II. nova casa

72 11 11
                                    

---------- °•●○ ☆ ○●•° ---------

Depois de tanto chorar, meus olhos estavam muitos inchados, também estava com uma enorme dor de cabeça. Anna era o nome da mulher que me abrigou em sua casa, ela parecia ser uma pessoa legal apesar de eu estar só a pouco as horas em sua presença, de fato eu não conhecer ela melhor, mas a sua tranquilidade em lhe dar com as dificuldades me deixava menos preocupada com o que estava ocorrendo lá fora. Ela também me acalentou enquanto eu chorava.

Havia na casa cerca de uma dez pessoas, seis homens e quatro mulheres, contando comigo. Dos seis homens três eram já adultos, dois adolescentes que aparentavam te a minha idade, não tenho certeza, é uma criança, parecia ter uns sete anos. As mulheres eram eu, Anna a dona da casa, Meliza a mãe de Anna e Brenda a filha de Anna.

Havia um menino que olhava constantemente pra mim, estava me sentindo bastante incomodada com o fato de eu estar sendo observada a todo momento. Se ele estava apaixonado por mim, isso eu ainda não sei, só quero ir pra casa da minha tia o mais rápido possível. Enquanto estávamos dentro da casa, escutávamos gritos e desesperos de muitas pessoas que estavam lá fora, disparos também eram presentes.

Aos poucos eu fui conhecendo as pessoas que estavam refugiado conosco. Descobri que o menino que olhava pra mim o nome dele era Maicom, era de media estatura usava oculos e seu cabelo era longo, o outro adolescente seu nome era Ebert,um moreno de cabelo cacheado, e David o irmão de Ebert. Os três adultos, um se chamava Jefferson, um moreno gordo e careca. O outro um brancoso de olhos claros, muito vaidoso de fato, seu nome era Greg, e o mais calado, um forte barbudo de cor parda e cabelo rasteiro seu nome era Joel.

Fizemos uma regra, ela era a primeira... de manter sempre em silêncio, pois sabe-se lá o que aqueles loucos canibais poderiam fazer se descobrissem que estávamos nos escondendo deles. O medo nos rodeava a todo momento, eu olhava a todo momento para a brecha que havia na divisão das duas janelas e lá eu observava os canibais devorando o restante das pessoas que não conseguiram fugir, era orrivel.

Anna que era a dona da casa disse:

- Acho melhor não acolhemos mais niguem! Sei que é triste o que está acontecendo lá fora, mas é que a casa é pequena e a comida e pouca, vamos nos manter em silêncio e ficar vivos!

- E quando a comida acabar? - Perguntou Jefferson. Anna respondeu:

- Jefferson isso eu ainda não sei... Só vamos nos manter vivo okay?

Estava sentada no sofá na sala, até que Brenda filha de Anna sentou-se ao meu lado e sorriu, eu devolvi o mesmo pra ela, apesar de só haver tristeza em meu rosto.
- Podemos ser amigas? - Perguntou Brenda.

- Acho que sim... - Respondi.

- Qual é seu nome?

- Me chamo de Rylei...

- Bonito esse nome! Eu tenho quinze anos e você?

- Dezesseis. - Brenda olhou para sua frente e percebeu que Maicom estava olhando pra mim. Meliza cochichou em meu ouvido: "Acho que o Maicom está gostando de você". Apenas balancei minha cabeça fazendo um gesto de legal... Estava nem aí para esse lance de namoro. Só queria ver meus pais e falar o quanto eu a amava.

- Aqui tem armas? - perguntou Joel.

- Por que está pergunta? - Falou Anna.

- Temos que estar protegidos, ficar refugiado aqui não é tanta vantagem, se caso algum entrar aqui... Temos que matar!

- TEM COMO ELES ENTRAR AQUI? Exclamou Brenda com medo.

"Shiiiiiiiiiiii" foi o som que Ebert fez, logo após falou:
- Esta louca, vai nos matar gritando assim!

- Desculpa! - Disse Brenda chorando.

- Bem... meu falecido marido não gostava de armas, mas ele deixou uma espingarda lá na garagem, ele usava bastante quando ia para a fazenda. - Falou Meliza, mãe de Anna.

- Tudo bem... eu vou lá buscar. - Disse Joel, mas ele foi barrado com uma mão em seu peito, era Greg o vaidoso:

- Acho melhor eu ficar com a arma... - Joel sorriu e perguntou:

- Sério? Não sabia que você usava armas de fogo...

- Por que você achou isso?

- pensei que o único peso que pegava era uma caixa de maquiagem. - Gargalhou Joel, mas Greg deu lhe um soco na boca, rapidamente Jefferson separou os dois. Greg disse com bastante fúria.

- Pois sabe o que eu penso de você? Pra mim você não passa de um presidiário de merda... um filho da puta!

- Chega de briga vocês dois! - falou Jefferson: - Eu fico com a arma e acabou a discussão.

Meus olhos ficaram perplexos ao ver aquela furiosa discussão entre Joel e Greg. Então subi rapidamente as escadas e entrei em um quarto... comecei a chorar...

THE RUNNER Volume ÚnicoOnde histórias criam vida. Descubra agora