Não li a última de suas cartas,
Tampouco, o desamor que nelas havia.
Mas é inegável a presença de suas marcas.
Seu corte no amor que eu sentia.Ouvi teu canto nesta manhãzinha,
A melodia vinha de um sabiá.
Parecia seu eu que me tinha
Diferente deste, que outrora fazia-me chorar.Cheguei a avistar o pássaro que tu mandaste.
Tão belo e airoso como tu.
Chegou a banhar suas plumas de majestade
Na imensidão daquela água azul.Bobalhei minha vista nas cores daqueles voos
Que nem percebi a queda da sua carta das minhas mãos.
A água que banhava meus pés a levou
E já não adiantaria autoimpor repreensão.Para uma bela surpresa,
Veio buscar minha resposta pessoalmente
Pousando sua ascensão sobre a mesa
Fitando minha expressão reluzentePus a nos profeciar...
"Não duvide do amor que tenho
É imenso e diz tanto de mim
Tuas asas são teu movimento
Quero as minhas no vento assim..."💛🍀
VOCÊ ESTÁ LENDO
Rascunhos Solitários
Short StoryA solidão se expressa de infinitas formas... Como se expressa a sua?🌙