III. estranho homem

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Brenda entrou no quarto onde eu estava e fechou a porta. Ela sentou ao meu lado na cama e passou a mão em meus cabelos:
- Vai ficar tudo bem Rylei...

- Não vai...

- Tenho certeza que alguém superior vai acabar com esta epidemia e tudo vai voltar a ser como antes, todos nós teremos nossa vidas de...

- Cala a boca Brenda! Nada disso vai se resolver, meus pais não vão voltar... e sabe qual será nosso fim? - Rylei balançou a cabeça fazendo um gesto negativo: - Todos nós iremos morrer...

- Cala a boca!!! Cala a boca, cala a boca... - Lágrimas molharam o rosto de Brenda, logo eu abracei ela, sei que fui muito rudi, afinal ela só estava tentando ser legal comigo, e eu fui arrogante.

- Me desculpe Brenda... eu não queria...

- Tudo bem Rylei, sei como se sente... É que está tudo tão, estranho. - Limpei as lágrimas do rosto da Brenda, logo em seguida ela olhou pra mim e sorriu.

- Esse quarto... É lindo! - Brenda sorriu e respondeu

- É meu... Gostou?

- Sim, sim! Mas não sou tão fã de rosa, prefiro azul!

- Escuro?

- Azul... Azul claro! - Dei um sorriso para Brenda e ela devolveu o mesmo pra mim.

Finalmente me sentia um pouco feliz naquele local, enquanto eu conversava com ela, acabava esquecendo o que estava ocorrendo lá fora. Aquele momento era muito especial... Olhava delicadamente cada parte daquele quarto, aquela cor caia perfeitamente em Brenda, o rosa do quarto mesclava com sua pele branca e seus cabelos loiros. Ela era uma ótima pessoa, uma boa amiga. Notei um porta-retrato sobre a cômoda de Brenda, então perguntei quem era aquele homem na foto. Ela respondeu:

- Esse aí na foto é meu pai... - Baixou um pouco a cabeça. Decidi então perguntar mais:

- Onde ele está?

- Ele morreu, em um acidente de carro... - Sentou-se na cama e baixou a cabeça. Logo percebi que sua calça estava molhada por conta de sua lágrimas. Decidi então encerrar as peguntas:

- Ei... eu sinto muito Brenda pelo seu pai. Passei a mão em seu cabelo, então ela me abraçou e despejou o resto de suas lágrimas em minha blusa. Brenda era uma menina muito sentimental e frágil, as vezes por qualquer razão ela chorava... ela era um pouco parecida comigo. Pena que o mundo bate violentamente em pessoas frágeis como Brenda.

Ouvi um forte bater de porta, como se alguém desse vários golpes ou socos violento sobre a mesma. Decidi então abrir a porta, mas Brenda segurou forte o meu pusso. Olhei pra ela, então com os olhos escorrendo lágrimas balançou a cabeça de um lado para o outro, me indicando para eu não abrir a porta. Então me afastei lentamente e apenas escutei o que ocorria. Apenas ouvia "me ajudem", "socorro", "abram está porta".

Olhei para Brenda e disse:
- Precisamos ver o que está acontecendo!

- Não Rylei, e se aqueles canibais entrarem e me devorar... devorar minha mãe... meu deu...

- Calma garota! Você não precisa ir! Eu vou!!!

Então me levantei e abri a porta, lentamente caminhei pelo corredor e lá de cima da escada olhei o que estava acontecendo lá em baixo. Os batidos continuavam, Greg segurava a porta fortemente para o homem não entrar enquanto Joel tentava puxar Greg da porta enquanto falava "deixa ele entar", várias vezes seguidas. E Jefferson puxava Joel para separar ele de Greg. A confusão acabou quando Jefferson separou os dois e decidiu resolver o que estava acontecendo.

Ele então fez algumas perguntas para o homem, tipo: De onde você veio? Você está doente? E se você foi percebido? Depois de algum tempo Jefferson abriu a porta e desesperadamente o homen entrou. Ele parecia ser um idoso, trajando um paletó, talvez ele era algum empresário, além disso sua barba era muito grande. Derrepente ouvi Greg falando "seu filho da mãe!!! Por que deixou ele entrar?" Greg estava descontrolado, até que Jefferson apontou a espingarda na cara de Greg,foi então que ele parou de reclamar e subiu as escadas furioso. Foi então que eu ao ver ele subindo as escadas rapidamente, decidi correr e me trancar no quarto de Brenda. Eu tinha medo do Greg.

Rapidamente me afastei da porta e logo percebi a maçaneta da porta girar com toda fúria. Puis a mão na boca de Brenda pra ela não gritar, ela ao ver aquilo chova muito, eu falava pra ela "tudo bem". Greg falou:
- Filhas da puta abram está porta!!!

- Não seu desgraçado!!! - Gritei com muita raiva.

- Vocês vão ver...

- Greg, e melhor deixar as meninas em paz!!! - Era a voz de Anna, mãe de Brenda. Percebi no rosto de sua filha um sorriso, e as passadas do Greg se afastando. Abri a porta do quanto é Anna entrou. Ela nos abraçou bem forte e disse:
- Não se preocupem meninas, tudo isso vai passar eu prometo!

- Promete que vai nos proteger Anna? - perguntei

- Claro que sim Rylei... eu te amo!

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