Rosas Vermelhas

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Desenhei uma rosa em minha pele, esplêndida que agora murchara. Havia desbotado igual o seu amor. Amor...
Desconheço-o. Fantasiei essa ideia em um universo perfeito, sem ao menos perguntar-te se aceitaria construir esse futuro junto a mim. Agora lamento sua marca em meu corpo, seu toque que se faz presente nas lembranças. Inclusive na rotina, seu cheiro inebriante se faz em qualquer um que se aproxime.

Sinto falta de ouvir seus passos pela casa as seis da manhã. Adorava odiar seus costumes matinais. Até mesmo quando puxava toda a coberta pra você durante o filme de domingo. Talvez eu sinta falta das brigas... e principalmente quando interrompia minha fala com um beijo roubado.

Tolices, quão fúteis eram nossos motivos para a discussão. Mesmo rasos, foram maiores que a infinidade de razões pra ficar. E quando chegou a segunda, seus passos se ausentaram do corredor. Busquei seu rosto por todos os cômodos. Não há você por canto algum, e ao mesmo tempo só há você nos meus pensamentos. Foi o café da manhã mais solitário da minha vida. O que se repetiu até hoje, Melissa.

Cinco meses de tristeza se resumiram no desemprego, no isolamento que fortifiquei a qualquer ser que pudesse me proporcionar o sentimento de felicidade.

Seu olhar castanho avermelhado fincou-Se ao meu. Mas não quero mais enxerga-lo. Estou disposto a arrancar todas as partes que me lembram você. E a rosa desbotada se foi num corte mortal. 🌙

Rascunhos SolitáriosOnde histórias criam vida. Descubra agora