XXIV. O aliado

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   Gritei de dor quando Ely pois uma faca quente bem no local onde sofri um tiro. Ela riu e eu me senti um pouco constrangido, ela olhou pra mim e me disse: " Calma aí cara... Homem também sente dor sabia? ". Em seguida ela pois algodões com álcool e tapou com um pano:
- Pronto! Isso vai durar até sua volta, se você voltar no caso. - Eu a agradeci e me levantei. Notei que havia uma máquina de cortar cabelo em sua bancada então pedi para usar...

   E aos poucos meu cabelo caia no chão, e quando olhei no espelho, estava completamente careca, fazia meses que eu não cortava meu cabelo, e nem fazia a barba... Embora meu visual estaria um pouco estranho, seria o melhor, sabia que logo logo eu iria me acostumar com ele.

   Estava em uma casa, fui até a janela e olhei para fora da casa. Era um ambiente bem agradável, com casas simples. O local era cercado por um muro feito de chapa de ferro, havia meninos e adultos convivendo em um mesmo lugar... Eu sentia a paz...

- Não se admire desse lugar... - Disse Ely ao se aproximar de mim e ficar ao meu lado na janela. Eu perguntei.

- Por quê? Aqui eu sinto uma paz...

- Não existe paz Ebert, isso aqui é apenas uma amostra de "paz", mas se passarmos desses muros existem criaturas e pessoas más. Melhor saber disso quando você passar desses muros.

- Passei 1 ano vagando pelas ruas das cidades, até parar aqui...

- Com aquela sua faca medíocre? Você teve sorte de conseguir sobreviver a tanto tempo.

   Então Merlene abriu a porta e me chamou para segui-los na missão para encontrarmos Any. Estavam eles: Merlene a líder, Marcus o careca que eu vi mais cedo, Caio e Michel, mas por algum motivo eu não via Millena, a tal menina ou moça, que eu encontrei na casa mais cedo. Caio parecia um garoto, moreno de cabelo longo e uma barba rasteira. E Michel era um pouco mais claro, usava um óculos e cabelos curtos, fazia cara de poucos amigos. Merlene falou:

- Nosso objetivo e encontrar Any, não parem por nada, se algum membro precisar de ajuda, ajudem e cuidado com os devoradores.

- E os Garras... - Completou Marcus.

- Isso mesmo Marcus. - Disse Merlene

- Cadê minha arma? - Perguntei

- Você quer dizer a arma da Millena? Ela não é sua... - respondeu Merlene

- Mas e se um devorador me atacar?

- E se você nos atacar? - Perguntou Merlene: - Não temos total confiança em você Ebert, talvez você seja um Garra esperando o momento certo para nos atacar ou fugir, então vamos ficar de olho em você.

- Tínhamos um acordo...

- Sim, e eu estou cumprindo! Mas eu não citei que você ganharia uma arma, e sim iria nos dizer onde Any está. Marcus amarre-o...

- Mas que porra é essa? - Disse enquanto Marcus amarrava meus pulsos com uma corda.

- Você apenas vai dizer aonde ela está... - Falou Merlene enquanto caminhavamos até a saída da fortaleza deles.

   Antes de sairmos um grito veio de uma das casas, Merlene e os outros olharam para trás. Era Millena, eu não não tinha visto ela ainda, apenas suas pernas, pois estava escondido debaixo da cama, suas sardas cobriam boa parte de seu rosto, e u. Cabelo liso, com cor de ferrugem era presente, era baixinha e estava furiosa:

- Mãe por quê não me deixa ir!!! - Disse com muita raiva enquanto caminhava em nossa direção.

- Isso não é tarefa para você Millena! Volte para casa agora, eu cuido disso agora!

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