheiro nem para o advogado. — Pressiono minha têmpora que volta a latejar.

— Tem família?

— Uma esposa e dois filhos. — Foda! Mil vezes foda.

— Dê o suporte Ivan, retire a queixa. — Levanto e apanho minha saída do chão.

— Mas Carter  — Retirar a queixa vai implicar em uma diminuição considerável do seguro. Dane-se.

— Preciso me repetir Ivan? — Fica em silêncio. Desligo. Preciso de uma bebida, bem forte, todas elas.

Entro na casa, a cozinha tem alguns empregados e vários jovens conversando, acho que eu podia muito bem ficar aqui na cozinha com os empregados, que estão na minha faixa etária.

Pego uma garrafa de uísque no balcão, bebo várias doses, uma atrás da outra. Tem várias garrafas, vodka, tequila, uísque, aposto que nem todos tem idade pra beber. O barril de cerveja é o que eles preferem. Aposto que em duas horas a metade da casa já vai estar bêbada.

Começo a vaguear pela casa com a garrafa de uísque nas mãos, bem luxuosa, decorada com detalhes em couro e tons mais neutros, vou olhando tudo e servindo mais uísque. No segundo andar encontro um banheiro social e quartos. Entro em um, vou até a varanda e olho para a bela vista privilegiada da praia. Deixo minha saída sobre a mureta baixa, apoio a garrafa e o copo nela também.

Solto um grito quando alguém me puxa pela cintura, me levando para dentro do quarto.

— Chegou a hora de pagar a dívida. — Dan me joga na cama, grito de novo, tento me levanta, me impede.

— Me solta! Já falei que não te devo nada. — Prende meus pulsos com uma mão, logo acima da minha cabeça. — Vou gritar.

— Quero ouvir, cada grito e gemido. — Passa a mão por cima do meu biquíni, me remexo embaixo dele. Sorri e roça a ereção contra mim. Seguro meu gemido dentro da minha garganta.

— Estou falando sério garoto! — Para se acariciar meu corpo, me encara, seu olhar mudou, parece um pouco agressivo.

— O que disse? — Meu rosto queima de raiva e tesão. 

— Você ouviu bem. — Cuspo as palavras. Arranca a parte de cima do meu biquíni e morde meu mamilo com muita força. — Isso dói caralho! — Solta o aperto e lambe. — Eu não quero, quantas vezes tenho que repetir?

— Tudo bem, mas vamos fazer o seguinte. — Solta meus pulsos. — Se você estiver molhada, eu vou te comer, mesmo a força.

Oh Deus! Fico encharcada. Cacete, tô ferrada. Quero. Quero que seja a força e com força.

[DEGUSTAÇÃO] Carter - Trilogia Irmãos Sanders - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora