...
"E estou me sentindo tão pequeno
Isso estava tomando conta da minha cabeça
Eu não sei nada
E eu vou tropeçar e cair
Eu ainda estou aprendendo a amar
Apenas começando a engatinhar"X
Eva
Voltei para casa e ajeitei tudo que era necessário, agora eu podia respira aliviada. Aliás aliviada por um lado pois por outro eu estava desesperada.
Emma estava curada, agora ela não tinha mais motivos para ficar ali. Eu a amava, eu acho. Eu amo, sim eu amo. Me peguei em um diálogo interno e chacolhei a cabeça."Eu tenho vivido grande parte do tempo chapada Emma e eu não sou assim."
Pensei em um dos meus desabafos, de tantas noites ao lado dela, eu as vezes era egoísta e reclamava da falta de contato, da falta do sexo, eu sabia que ela estava mal, debilitada, mas meu ego não deixava focar nisso e sim focar no, " Se ela não quer transar comigo e porque Regina circundava seus pensamentos." e Emma as vezes mal tinha forças para escovar os dentes, e eu sempre querendo mais atenção, sempre me sentindo inferior, me julgando a largada de lado.
Nossa relação era boa, o sexo era muito bom, e eu claro adorava ter ela comigo daquela forma, mas eu sempre sentia que faltava um brilho em seu olhar.
E de fato ajudei Emma, mas no caminho cai também. Me sentei ao piano, e olhei meu ante braço esquerdo, agora um leão com rosas cobria aquele pedaço de pele que havia ficado tão marcado, era meu elo com ela.
Lembro ainda do frio do chão, quando eu tomei a decisão de usar cocaína, de beber e me cortar. Dei risada daquele meu pequeno desvaneio, o frio da lâmina ainda me era bem recente a cabeça. Emma me encontrou em uma poça do meu próprio sangue. Eu a cuidei. Mas quando eu precisei ela também me cuidou. Foi meu consolo, eu caí tão fundo, mais tão fundo que eu havia escolhido morrer sabe se lá porque, mas ela me mostrou o melhor lado dela, me mostrou quando amor cabia dentro daquela loira pequena. Ela me deu forças, me fez amar mais ela quando eu havia desistido de mim, e eu nem vi aquela depressão se apossar de mim, quando me dei conta estava caída quase morta. Emma as vezes dizia pra minha pequena Hope que o sorriso dela era o motivo dela estar aguentando, e o sorriso que ela dava quando minha pequena dizia amar ela.. aquele era o motivo que me fazia aguentar, e não sucumbir a vergonha de encarar as ataduras em meu braço. Emma sem dúvidas foi a razão de conseguir deixar minha cabeça acima da água.Nossa tatuagem, era nossa marca de coragem, Emma também tinha uma, com a mesma frase " Lutem e lutem até cordeiros virarem leões."
Dedilhei as primeiras notas de minha música favorita, Comptine d'un autre été, foi natural fechar aos olhos e dedilhar cada tecla de meu piano, era como se eu estivesse reencontrando meu velho amigo, a muito tempo deixado de lado. Era natural, meus dedos logo se encaixaram, ali como se nunca tivessem se afastado. Eu me sentia completa novamente. Quando terminei as últimas notas, o riso foi inevitável, eu estava de volta.
O tom ardido da campainha rompeu meus pensamentos. Muito provavelmente Nash e Hope ainda estavam na sorveteria, então desci para atender, depois eu teria tempo suficiente com meu velho amigo.
Desci as escadas rapidamente, abri a porta e o garoto pequeno me encarava, com um breve sorriso nos lábios.- Olá, Drª Green. - Ele falou cordial. - Emma está?
- Pode me chamar apenas de Eva, mas Henry ela não está, foi a casa de uma amiga.
- A sim, eu precisava ver ela.
- Algum problema? - Perguntei e ele segurava as mãos um pouco tímido.- Sua mãe sabe que está aqui?
- Não exatamente, mas tecnicamente Regina ... - Ele ia explicar algo mas desistiu. - Minha tia Zelena sabe que estou aqui, ou quase isso. - Ele olhou seu relógio do mickey. - Bom eu tenho três horas antes de ter que estar em casa.
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126 Cabides - SwanQueen
RomanceDepois de uma grande perda para o casal SwanMills, Emma decide partir... Desolada, Regina segue tentando entender os "porquês" da vida e da covardia de sua esposa. No fundo a morena sabia que era mais forte para enfrentar tudo... Inclusive a perda d...