Ela é minha namorada - Mina

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Em um bairro qualquer da cidade que nunca sabem o nome apenas que é a onde existe a melhor escola de super heróis do Japão, bem nessa cidade mesmo em um bairro qualquer uma jovem garota rosa ficava na janela de sua casa ou na varanda em frente a rua; ela estava sempre esperando alguém e mau sabia ela que essa alguém havia partido para uma viagem e que demoraria a voltar.

Anos se passaram desde que Mina viu S/n pela última vez, elas deviam ter cerca de 13 anos e naquele dia a rosada não entendeu o motivo do beijo roubado no final da noite tão divertida, mas depois de anos entendeu que era um beijo de adeus, com toda a sinceridade de do coração jovem de S/n e que com certeza deixou saudades nos lábios de Mina. Não era de se estranhar que existisse um amor além de amizade entre elas, alguns dizem que foi cedo para se descobrir mas a vida toda sempre se prega a heterossexualidade e se demora para compreender toda a complexidade de ser diferente, mas com Mina seria diferente já que ela sabia que as curvas lhe atraíam sem dúvida alguma.

As primeiras pétalas rosas começavam a aparecer nas árvores pela cidade, a rosada estava na sacada da casa que ficava em cima da varanda, olhando o sol nascer por entre as casas. O costume de esperar pela outra permaneceu e naquele tempo de tranquilidade do dia era que ela pensava sobre a vida, aquilo que lhe era especial ou não, sobre as coisas mais banais ou importantíssimas. As aulas começaram no dia seguinte e por isso decidiu que teria um ótimo dia antes das aulas começarem na nova escola, o sorriso não sai de seus lábios já que, caramba ela passou na Yuei e aquele era o primeira passo para um sonho a ser realizado.

Quando seus pais acordaram todos da cada foram tomar café e logo a menina saiu de casa indo andar pelo bairro, notou uma movimentação estranha vindo do final da rua, bem na antiga casa de S/n. Parecia que alguém estava se mudando para lá mas o proprietário não estava já que ela perguntou a um dos empregados que trabalhavam em retirar os móveis do caminhão. Andava sem rumo pelo bairro tranquilo, era um domingo então tinha poucas pessoas na rua, resolveu ir até o parquinho que tinha lá por perto e ficou observando as crianças brincarem nos brinquedos e quase conseguiu ver ela própria ali, a nostalgia lhe bateu à porta e ela a deixou entrar, se lembrava das tardes depois da escolinha e depois escola ali naqueles mesmo brinquedos com a melhor amiga S/n, com seu cachorro Akira ou até mesmo com os dois. Mas logo o sentimento que lhe fazia carinho e aquecia o coração deu espaço para aquele sentimento de vazio que sentia pois no mesmo ano que a menina se foi o cão também partiu, a dor de perder um já era grande demais mas os dois foi insuportável, chorava todo dia e não queria mas ir a escola; a alternativa foi levar ela para a terapia, já que por sorte os pais dela entendiam a importância daquilo. A terapia ajudou e muito a menina, aprendeu que nada daquilo era sua culpa, entretanto a partida da primeira paixão ainda dois não por ter acabado mas pois acabou do nada e sem nem aviso prévio, era como algo inacabado e aquilo lhe feria quando lembrava.

O dia da menina se resumiu a ficar no quarto trancada pensando na vida, quem a olhasse assim não saberia que fora daquela cama um sorriso sempre lhe habitava os lábios e um senso de humor lhe acompanhava aonde fosse.

Novamente a luz matinal acordava Ashido que tratou de se levantar logo, mal havia conseguido dormir por conta do nervosismo e ansiedade que estava, colocou o uniforme e deu tempo de ver o sol subir por entre as casas, velhos hábitos persistem por um longo tempo. Quando a matriarca foi acordar a menina foi surpreendida já que a porta abriu no exato momento que ela ia abrir.

- Bom dia mãe.

- Bom dia filha.

A mais velha ficou atônita com a ação da filha que sempre era a última a sair do quarto e ir comer, mal sabia ela que a menina era a primeira a acordar e que apenas ficava em seu quarto refletindo. Logo na cozinha tinha uma menina pegando sua comida e saindo às pressas da casa, mandando beijos no ar para quem ficava e saindo de casa logo, respirou fundo e sentiu o ar fresco na manhã mesmo que nunca tivesse realmente sentido o ar fresco do orvalho dos grandes campos, aquele cheirinho lhe deixava feliz.

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